sábado, 29 de maio de 2010

Dança excitante

Depois, há a questão da dança propriamente dita. A freak dancing tornou-se muito popular nos Estados Unidos, em especial entre os jovens. É um tipo de dança acompanhada de canções hip-hop, com letras de conteúdo sexual explícito. Além do mais, a própria dança estimula as relações sexuais. Os movimentos desse tipo de dança foram descritos como ‘fazer sexo estando vestido’.

Será que um jovem cristão desejaria participar nesse tipo de dança? Não, se quiser agradar a Deus, que ordena que ‘fujamos da fornicação’. (1 Coríntios 6:18) Alguém poderia pensar que se todos estão participando, então não pode ser tão ruim assim. No entanto, a multidão pode estar errada. (Êxodo 23:2) Tenha a coragem de resistir à pressão dos colegas e mantenha uma boa consciência perante Deus. — 1 Pedro 4:3, 4.

Más companhias

Lembre-se do aviso, repetido várias vezes: “Más associações estragam hábitos úteis.” (1 Coríntios 15:33) Assim como os festeiros nos tempos bíblicos, não parece que a maioria dos jovens que freqüenta danceterias esteja preocupada em agradar a Deus. De fato, pode-se descrever a maioria como “mais amantes de prazeres do que amantes de Deus”. (2 Timóteo 3:4) Você quer mesmo ter um relacionamento achegado com essa turma?

Alguns talvez argumentem que ir à danceteria com outros jovens cristãos diminui os riscos. O jovem cristão, porém, que é um verdadeiro “exemplo para os fiéis  . . . na conduta” provavelmente não vai querer ir. (1 Timóteo 4:12) Mesmo que um grupo de jovens cristãos fossem a uma danceteria e conseguissem ficar juntos, ainda assim a música e a atmosfera prejudiciais continuariam lá. Eles também podem ficar numa situação tensa ou constrangedora caso outros jovens os convidem para dançar. Alguns jovens até acabaram envolvidos numa briga! As palavras da Bíblia, portanto, são verdadeiras: “Quem anda com pessoas sábias tornar-se-á sábio, mas irá mal com aquele que tem tratos com os estúpidos.” — Provérbios 13:20.

Música e drogas

Analise também a música que é tocada na maioria das danceterias. Algumas só tocam músicas do tipo hard rock ou heavy metal, que são caracterizadas pela batida vibrante e por letras indecentes, ao passo que em outras o rap e o hip-hop são os estilos preferidos. Esses também são tipos de música que incitam o sexo, a violência e a rebeldia. Se você freqüentasse um lugar assim, será que seria afetado por esse tipo de música e ambiente? David Hollingworth, um consultor de danceterias, disse: “A música tem um tremendo impacto psicológico. Quando há uma aglomeração, a música pode estimular atitudes agressivas nas pessoas.” Não surpreende, portanto, que tenha havido vários casos de violência em danceterias de diversas cidades dos Estados Unidos. Acredita-se que isso é o resultado direto do cenário musical que promove atos obscenos e atitudes violentas.

O uso de drogas tem feito parte do ambiente das danceterias nos últimos anos. Certa pesquisadora afirmou que “a disponibilidade, a variedade e o consumo de drogas  . . . respondem pela popularidade das danceterias”. De fato, existem drogas que são popularmente conhecidas como dance drugs (drogas para serem comercializadas em especial nas danceterias). Alguns que freqüentam danceterias até usam combinações de drogas. Entre as mais combinadas está a cetamina, que pode causar dissociação, delírio, dificuldade para respirar e lesão cerebral. A metanfetamina pode levar à perda de memória, agressão, violência e possível lesão cardíaca e neurológica. É bem popular a droga à base de anfetamina conhecida como ecstasy, que pode gerar confusão, ansiedade, taquicardia, hipertensão arterial e hipertermia. Relata-se até casos de morte entre os que consumiram ecstasy.

O uso de drogas vai de encontro à ordem bíblica de ‘purificarmo-nos de toda imundície da carne e do espírito’. (2 Coríntios 7:1) Será que convém nos expor a um ambiente onde prevalece o uso de drogas?

“Farras”

A Bíblia não condena reuniões sociais moderadas, mas nos previne contra “festanças” ou “farras”. (Gálatas 5:19-21, BLH) Nos tempos bíblicos, as festanças quase sempre levavam ao comportamento descontrolado. O profeta Isaías escreveu: “Ai dos que se levantam de manhã cedo somente à procura de bebida inebriante, que ficam até tarde no crepúsculo vespertino, de modo que o próprio vinho os inflama! E terá de mostrar-se haver harpa e instrumento de cordas, pandeiro e flauta, bem como vinho nos seus banquetes; mas eles não olham para a atividade de Deus.” — Isaías 5:11, 12.

Essas reuniões se caracterizavam pela “bebida inebriante” e música desenfreada. Começavam cedo e acabavam tarde da noite. Observe também a atitude dos festeiros: eles se comportavam como se Deus não existisse! Portanto, não é de admirar que Deus condenasse essas reuniões. Como você acha, então, que Deus se sente a respeito do que se passa em muitas das danceterias hoje em dia?

Analise os fatos. Um ponto é que o crowd surfing e o moshing — um tipo de dança frenética — ainda são o destaque de algumas danceterias. Certa fonte relata que esse tipo de dança “se desenvolveu na metade dos anos 80 em danceterias pós-punk nos Estados Unidos. É uma variação  . . . da dança slam em que os participantes se chocam uns contra os outros”. Quem dança moshing geralmente pula alto, sacode a cabeça de maneira violenta e imita o comportamento dos animais que batem a cabeça um no outro. Também se choca com outros que estão dançando. É muito comum os jovens terem membros fraturados e lesões na espinha dorsal e na cabeça. Houve até casos de morte. Crowd surfing é quando alguém se joga ou é levantado acima da multidão para depois ser transportado pelo público que está com os braços levantados. Muitos que se submeteram a isso caíram no chão e se machucaram. Quando se trata de uma garota, geralmente ela é tocada de maneira imprópria.

Sem sombra de dúvida, Deus desaprova esse tipo de comportamento. Afinal, sua Palavra ordena os cristãos a “repudiar a impiedade e os desejos mundanos, e a viver com bom juízo”. — Tito 2:12.

As danceterias são uma boa escolha de diversão?




“Quando eu ia às danceterias, tinha um objetivo: o de me divertir muito.” — Shawn.

“Para dizer a verdade, foi muito bom — foi o máximo! Eu dancei muito, a noite inteira, para ser mais exato.” — Ernest.

AS DANCETERIAS vêm se tornando cada vez mais populares nos últimos anos e os jovens costumam freqüentá-las para se divertir.

É claro que todos nós gostamos de diversão. E a Bíblia diz que há “tempo de se alegrar” e até mesmo “tempo de dançar”. (Eclesiastes 3:4, Bíblia na Linguagem de Hoje) Mas as danceterias oferecem diversão sadia? Ou há boas razões para pensarmos duas vezes antes de ir a um lugar assim?

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Exercer Cautela

Desde os tempos antigos, a música e a dança têm sido usadas a fim de atrair pessoas para a conduta errada. Por exemplo, lemos que os israelitas certa vez ‘se sentaram para comer e beber. Levantaram-se para se divertir’. Isto envolvia música ruidosa e dança sem restrições. No entanto, esta ‘diversão’ foi prelúdio de crassa idolatria e irrestrita conduta dissoluta. — Êxodo 32:6, 17-19, 28.

