terça-feira, 20 de abril de 2010

Quando crianças dão à luz



UMA menina com menos de seis anos usualmente ainda brinca com bonecas e vive uma vida despreocupada sob a proteção de seus pais. Certa menina de cinco anos e meio, porém, deu à luz uma criança lá pelos idos de 1933 no Peru. Disse o obstetra que efetuou o parto por operação cesariana: “Por fantástico truque da natureza, os órgãos reprodutivos dela haviam amadurecido plenamente.”
Mais recentemente, em 1967, meninas de dez anos, uma no México e outra na Argentina, tornaram-se mães. Em 1965, certas autoridades em Filadélfia, Pensilvânia, EUA, mostravam-se preocupadas de que “significativo número de mães solteiras são meninas do curso primário, com 11 e 12 anos”. — Evening Bulletin, de Filadélfia, 6 de dezembro de 1965.
“Surpreendente!” é a reação comum a tais relatos. Todavia, as crianças que dão à luz se tornam algo cada vez mais difundido. Na Inglaterra, o número de mocinhas de doze a dezesseis anos que se tornaram mães de filhos ilegítimos aumentou de 1.032 em 1939 para 2.048 em 1960. Comentando o mesmo problema lá nos EUA, um dirigente da comissão de bem-estar maternal da Sociedade Médica em Nova Jersey, tinha o seguinte a dizer: “Alto índice de filhos ilegítimos entre adolescentes reflete problemas de curta inteligência, lares rompidos, baixa formação social e econômica, e, em grande parte, ignorância.”
Normalmente, as mocinhas se tornam mães em potencial à idade de doze a quatorze anos. Num clima moral saudável, em geral são poupadas dos rigores da maternidade até terem usufruído em ampla medida as felicidades inocentes da adolescência. É verdade que em eras primitivas — no tempo em que o arranjo patriarcal existia entre os hebreus, por exemplo — as jovens tinham filhos. No entanto, essa forma de sociedade as protegia dos abusos e das dificuldades que acompanhavam tais nascimentos. O jovem casal não estabelecia um arranjo separado nem lutava por si mesmo. Continuava sob a supervisão dos mais velhos e, sem dúvida, as mulheres mais idosas se certificavam de que o bebê, bem como a jovem mãe, recebesse cuidados e treinamento.
Mas, hoje a situação é diferente! Agora, quando as mocinhas ficam grávidas trazem muitas dificuldades para si mesmas e para sua descendência. Deveras, as mocinhas usualmente não têm as qualidades desejáveis de uma boa mãe. Não raro maltratam impensadamente os filhos, deixam-nos entregues a si mesmos, e, com freqüência, ficam até contentes de livrar-se deles, se alguém os tirar de suas mãos. A maternidade prematura é imposição cruel sobre a mãe-criança. Revela séria degeneração das condições e atitudes da sociedade moderna.
Indicando certo ângulo da corrupção de menores, uma enquête na Inglaterra apresentou evidência que mostrava que o número de mocinhas que se tornavam mães prematuramente começou a ascender agudamente após 1955. Segundo se afirmou, isso se deu quando começaram a surgir em cena revistas especialmente destinadas ao setor adolescente da sociedade, algumas revistas beirando ao pornográfico. Isso se deu, também, quando as indústrias de roupa começaram a promover modas adolescentes imodestas, e quando a TV comercial começou a procurar agradar aos adolescentes com programas grandemente saturados de sexo.
Os pais delinqüentes devem também assumir pesado quinhão de responsabilidade por tais condições. Permitem aos filhos grande medida de liberdade, para a qual tais jovens se acham totalmente despreparados. Falta-lhes a coragem moral de ditar regras para a família e fazê-las vigorar coerentemente. Deixam de dar bom exemplo para a geração mais nova. Fecham os olhos a práticas perversas por parte de seus filhos, tais como fumar, usar tóxicos, carícias e outras intimidades indevidas entre os sexos. Os animais disciplinam seus filhotes e amorosamente os protegem durante seus anos mais vulneráveis. Os genitores humanos deveriam fazer pelo menos isso, e muito mais.
Atualmente, muitos crêem que a resposta para este problema de crianças darem à luz é mais educação sexual nas escolas. A realidade é que a educação apropriada sobre tais tópicos íntimos precisa começar antes que os filhos freqüentem a escola — sim, no próprio lar. Se desde a tenra idade se ensinar aos jovens a moral bíblica, o domínio de si, a honestidade em lidar com outros, eles não se tornarão vítimas fáceis de adultos depravados ou de exploradores comerciais gananciosos.
E, falando-se de adultos depravados, imagine a degradação moral, a bestialidade de tais varões que, a fim de satisfazer suas paixões, não hesitarão em ter relações sexuais com mocinhas! Mas, serão surpresa tais condições? Não para os estudantes da Bíblia, pois observaram as palavras proféticas de Jesus no que tange a estes tempos significativos: “Por causa do aumento do que é contra a lei, o amor da maioria se esfriará.” (Mat. 24:12) E por que se daria tal esfriamento? Por causa da rejeição de Deus e de suas normas justas, conforme delineadas na Bíblia, e por causa de aceitarem os ensinos falsos e as filosofias dos homens.
Os leitores da Bíblia podem ver que estes são os “últimos dias” de uma sociedade perversa, pois lembram-se destas palavras do escritor bíblico, Paulo: “Nos últimos dias haverá tempos críticos, difíceis de manejar. Pois os homens serão amantes de si mesmos, . . . sem afeição natural, . . . sem autodomínio, ferozes, sem amor à bondade, . . . mais amantes de prazeres do que amantes de Deus.”
Não é de admirar que o decreto de Deus se volte contra esta inteira sociedade perversa na terra e suas chocantes condições morais, exigindo sua destruição logo! (Sof. 3:8) Não é de admirar que se propõe a trazer o fim de todos os seus odiadores do bem, seus sadistas, seus pervertidos sexuais, seus genitores de coração empedernido, e seus exploradores gananciosos e inescrupulosos das crianças! É Seu amoroso propósito, a ser cumprido em breve, que as crianças tenham a oportunidade de percorrer seguramente os anos juvenis — anos que as equiparão para viver uma vida adulta satisfatória para todo o sempre.

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