Os jovens cristãos devem assim evitar meter-se numa situação que possa rapidamente transformar-se em ‘libertinagem’ ou numa ‘orgia’. (Gálatas 5:19, 21, Bíblia Mensagem de Deus) A Primeira aos Coríntios 15:33 relembra-nos: “Não sejais desencaminhados. Más associações estragam hábitos úteis.” Pode uma pessoa realmente mergulhar-se numa atmosfera festiva junto com indivíduos que “estão mentalmente em escuridão e apartados da vida que pertence a Deus” e não ser adversamente influenciada? (Efésios 4:18) E, como admite uma jovem: “Podem desenvolver-se, e amiúde desenvolvem-se uma íntima associação e amizades [com outros freqüentadores regulares dos clubes noturnos].” Como poderia isto influir em sua espiritualidade?

Alguns poderiam arrazoar, porém, que a solução é levar junto um grupo de concristãos. No entanto, a justiça só pode florescer numa atmosfera cristã. (Tiago 3:18) E a atmosfera em muitos clubes noturnos visa incitar sentimentos que são ‘terrestres, animalescos, demoníacos’, em vez de espirituais. — Tiago 3:15.

É verdade que nem todos os clubes noturnos chegam aos extremos aqui considerados, nem é razoável fazer uma condenação geral de todos os restaurantes que incluem dança ou atrações. Mas Paulo nos aconselha a ‘certificar-nos do que é aceitável para o Senhor’. (Efésios 5:10) E, caso seja convidado a um lugar de reputação desconhecida ou questionável, deve exercer a maior cautela quanto a aceitar tal convite. — Provérbios 14:15.

Poderia propor a si mesmo perguntas tais como: Quem irá junto e que tipo de reputação gozam eles? O que sabem meus pais ou outros adultos responsáveis sobre tal lugar? Que tipo de atmosfera prevalece ali? Que tipo de pessoas o freqüenta? Procura agradar apenas aos jovens? Se assim for, quão provável é que apresente uma atmosfera salutar? Se oferece atrações, em que consistem? Que tipo de música será tocada? É um lugar que permite que os freqüentadores se mantenham reservados, ou é um cenário social que poderia obrigar você a misturar-se com os outros?

Doris, já citada, admite: “Satanás faz com que os clubes noturnos pareçam atraentes, excitantes, glamorosos, divertidos — tudo que for preciso para atrair-nos.” Mas, não se deixe enganar pelo falso brilho dos clubes noturnos! Tem-se provado um laço mortal para muitos jovens. Procure achar meios aceitáveis e proveitosos de divertir-se.

Encontrar Quem?

Alguns clubes também são conhecidos como pontos de encontro com o sexo oposto. No entanto, que tipo de pessoas poderia encontrar ali? Uma jovem que anteriormente percorria o circuito dos clubes noturnos, admite: “Muita gente ali leva uma vida imoral e se interessa em fazer sexo com alguém. Se eles se sentirem atraídos por você, pagam-lhe alguns drinques, drinques e mais drinques e ficam grudados em você a noite toda dizendo coisas bonitas e doces, na esperança de que você ceda aos desejos deles.”

Alguns locais são até mesmo feitos para incluir tais atividades imorais. Doris, uma jovem que também costumava ser freqüentadora regular de casas noturnas, afirma: “Existem clubes que possuem reservados, com poltronas estofadas e sofás para casais, onde muitos vão para se beijar e abraçar. Muitos homens casados vão lá sem suas esposas. Alguns estão ali na esperança de encontrar alguém que aceite passar uma noite com eles, ou queira ter um caso, e outros procuram um par.” Conclui Doris: “A atmosfera dos clubes noturnos é muito propícia à imoralidade. Consomem-se bebidas alcoólicas em grande quantidade até o amanhecer, e vale tudo.”

O panorama dos clubes noturnos também tem sido ligado ao grande consumo de drogas. O proprietário dum clube noturno disse: “O movimento está. . . inteiramente ligado às drogas.” Drogas e álcool podem, não raro, ser encontrados até mesmo em bares onde supostamente não se servem bebidas alcoólicas, mas apenas sucos de frutas. Jesse, outro ex-freqüentador regular de clubes noturnos, acrescenta: “Fumaça de maconha e de cigarros freqüentemente enchem o ar. A maioria das pessoas ali se veste de modo a excitar a carne: roupas apertadas e reveladoras, estilos lascivos, jóias demais.

Os Clubes Noturnos Atuais

O panorama das discotecas, de uma década atrás, tornou-se conhecido como um antro ideal para germinar a imoralidade sexual, a toxicomania e até o homossexualismo. E as coisas mudaram muito pouco desde então. Embora a música (nos Estados Unidos, é muitas vezes chamada de house music ou simplesmente de dance music [música para quem não sabe dançar] e os passos da dança tenham mudado, a atmosfera, em muitas casas noturnas, faz-nos lembrar, de forma alarmante, o cenário imoral das discotecas.

Num artigo da revista Life sobre house music, um aficionado afirma: “A dance music, em sua forma mais elementar, tem sempre um sentimento tribal — ritmo pesado e compasso erótico, arrebatando até que uma espécie de êxtase comunal se apodera da pessoa. Algo está faltando na selva das cidades, e a house music preenche aquele pulsante vazio.” David Piccioni, um dj [disc-jockey, ou discotecário] de Nova Iorque, diz: “O objetivo é soltar-se por completo a noite toda.”

Em vista das recentes manias, tais como a imoral lambada, a revista Mademoiselle declarou: “Sexo: Saiu dos banheiros e foi para o seu devido lugar — a pista de dança. Nos velhos tempos (os anos 70), a pista de dança era para os passos preliminares e os banheiros eram para o sexo e os tóxicos. Agora que todos se preocupam com a AIDS, os banheiros são para ajeitar-se e a pista de dança é onde você observa as outras pessoas fazerem sexo. Ou fingirem fazer sexo.” Sim, a música pode ser usada para criar uma disposição que acabe com as inibições morais e incite a sexualidade.

Que dizer dos clubes noturnos?

“PRECISAMOS nos distrair um pouco.” “Vamos lá somente para dançar.” “Todo o mundo está freqüentando.” “Só queremos divertir-nos um pouco.” Foi assim que vários jovens explicaram a um repórter de Despertai! por que eles freqüentavam clubes noturnos. Tais casas noturnas são muitíssimo populares entre muitos jovens e, caso elas existam em sua comunidade, talvez você mesmo já tenha pensado em ir a uma delas.

Atualmente, muitos jovens estão afluindo aos seguintes tipos de clubes, segundo descrito pela revista Friday: “Qualquer hora é tempo de festa, e uma hora boa é hoje à noite. Para os desinibidos, a festa nunca pára. A febre da dança está varrendo a cidade num dilúvio de refrigerantes, raios de luzes néon e música de ritmo excitante, que não deixa ninguém ficar sentado. ‘Os clubes agora têm algo para todos os gostos. . . . Há clubes que atendem ao gosto de jovens profissionais, de universitários, de gays e de gente mais idosa.’”

Para as pessoas sofisticadas, há clubes que exigem pesada taxa para sentar-se nas mesas da frente, um guarda-roupa caro, e até mesmo o comportamento correto, para ser admitido. Para os não tão abastados, existem clubes de ambiente menos luxuoso que oferecem uma atmosfera festiva a um preço mais em conta. E para os bem jovens ainda (ou não tão “perdidos”) entrarem nos clubes para adultos, existem “matinês”, “tardes dançantes”, “clubes da petizada”, que supostamente não servem bebidas alcoólicas.

Não é difícil de entender por que os clubes noturnos atraem tanto muitos jovens. Quando se é jovem, é somente natural querer divertir-se. (Compare com Eclesiastes 11:9.) Um baile noturno pode parecer uma maneira saudável de aliviar as tensões da escola e do trabalho. Mas, exatamente quão saudáveis são os clubes noturnos?

Sônia, uma jovem que costumava freqüentar clubes noturnos, admite: “A idéia parece bastante inocente. Você vai dançar e divertir-se. Mas, com freqüência, acontece muito mais do que isso. Você começa a ir a clubes onde a música e a moçada são bem animadas. Logo conhece todos os freqüentadores regulares, e passa a ser também uma freqüentadora regular. A idéia é dançar — e conhecer alguém. E, quer este seja seu alvo, quer não, sempre é o deles.” Estará Sônia exagerando?

sábado, 22 de maio de 2010

O Que Realmente É Uma Vida Dupla?

 É vital considerar o seguinte: Levar uma vida dupla realmente significa fingimento — ser impostor, hipócrita. (Salmo 12:2; 2 Timóteo 3:13) É ser como Satanás, que “persiste em transformar-se em anjo de luz”. (2 Coríntios 11:14, 15) Significa também ser como aqueles líderes religiosos sobre quem Jesus disse: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque vos assemelhais a sepulcros caiados, que por fora, deveras, parecem belos, mas que por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda sorte de impureza. Do mesmo modo, vos também, deveras, pareceis por fora justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e do que é contra a lei.” (Mateus 23:27, 28) Claramente, levar vida dupla é um pecado sério contra Deus.

 Outro fato que merece séria consideração é o seguinte: Um comportamento hipócrita não pode ser indefinidamente ocultado. “Mesmo pelas suas práticas se dá a conhecer o rapaz quanto a se a sua atuação é pura e reta”, diz a Bíblia. (Provérbios 20:11; Lucas 12:1-3) Sim, sua atividade, seja boa, seja má, por fim se tornará conhecida. E a Bíblia mostra que Deus punirá com severidade os hipócritas. (Mateus 24:51) Certamente, você desejará evitar levar uma vida dupla!

Os Pais Podem Contribuir

 O jovem citado no início observou: “O que me tornava impopular na escola trazia aceitação e um sorriso de aprovação em casa. Mas, eu precisava mais do que isso. Precisava de alguém em quem eu me pudesse apoiar, a quem eu pudesse falar e confidenciar, mas meus pais não me proviam isso.” Pais, estão atentos a não contribuir para que seus filhos levem uma vida dupla? Estão dando-lhes a atenção e orientação pessoal de que necessitam? Os mais velhos devem dar-se conta das pressões tremendas e debilitadoras da fé que os nossos jovens enfrentam na escola e estar atentos a fazer todo o possível para os encorajar e ajudar. — Salmo 73:2, 3; Hebreus 12:3, 12, 13.

 Muitas vezes, as perguntas dum jovem giram em torno do relacionamento com pessoas do sexo oposto, um assunto que, infelizmente, muitos pais evitam. “Eles nunca tiveram uma conversa franca comigo”, disse uma bela moça de 15 anos, merecedora de distinção nos estudos. “Tudo o que aprendi sobre sexo tive de aprender sozinha. . . . Eu me envergonhava de tocar no assunto, embora houvesse tantas coisas que eu queria saber.” Qual foi o resultado? Disse ela: “A parede invisível entre mim e meus pais tornou-se mais espessa, e eu me tornei uma moça muito curiosa, tola e suscetível.” Sim, ela cedeu aos avanços sexuais de um rapaz, mas, quem, diria você, teve parte da culpa por isso? — Provérbios 22:3; 27:12.

 É vital que os pais mostrem a seus filhos adolescentes que realmente os amam por gastar tempo com eles, ser seus confidentes e prover orientação. (Provérbios 15:22; 20:18) “Eu achava que se eles realmente se importassem comigo estabeleceriam certas regras”, disse outro jovem. Mesmo que os jovens se ressintam agora das regras e normas dos pais, mais tarde eles as recordarão com apreço. Uma jovem escreveu à sua mãe: “Como alguém que constantemente testava os limites, à procura de pontos vulneráveis e meios de fugir às rígidas regras e normas, sou-lhe muito grata de que a senhora sempre me controlou com rédeas firmes.” Portanto, mostrem que amam seus filhos por exigir que sigam as suas diretrizes. Jamais contribuam para que eles levem uma vida dupla por deixar de manter abertas as linhas de comunicação ou por não estarem disponíveis quando necessitam de vocês!

 Os pais podem também contribuir de uma maneira um tanto diferente para que seus filhos levem uma vida dupla. As observações de um juiz do supremo tribunal do estado de Nova Jérsei, EUA, ilustram isso. “Os professores”, disse ele, “tentam disciplinar as crianças por alguma transgressão na escola, mas, daí, são reprovados pelos pais, em vez de apoiados”. Parece que alguns pais pensam erroneamente que seus filhos adolescentes sejam incapazes de errar. Mesmo quando anciãos cristãos, ou outros responsáveis na congregação, trazem à atenção dos pais a transgressão dos filhos eles se fazem de surdos. Agindo assim estão contribuindo para o comportamento dúplice dos filhos.

Por Que Alguns Levam Uma Vida Dupla

 Por que isso acontece? Certo jovem apontou uma das razões principais, explicando: “Eu não queria perder meus amigos por ser diferente.” É verdade que ser diferente de maneira sadia muitas vezes transforma a pessoa num alvo de zombarias. (Compare com 1 Pedro 3:16; 4:4.) Para evitar isso, e para granjear a estima de seus colegas, alguns jovens até mesmo se embriagam ou têm relações sexuais. Uma mocinha de 13 anos, não Testemunha de Jeová, que sempre tirava notas máximas e participava nas palestras em classe, lamentou: “O pessoal nunca se interessa em alguém previsivelmente eficiente como eu. . . . Estou pensando em deixar cair as minhas notas ou fazer algo para estimular a minha reputação.”

 É significativo que o próprio apóstolo Pedro certa vez preocupou-se mais com a sua imagem, ou reputação, do que com fazer o que sabia ser correto. Quando cristãos judeus de Jerusalém visitaram a Antioquia, Pedro parou de se associar com os cristãos gentios por temer que aqueles judeus criticassem o fato de ele se misturar com esses gentios. (Gálatas 2:11-14) Visto que até mesmo cristãos maduros têm dessa forma sucumbido à pressão de companheiros, é de admirar que o mesmo possa acontecer com jovens inexperientes? — Provérbios 22:15.

 Uma das razões relacionadas com por que alguns jovens levam uma vida dupla é que eles crêem que estão perdendo algo em matéria de diversão. Eles ouvem jovens na escola falar sobre suas atividades — quão tremenda foi a festa, a música formidável, as bebidas, as drogas, quão excitados ficaram! Ou ouvem ‘como ele ou ela sabe beijar e fazer amor’. Deste modo estimula-se o desejo de provar tais coisas e os jovens são influenciados a experimentar o que a Bíblia chama de “usufruto temporário do pecado”. — Hebreus 11:24, 25; 1 Coríntios 10:6-8.

 Contudo, a razão fundamental do por que alguns jovens levam uma vida dupla é que Deus e o vindouro novo mundo simplesmente não são reais para eles. Realmente não crêem nas promessas de Deus nem nos avisos de Sua Palavra e de Sua organização visível sobre as conseqüências de desobedecer a Deus. (Gálatas 6:7, 8) São diferentes de Moisés, de quem a Bíblia diz: “Olhava atentamente para o pagamento da recompensa [de Deus]. . . . Permanecia constante como que vendo Aquele que é invisível.” Para Moisés, Deus e Suas promessas eram reais. Mas, os que levam uma vida dupla não têm tal fé. Tudo o que vêem é o que Satanás quer que eles vejam — o esplendor de seu sistema. Assim, eles procuram o usufruto temporário do pecado, mas, não obstante, tentam apresentar uma aparência de santidade. — Hebreus 11:26, 27.

Jovens — acautelem-se contra levar uma vida dupla

“Alegra-te, jovem, na tua mocidade . . . Mas sabe que por todos estes o verdadeiro Deus te levará a juízo.” — ECLESIASTES 11:9.

“DESDE pequeno fui criado num ambiente cristão, entre Testemunhas de Jeová”, escreveu um jovem. “Ainda assim, a vida que eu levava, mesmo quando ainda estava em casa, era totalmente contrária às normas e conceito de meus pais. A minha vida era na maior parte dissoluta, uma vida indisciplinada do mundo.”

 Esse jovem disse mais: “Mesmo antes dos dez anos, passei a fazer um jogo duplo da melhor maneira que eu podia — para ser bem-visto e fazer amizades na escola, e, ainda assim, ser bem-visto pelos meus pais. Na escola eu me ajustava o tanto quanto podia na maneira de vestir e na conduta . . . Mas em casa eu era totalmente diferente. Era o bem comportado cristão que meus pais esperavam que eu fosse.”

 Sabemos que a conduta desse jovem não representa a maioria dos jovens na congregação. Confiamos que a maioria de vocês são sinceros com seus pais e com a congregação, e isto nos anima. No entanto, sabemos que alguns dão-se uma aparência de serem corretos, e, da melhor maneira possível, ocultam dos mais velhos um procedimento errado. Portanto, perguntamos: É você realmente a pessoa que aparenta ser diante de nós, ou está levando uma vida dupla? Não perguntamos isso num espírito crítico, mas, antes, porque realmente amamos a vocês e queremos ajudá-los a usufruir a sua juventude por viverem dum modo que agrade a Deus. — Eclesiastes 11:9, 10; 12:14; 2 Coríntios 5:10.

 Ainda assim, talvez pergunte: ‘Por que implicar com nós, jovens? Que dizer dos adultos?’ Não há dúvida de que estes também precisam guardar-se contra levar uma vida dupla. Geazi, o ajudante de Eliseu, agiu enganadoramente, tentando encobrir o fato de que aceitara dádivas de Naamã. (2 Reis 5:20-26) E Ananias e Safira, que eram adultos, agiram simuladamente dizendo que haviam entregue aos apóstolos o total do custo do campo — tentando parecerem bons — quando, na verdade, haviam retido parte do dinheiro para si mesmos. (Atos 5:1-4) No entanto, a razão de focalizarmos a atenção em vocês, jovens, é que, aparentemente, a incidência desse problema tem aumentado entre vocês.

Instilar Uma Atitude Sóbria, Madura

Seu filho talvez seja adolescente, mas, quando está no volante é essencial que seja pessoa estável que dê valor à vida e à propriedade. É sua responsabilidade ver que dê. Empenhe-se em desenvolver nele a cortesia, o respeito pela lei, o cuidado e a consideração pelos direitos dos outros.

Um modo vital de fazê-lo é por dar-lhe bom exemplo pela forma que dirige. Destacando a importância disto, o Dr. Bruno Bettelheim, famoso psicanalista, disse: “Mesmo que o genitor viole apenas ocasionalmente uma lei de trânsito, isso talvez baste para destruir a crença do filho de que deve obedecer a todas as regras em todas as ocasiões. Ocasional violação dos limites da velocidade por parte dum genitor, ou impaciente avançar quando o sinal está vermelho, faz com que o jovem imagine que ser ‘adulto’ quer dizer que se pode violar a lei e safar-se.”

É vital, também, ensinar a seu filho jovem a pensar enquanto dirige, sempre analisando o tráfego. Certo pai faz disso um jogo, explicando:

“Meu filho . . . senta-se aqui ao meu lado, no banco da frente do carro, olha para a frente, e observa possíveis perigos. Por exemplo, há uma fila de carros parados na frente, com um motorista sentado no volante dum carro. O que deve fazer o motorista de nosso carro se o outro motorista arrancar subitamente ou abrir a porta do carro no lado errado? Ali está uma via de acesso escondida de onde pode surgir inesperadamente um carro. Como nos preparamos para enfrentar tal emergência? Lá na frente há uma curva fechada. Como agiremos?”

Alguns talvez pensem que os jovens têm reflexos tão rápidos que podem, no último instante, evitar um acidente. Mas a realidade é que conseguir meter o pé no freio uma fração de segundo mais rápido do que outrem é muito menos importante em evitar acidentes do que dirigir cuidadosamente o bastante para que tal medida seja desnecessária.

Ainda outro modo de inculcar em seu filho jovem a importância de dirigir com segurança é permitir que veja e ouça em primeira mão o que acontece com os violadores do tráfego. Se puder entrar em contato com o tribunal local, o juiz talvez fique contente se for lá para escutar. Talvez até mesmo faça arranjos para julgar uma série de casos que sejam especialmente instrutivos e impressionantes para os adolescentes.

Eficaz também é fazer com que os jovens visitem um pronto-socorro dum hospital e vejam os casos de acidentes de trânsito conforme sejam atendidos. Isto pode certamente causar duradoura impressão que destaca a importância de dirigir com segurança! Por indagar e explicar a razão disso, talvez obtenha permissão de visitar tal pronto-socorro.

Não é exagero dizer que o futuro de seu filho jovem depende, em grau surpreendente, de sua correta supervisão sobre o uso que ele faz do carro. Simplesmente não pode fechar os olhos diante do perigo quando ele está no volante. É real! Assim, faça tudo que puder para tornar o seu filho jovem um motorista seguro. A vida dele, e a de outros, talvez dependa disso.

Responsabilidade Parental

Trata-se duma decisão que terá de fazer. Muitos acham que é a melhor solução, e recomendam que sejam promulgadas leis que proíbam os jovens de dirigir. Outros, porém, crêem haver melhores soluções, muito mais justas aos jovens. Argúem que aumentar a idade da habilitação não reduzirá o número de iniciantes nas estradas que não tenham experiência de dirigir. E é esta falta de experiência que é tida como a principal causa dos acidentes de carro, sem se considerar a idade em que se começa a aprender a dirigir.

Assim, talvez decida permitir que seu filho comece a aprender a dirigir quando é bem jovem. Não conclua, contudo, que assumiu sua responsabilidade por simplesmente mandá-lo fazer um curso de motorista na escola. Estes em geral são inadequados. Com efeito, estudos concluídos em Mississippi e na Califórnia mostram uma taxa mais elevada de acidentes entre os adolescentes que fizeram cursos na escola do que entre os outros motoristas adolescentes! Por que falham os programas das escolas?

Basicamente, segundo se pensa, é porque não fornecem ao jovem motorista nenhuma experiência prática. Pouco tempo é realmente gasto em dirigir, e isto em velocidades reduzidas, em ruas pouco movimentadas. Confrontam-se poucas, se é que algumas, situações de emergência. “Devido a isto”, explicou um porta-voz de uma grande seguradora de carros, “os motoristas jovens não estão prontos a enfrentar muitas situações de emergência, tais como estouros de pneus e derrapagens. Com muita freqüência, a primeira experiência do motorista jovem com uma situação de emergência é a que realmente acontece, e mui amiúde jamais tem outra oportunidade.”

Por este motivo, o Dr. Amos E. Neyhart, o homem que estabeleceu o primeiro curso de direção no ginásio, em 1933, afirma: “Pelo menos 12 horas deviam ser gastas por todo estudante no volante. O motorista-estudante deve ganhar experiência simulada em derrapagens, falha dos freios, estouros de pneus, em sair da estrada, e assim por diante. Temos ensinado a manobrar carros, mas não o suficiente a prevenir acidentes.”

Assim, como pai, deve certificar-se de que seu filho jovem adquira legalmente experiência de direção. Deixe-o observar quando estiver a seu lado. Dê-lhe experiência prática na velocidade das rodovias. Também, é sábio ensiná-lo a enfrentar derrapagens, que se calcula serem um dos principais fatores em um de cada quatro acidentes fatais de carro. Talvez possa encontrar um estacionamento grande, desocupado, coberto de gelo (ou de lama escorregadia) e obter permissão de usá-lo para demonstrar o controle da derrapagem e a dar guinadas para manter o carro na direção certa. Ler algo sobre controlar uma derrapagem nunca poderá instruir tão bem como realmente presenciar isso na realidade.

Nem cessa sua responsabilidade ao simplesmente ver que seu filho pode dirigir com perícia um carro, mesmo em emergências. É igualmente importante, se não for ainda mais, inculcar nele a atitude mental correta.

Razões Para a Ficha Maculada

A falta de experiência em dirigir é a razão principal, segundo a maioria dos especialistas em educação dos motoristas. Num esforço de fornecer-lhes experiência, um curso de educação em direção é oferecido em mais de 80 por cento dos ginásios nos EUA.

No entanto, talvez uma razão ainda mais importante para a ficha maculada dos jovens é a própria natureza dos jovens. Tendem a ser exuberantes e descuidados, a não ter juízo e ser ousados e provocados com facilidade. Declarando o assunto sem rodeios, a autoridade em dirigir, Paul W. Kearney escreveu sobre os motoristas jovens: “Seu juízo é juvenil — e sua esportividade nas rodovias é comparável à de um par de criancinhas lutando por um chocalho num berço!”

Atrás dum volante dum carro, tais características infantis amiúde resultam desastrosas. Assim, na primeira noite que saiu sozinho num carro, um craque de futebol americano do ginásio, de 17 anos, atropelou uma mãe e seu filho numa faixa para pedestres, ao dar a partida como um louco. O treinador de atletismo do rapaz deu a seguinte explicação:

“Se me tivessem perguntado, eu lhes podia ter dito que Harvey não estava emocionalmente preparado para dirigir. Tem gênio ruim no vestiário e apoquenta outros jogadores. Gosta de brilhar e de desafiar os outros. Sua atitude mental se mostrou na sua maneira de dirigir logo que ficou sem supervisão. O rapaz simplesmente tinha de ser o primeiro quando o sinal mudou para verde.”

Parece verdadeiro, como o Dr. Matthew Rose, instrutor de psiquiatria, observou: “O carro é quase uma extensão de nossa personalidade e a maneira de dirigirmos nos sintetiza perfeitamente.” Por conseguinte, não se deve ignorar o fato: Um jovem usualmente tem as características de personalidade típicas dum jovem, características que amiúde contribuem para os acidentes de carro.

Os pais precisam reconhecer este fato e considerar seriamente: Está meu filho jovem realmente preparado para uma carteira de motorista? De outra forma, não são pelo menos parcialmente responsáveis quando seus filhos jovens se envolvem em acidentes de trânsito que provocam mortes e ferimentos?

‘Mas, o que posso fazer’, talvez pergunte. ‘Devo recusar a meu filho a carteira de motorista?’

Apenas Uma Minoria É Responsável?

Talvez ache que apenas uma minoria dos jovens seja responsável por esta horrenda matança. Será verdade? Será que uns poucos estragam a reputação dos demais?

Bem, considere as seguintes estatísticas: Cerca de 40 de cada 100 motoristas com menos de 25 anos estão envolvidos em acidentes de carro cada ano. Não se trata de pequena minoria. Assim, logo que um adolescente passa a ser um motorista da família, os prêmios de seguro talvez aumentem bastante.

Mas, por que os motoristas jovens estão envolvidos em tantos acidentes?

A Ficha de Habilitação dos Jovens

Os jovens são os maiores responsáveis pela crescente matança nas estradas. No verão setentrional de 1973/74, o Journal of American Insurance explicava: “O aumento das taxas de acidentes pode ser traçado ao acréscimo de motoristas jovens.” Acrescentava:

“A experiência de vários anos demonstra que o motorista de menos de 25 anos — especialmente o varão em fins da adolescência e com pouco mais de 20 anos — sofre mais de duas vezes mais acidentes que os motoristas nas faixas etárias mais idosas, alcançando a média de 40 envolvimentos para cada 100 motoristas para cada ano.”

Pense só: Dois de cada cinco motoristas jovens sofrerão um acidente de automóvel este ano! Apontando para a ficha especialmente manchada dos jovens motoristas, o Dr. Stanley H. Schuman, membro duma equipe de pesquisa de médicos e cientistas, disse: “Embora os jovens motoristas varões totalizem apenas um oitavo de todos os motoristas registrados, são responsáveis por um terço de todos os acidentes fatais.”

Proporcionalmente, isto significa exatamente quantos mais jovens que morrem nas estradas, Traffic Safety, publicação do Conselho Nacional de Segurança, responde:

“A Junta Nacional de Segurança dos Transportes lançou um estudo de prevenção de acidentes que mostra que milhares mais de motoristas de 15 a 24 anos morrem nas rodovias estadunidenses cada ano do que sua porcentagem proporcional dentre todos os motoristas.

“Entre as 17.700 mortes de jovens em 1969, houve 7.400 mais mortes de jovens motoristas do que teriam ocorrido se sua taxa de mortes tivesse sido a mesma que a dos motoristas com 25 anos ou mais, verificou a junta de segurança. Esta ‘perda a mais’ de 7.400 foi um terço maior do que o total geral de mortes em 1969 nos acidentes de aviso, marítimos, ferroviários, em oleodutos e nos cruzamentos de nível. A perda desproporcional envolve ‘de forma destacada o varão jovem’, disse a junta.”

A perda de vidas jovens nos acidentes de trânsito é trágica. Considere bem: Em 1966, perto do auge da guerra do Vietname, 12.200 jovens motoristas varões foram mortos — mais que o dobro do número de soldados dos EUA mortos no Vietname naquele ano!

Seria já bastante ruim se os motoristas jovens apenas se matassem, mas, matam outros também. Os passageiros que viajam com eles, os ocupantes de outros carros e os pedestres morrem todos aos milhares cada ano, atingidos pelos jovens atrás do volante dum carro. Poderia seu filho jovem constituir também grave ameaça à vida e segurança de outros?

Está seu filho jovem preparado para uma carteira de motorista? OS JOVENS amiúde ficam doidos para obter uma carteira de motorista. Talvez seja uma de suas principais ambições. E cada vez mais jovens hoje satisfazem sua ambição. Em 1972, havia 12.200.000 motoristas adolescentes habilitados nos Estados Unidos. Destes, 4.255.000 tinham menos de 18 anos. Isso significa que mais de um motorista em cada dez é adolescente, e quase quatro de cada cem motoristas têm 17 anos ou menos. Talvez seu filho ou sua filha adolescente tenha carteira de motorista, ou talvez queira ter. Mas, está seu filho jovem realmente preparado para assumir a responsabilidade de dirigir um automóvel? Considere por que essa é uma pergunta tão importante. Em apenas quatro países — os EUA, França, Alemanha e Japão — mais de 100.000 pessoas são mortas em acidentes de trânsito cada ano, e mais de seis milhões e meio ficam feridas. Os mortos se estendidos de ponta a ponta, se estenderiam por cerca de 185 quilômetros! E os feridos atingiriam cerca de 11.200 quilômetros — mais de um quarto da volta à terra! Sim, mais motoristas sofrem mais acidentes do que nunca. ‘Mas, o que’, talvez pergunte, ‘tem isso que ver com meu filho jovem estar pronto para uma carteira de motorista?’ Tem muito.

OS JOVENS amiúde ficam doidos para obter uma carteira de motorista. Talvez seja uma de suas principais ambições. E cada vez mais jovens hoje satisfazem sua ambição.

Em 1972, havia 12.200.000 motoristas adolescentes habilitados nos Estados Unidos. Destes, 4.255.000 tinham menos de 18 anos. Isso significa que mais de um motorista em cada dez é adolescente, e quase quatro de cada cem motoristas têm 17 anos ou menos.

Talvez seu filho ou sua filha adolescente tenha carteira de motorista, ou talvez queira ter. Mas, está seu filho jovem realmente preparado para assumir a responsabilidade de dirigir um automóvel? Considere por que essa é uma pergunta tão importante.

Em apenas quatro países — os EUA, França, Alemanha e Japão — mais de 100.000 pessoas são mortas em acidentes de trânsito cada ano, e mais de seis milhões e meio ficam feridas. Os mortos se estendidos de ponta a ponta, se estenderiam por cerca de 185 quilômetros! E os feridos atingiriam cerca de 11.200 quilômetros — mais de um quarto da volta à terra!

Sim, mais motoristas sofrem mais acidentes do que nunca. ‘Mas, o que’, talvez pergunte, ‘tem isso que ver com meu filho jovem estar pronto para uma carteira de motorista?’ Tem muito.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Os perigos da pressa

Um relacionamento apressado entre duas pessoas que se conhecem pouco  é certamente insensato. Cita-se o escritor inglês Shakespeare como tendo dito que “o casamento precipitado raramente prova-se bem-sucedido”. O conselho bíblico é mais direto: “Todo precipitado seguramente se encaminha para a carência.” — Provérbios 21:5.

Infelizmente, muitos dos envolvidos em namoro pela internet descobriram que isso é verdade. Depois de se corresponder com uma pessoa por apenas um mês, Monika, citada no início, achava que havia encontrado a resposta para seu desejo de ter um companheiro. Apesar de fazer planos para o casamento — e até procurar providenciar as alianças — o relacionamento apressado terminou em “grande tristeza”.

Você pode evitar a angústia por seguir o conselho bíblico: “Argucioso é aquele que tem visto a calamidade e passa a esconder-se, mas os inexperientes passaram adiante e terão de sofrer a penalidade.” (Provérbios 22:3) Contudo, desapontamento e sentimentos feridos não são os únicos perigos do namoro pela internet. Um artigo futuro considerará outros problemas.

Encontros face a face

Alguns talvez pensem, no entanto, que a falta do contato pessoal tem certas vantagens. Podem achar que o namoro on-line permite que os casais se concentrem em como o possível cônjuge é no íntimo, sem se distrair com a aparência física. É verdade que a Bíblia nos incentiva a concentrar-nos nas qualidades interiores da pessoa. (1 Pedro 3:4) Mas o problema é que, num relacionamento pelo computador, você não pode observar gestos, sorrisos ou fisionomia. Não pode ver como ele ou ela trata outros ou se comporta sob pressão. E essas coisas são essenciais para determinar se poderá amar a pessoa e confiar nela. Leia a descrição bíblica do amor em 1 Coríntios 13:4, 5. Note que o amor é definido pelo comportamento, não pelas palavras. Portanto, você deve tomar tempo para observar a pessoa e ver se as ações e palavras dela estão de acordo.

Sem tal informação vital, alguns casais muitas vezes começam a compartilhar sentimentos e pensamentos íntimos logo no começo do namoro. Agindo de modo descuidado, apressadamente assumem sérios compromissos românticos, apesar de quase não se conhecerem. Um artigo intitulado “Na internet o amor é cego mesmo” conta sobre duas pessoas que moravam mais de 12 mil quilômetros distantes uma da outra e se conheceram on-line. Três semanas depois, se encontraram pessoalmente. “Ela exagerava no uso de rímel”, disse o homem, “e eu não namoro mulheres que usam rímel”. O relacionamento acabou rapidamente. Um outro homem pagou a passagem aérea de ida e volta para a mulher visitá-lo, mas depois de se encontrarem ficou tão desapontado que cancelou a passagem de volta!

Uma jovem mulher chamada Edda relembra sua própria experiência com namoro on-line. Ela diz: “A relação estava boa demais para ser verdade. Estávamos planejando nos casar.” Mas uma semana depois de se terem encontrado pessoalmente, a relação fracassou. Totalmente desiludida, Edda disse: “Ele não era o que eu esperava; era crítico e resmungão. Não ia dar certo.”

No fantasioso mundo do namoro pela internet, as emoções podem se tornar intensas prematuramente. Isso pode deixá-lo sujeito a ficar emocionalmente arrasado se o relacionamento não der certo — o que é muito provável. “Quem confia no seu próprio coração é estúpido”, alerta Provérbios 28:26. De fato, não é sábio tomar decisões sérias baseadas em fantasia e emoção. Assim, o provérbio continua: “Mas aquele que anda em sabedoria é o que escapará.”

Dá para conhecer bem um ao outro?

“Na internet”, disse um artigo de jornal, “todo mundo aparenta ser atraente, honesto e bem-sucedido”. Mas até que ponto a informação que as pessoas dão sobre si mesmas é verdadeira? Outro artigo responde isso da seguinte maneira: “Já é de praxe que as pessoas mintam um pouco.” Certa editora de uma conhecida revista para adolescentes pesquisou pessoalmente essa afirmação. Ela se cadastrou em três dos serviços mais populares de namoro pela internet e logo recebeu diversas respostas que levaram a encontros com vários homens. O resultado? Verdadeiros fracassos! Os homens haviam mentido descaradamente sobre si mesmos. Ela alertou: “Eles mentem. Sei disso por experiência própria.”

Distorcer informações sobre altura ou peso pode parecer uma coisa pequena. ‘A aparência não é tão importante assim’, alguns talvez argumentem. É verdade, a própria Bíblia diz que “o encanto talvez seja falso e a lindeza talvez seja vã”. (Provérbios 31:30) Mas será que mentir sobre coisas aparentemente pequenas é uma boa maneira de começar um relacionamento? (Lucas 16:10) Acha que poderá confiar em outras coisas que a pessoa disser sobre assuntos mais sérios, tais como planos pessoais para o futuro? A Bíblia diz: “Falai verazmente uns com os outros.” (Zacarias 8:16) Sim, a honestidade é a base para que um relacionamento cresça.

Namorar pela internet, no entanto, não raro envolve fantasias irrealistas. Uma reportagem na revista Newsweek fez o seguinte comentário: “Os usuários podem editar cuidadosamente os e-mails e se apresentar da maneira mais favorável. . . . O resultado é um círculo vicioso: eles se mostram agradáveis e interessados em você, então você se mostra agradável e interessado neles.” Um professor do Instituto Politécnico Rensselaer, de Nova York, que estuda relacionamentos on-line, observa que em tais circunstâncias uma atração forte pode surgir muito rapidamente. Mas, como se nota freqüentemente, isso não significa que o resultado será um casamento feliz. Certo homem escreveu sobre sua experiência com namoro on-line: “É uma armadilha. Sua imaginação completa todas as informações que faltam com exatamente aquilo que você quer.”

O atrativo do namoro pela internet

Você é acanhado e acha difícil conhecer pessoas? Tem medo de ser rejeitado? Ou simplesmente acha que, na região onde vive, há poucas pessoas adequadas para casar? Se algum desses for o seu caso, o namoro pela internet pode parecer atraente. Sites de encontros lhe garantem total controle sobre o tipo de pessoas que vai namorar. Por exemplo, são providas caixas de busca que mostram a idade da pessoa, o país de residência, o perfil de personalidade, fotos e o nome de usuário, geralmente um nome fictício. Armado com poder de escolha, pode parecer que namorar pela internet é mais eficiente e menos estressante do que os encontros face a face.

Mas qual é a realidade? Será que o namoro pela internet realmente leva à felicidade duradoura? Bem, considere o seguinte: durante um período de seis anos, um site de encontros alistou 11 milhões de pessoas cadastradas. Ainda assim, dentre elas ocorreram apenas 1.475 casamentos. Outro serviço de encontros pela internet, que tem mais de 1 milhão de membros, registrou apenas 75 casamentos confirmados. Por que acontece isso?

“Devo namorar pela internet?”

“Trocávamos ‘e-mails’ todo dia. Fizemos planos quanto ao local para morar e trabalhar. Eu providenciaria as alianças. Havia menos de um mês que nos conhecíamos e ainda não tínhamos nos encontrado pessoalmente.” — Monika, Áustria.

VOCÊ quer muito encontrar alguém — alguém que possa conhecer e com quem talvez possa se casar. Mas até agora, nenhum de seus esforços em encontrar uma pessoa assim deu certo. Tentativas de amigos e familiares bem-intencionados de lhe apresentar alguém só causaram embaraço e o deixaram mais desanimado do que nunca. Então você está pensando se deveria, talvez, recorrer à ajuda da tecnologia.

Nesta era da informática, pode parecer que bastam alguns cliques para achar um companheiro compatível. Tudo o que você precisa, dizem, é se cadastrar em um site, sala de bate-papo ou fórum especialmente desenvolvido para solteiros. The New York Times relata que, em um mês, 45 milhões de pessoas visitaram sites de namoro pela internet só nos Estados Unidos. Um site de encontros afirma ter mais de 9 milhões de pessoas usando seu serviço em 240 países.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Onda de Crimes Juvenis

Nem todos os adolescentes alienados cometem suicídio. Alguns, em vez disso, cometem homicídio. “O grupo mais homicida dentre os americanos se acha na faixa etária de 18 a 22”, segundo um recente informe. “Em 1979, diz o FBI, representaram 25% o total de prisões por homicídio.” Há relatos similares procedentes de outros países — bandos de jovens criminosos urbanos no Brasil, violência nas salas de aula no Japão, delinqüência juvenil na Índia.

O problema não é só o número de crimes cometidos pelos jovens atualmente. O verdadeiro problema é espiritual. Conforme disse o chefe da polícia central de Londres, Gilbert Kelland: “Há pouquíssima vergonha moral quando são apanhados . . . A moralidade caiu por terra.”

Sempre houve crimes cometidos por jovens. Mas, quando apanhados, usualmente demonstravam remorso. Entretanto, são cada vez mais os jovens perturbados hoje em dia que parecem não saber que seus crimes são errados, nem querem saber. De que outra forma se poderia explicar por que dois adolescentes, em Cleveland, E.U.A., pagaram US$ 60 (Cr$ 10 mil) a outro jovem para que assassinasse o pai deles “porque não queria deixar-nos fazer nada que queríamos fazer, como fumar maconha”? Abandonando o cadáver do pai no chão da casa, tiraram-lhe os cartões de crédito e seu salário e passaram 10 dias esbanjando em farras.

“Epidemia” de Suicídio

A expressão máxima de alienação e perda de esperança é talvez o suicídio. Não é de surpreender que o índice de suicídio entre os jovens em muitos países ocidentais vem subindo constantemente. “O número de crianças que ameaçam e tentam suicidar-se tem aumentado”, diz a Dra. Cynthia Pfeffer, psiquiatra da universidade de Cornell. “Os estudos na década de sessenta indicaram que não mais de dez por cento das crianças enviadas a clínicas de pacientes externos indicavam comportamento suicida. Num estudo recente que efetuei, trinta e três por cento das crianças tinham idéias suicidas.”

O suicídio é uma das grandes causas de morte entre os adolescentes norte-americanos. Em 1978, por exemplo, 3.500 jovens entre 20 e 24 anos se mataram, o que é mais do que duas vezes o número dos que fizeram isso 10 anos antes. Mesmo esses números horripilantes representam apenas superficialmente o desespero dos jovens. “O número de tentativas de suicídio é muito maior do que os próprios suicídios entre os jovens, de cinqüenta para um”, informa o Dr. Calvin Frederick, do Instituto Nacional de Sanidade Mental.

A Perda do Amor Próprio

Pesquisadores em Chicago, E.U.A., estudaram 1.331 adolescentes nos anos 60 e um grupo similar em fins da década de 70 e em 1980. A que conclusão chegaram? “Por um período de aproximadamente 18 anos as autoconsciências dos adolescentes norte-americanos pelo que parece tornaram-se decididamente menos positivas.” O estudo descreve os adolescentes de hoje como sendo menos seguros do que antes, com normas éticas mais baixas. Cerca de um quinto deles diz estar emocionalmente vazio e confuso a maior parte do tempo, e que prefere antes morrer a viver.

Por que essa mudança? A seguinte carta escrita por um jovem de 19 anos ilustra uma das grandes razões: “Sou de um lar desagregado como se dá com muitos dos jovens na sociedade de hoje”, escreve Robert. “A família inteira estava sempre brigando e altercando. Havia muito pouco amor, se é que havia. Cada qual seguia seu próprio caminho. Tive bem pouca orientação parental durante o período difícil da adolescência. Foi muito difícil para mim. Não havia disciplina nem comentários edificantes sobre minhas consecuções. Em vez disso, recebia crítica. Isto fez-me sentir que não era amado, que era rejeitado, sentia-me muito ferido e infeliz, sem saber por quê. Cresci como uma vinha sobre uma cerca de estacas pontiagudas. Quando vagueava para fora da cerca, não havia ninguém ali para me orientar e me trazer de volta ao rumo certo.” A história de Robert é muitíssimo comum hoje em dia.

A decepção na política também influiu na juventude. “No íntimo, eu acredito que o mundo não durará mais cinco ou 10 anos”, diz um jovem arruaceiro de Amsterdã, Países-Baixos. “Chegamos a um ponto em que recusamos assumir responsabilidade por um sistema que não aprovamos.”

Que cria isso nos jovens hoje? Basicamente, um sentimento de alienação — de que ninguém se importa se vivem ou morrem. Acrescente-se a essa alienação o sentimento de que o mundo não tem nenhum futuro, e os resultados podem ser temíveis.

A situação difícil dos jovens hoje

A SITUAÇÃO difícil dos jovens? Não é verdade que na maior parte do mundo os jovens nunca tiveram uma situação melhor? Sim e Não. Os jovens hoje talvez tenham mais em sentido material do que as gerações anteriores, mas sofrem também pressões sem precedentes. A estatística sobre crime e suicídio entre jovens de países desenvolvidos mostra que o dinheiro não compra a felicidade para os jovens de hoje. Eis alguns exemplos —

Jovens — estão em caminho para ser bem sucedidos?

HÁ MAIS de um século, o escritor norte-americano R. W. Emerson deu aos jovens a receita para serem bem sucedidos. Ele aconselhou: “Atrele sua carroça a uma estrela.” Emerson queria dizer que os jovens deviam empenhar-se em alcançar objetivos elevados. Mas, para o jovem ser bem sucedido, precisa fazer-se valer por meio do treinamento disciplinado para atingir tal objetivo.

Jovens, estão fazendo os devidos planos agora para o futuro? É sábio fixar alvos nobres e estar decidido a alcançá-los.

A juventude é um período em que a vida brota. É um tempo de comparativa liberdade de pesadas responsabilidades; é tempo de se olhar para a frente, para se conseguir muita alegria e felicidade. Os rapazes e as moças estão cheios de energia e saúde, com perspectivas felizes.

Lamentavelmente, uma grande parte dos jovens não se empenha hoje para atingir objetivos elevados na vida. Antes, no vão empenho de obter independência e isenção de responsabilidades, muitos procuram uma saída por meio de drogas, sexo promíscuo e outras tolices. No entanto, é importante que se dê ouvidos à admoestação: “De Deus não se mofa. Pois, o que o homem semear, isso também ceifará.” — Gál. 6:7.

Qual é o futuro da juventude de hoje?

“Lembra-te, pois, do teu grandioso Criador nos dias da tua idade viril. — Ecl. 12:1.

A JUVENTUDE de hoje nasceu no período mais violento da história humana. Este começou com a primeira guerra mundial do homem, em 1914, holocausto que extinguiu a vida de mais de 13 milhões de pessoas, militares e civis. O horrível derramamento de sangue e a bruta violência daquela guerra pareciam abrir a porta para atos ainda mais chocantes da desumanidade do homem para com o homem.

 Em menos de vinte anos após o término da Primeira Guerra Mundial, já se estabeleceram na Alemanha nazista cruéis campos de concentração em que se assassinaram sistematicamente milhões de presos. Depois irrompeu a Segunda Guerra Mundial, com violência e impiedade ainda maiores do que na Primeira Guerra Mundial, tirando a vida a 22 milhões de pessoas. A esta seguiram-se guerras menores, irrompendo periodicamente como erupções vulcânicas.

 A desumanidade demonstrada pelos homens para com o seu próximo parece ter causado um permanente efeito prejudicial nos adultos e nos jovens nascidos neste período violento. O respeito pela vida humana, a lei, a ordem e a boa moral caiu vertiginosamente. Agora não é nada incomum que jovens delinqüentes se empenhem em atos desarrazoados de destruição e anarquia. Não é incomum observar entre eles, de ano em ano, um constante aumento de assassinatos, agressões, estupros, roubos e outros crimes. Aumentam também os distúrbios que em muitos países transformam as cidades quase que em campos de batalha. Observamos o que se predisse há muito tempo na Bíblia: “Os homens iníquos e os impostores passarão de mal a pior.” — 2 Tim. 3:13.

 Em vista desta tendência, o coração de muitos teme o futuro. Não podem ver nenhuma diminuição no aumento da violência e do que é contra a lei. Apercebem-se também vivamente da constante ameaça duma catastrófica guerra nuclear, mundial. Como predito, estão “ficando desalentados de temor e na expectativa das coisas que vêm sobre a terra habitada”. — Luc. 21:26.

 Portanto, qual será o futuro da juventude de hoje? Será a morte violenta ou a mutilação física numa das muitas guerras que continuam a irromper? Será uma existência incerta e temível num sistema de coisas violento, em que a lei e a ordem entraram em colapso completo? Será o aniquilamento numa guerra nuclear, global, que no cálculo de alguns tiraria a vida a centenas de milhões de pessoas? Ou será um futuro pacífico e seguro, num sistema de coisas mundial melhor do que o que temos hoje?

 O homem não pode prever o futuro, mas o seu Criador pode. Por prestarem bem atenção ao que ele diz, os jovens podem aprender como é possível terem um futuro seguro e pacífico, um futuro que é muito superior a tudo o que já imaginaram. Mas, antes de considerarmos isso, vejamos o propósito de nosso Criador, Deus, para com o atual mundo violento da humanidade pecaminosa. O futuro dele será também o futuro de muitíssimos dos jovens de hoje.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Pressão da mídia

Há também a poderosa influência da mídia. Segundo a pesquisadora Marita Moll, os jovens norte-americanos gastam em média quatro horas e 48 minutos por dia em frente da TV ou da tela do computador.

Será que isso é ruim? Um artigo publicado na revista Science revelou que “seis das principais associações profissionais nos Estados Unidos”, incluindo a Associação Médica Americana, chegou à conclusão unânime que a violência na mídia está relacionada com “o comportamento agressivo em alguns jovens”. “Apesar do consenso entre os especialistas”, comentou a revista Science, “os leigos parecem que não estão entendendo a mensagem da imprensa de que a violência na mídia contribui para uma sociedade mais violenta”.

Considere, por exemplo, os videoclipes. Os pais ficam muitas vezes chocados com o conteúdo sexual detalhado e explícito de alguns desses vídeos. Será que eles podem realmente afetar o comportamento de alguns adolescentes? Segundo um estudo feito com 500 alunos de faculdade, “as letras violentas de músicas aumentam a agressividade nos pensamentos e sentimentos”. E outra pesquisa recente diz que “os adolescentes que gastam mais tempo assistindo a sexo e violência retratados . . . nos videoclipes de alguns tipos de música rap, tal como o ‘gangsta’, estão mais propensos a imitar esse comportamento na vida real”. Esse estudo com mais de 500 moças revelou que é maior a probabilidade de telespectadores assíduos de vídeos gangsta rap agredirem os professores, serem presos e terem múltiplos parceiros sexuais.

Mudanças nos conceitos de disciplina

As mudanças nos conceitos de disciplina também tiveram um efeito nos jovens de hoje. A explicação clara e direta do Dr. Ron Taffel é que muitos pais “abrem mão de sua autoridade”. Quando isso acontece, os jovens crescem com poucas, ou nenhuma, regras ou diretrizes para orientar seu comportamento.

Em alguns casos, parece que a atitude dos pais em relação à disciplina tem a ver com as experiências negativas que tiveram na infância. Querem ser amigos dos filhos, não disciplinadores. “Eu era muito tolerante”, admite certa mãe. “Meus pais eram bem restritivos, por isso queria ser diferente com meus filhos. Mas eu estava errada.”

Nesse aspecto, até que ponto chegam os pais? Relata USA Today: “Uma nova pesquisa em Nova York, Texas, Flórida e Califórnia, com quase 600 jovens em tratamento devido às drogas indicou que 20% consumiam drogas com os pais, e que uns 5% deles na verdade tiveram sua primeira experiência com drogas — normalmente a maconha — por meio da mãe ou do pai.” O que leva o pai ou a mãe a tomar essa atitude irresponsável? Certa mãe confessou: “Disse a minha filha que preferia que ela fizesse isso em casa, onde eu podia ficar de olho.” Outros, pelo visto, acham que consumir drogas juntos é uma maneira de achegar-se aos filhos.

As pressões sobre os jovens de hoje

A adolescência pode ser um período muito agitado da vida, mesmo sob as circunstâncias mais favoráveis. Na puberdade, os jovens são tomados por novos sentimentos e sensações. Sofrem pressões diárias dos professores e colegas. A televisão, os filmes, a indústria fonográfica e a internet exercem uma influência implacável sobre eles. Um relatório da ONU descreve a adolescência como “um período de transição normalmente caracterizado pelo estresse e ansiedade”.

Infelizmente, os jovens quase sempre não têm experiência para lidar com o estresse e a ansiedade de maneira positiva. (Provérbios 1:4) Sem a devida orientação, eles podem facilmente adotar formas de comportamento destrutivo. Por exemplo, o relatório da ONU diz: “Pesquisas mostram que o uso de drogas começa quase sempre na adolescência ou no início da vida adulta.” Pode-se dizer o mesmo de outras formas de mau comportamento, como violência e relações sexuais promíscuas.

Os pais que presumem que essas coisas acontecem apenas com “os pobres” ou determinadas etnias muitas vezes estão totalmente enganados. Os problemas que os jovens enfrentam hoje transpõem barreiras econômicas, sociais e raciais. “Se você acha que ‘delinqüente juvenil’ é aquele rapaz de 17 anos que pertence a um grupo minoritário dum bairro pobre e cuja mãe é de baixa classe social que recebe ajuda financeira do governo, com certeza você não está a par das últimas tendências sociais”, diz o escritor Scott Walter. “Hoje em dia, o jovem problemático pode ser branco, viver numa casa de classe média ou média-alta, ter menos (bem menos) de 16 anos e, não raro, ser do sexo feminino.”

Por que tantos jovens correm perigo? Será que os de gerações passadas não tinham também desafios e tentações? Sim, tinham. Mas vivemos numa época que a Bíblia descreve como “tempos críticos, difíceis de manejar”. (2 Timóteo 3:1-5) Os jovens passam por situações e sofrem pressões que são únicas neste tempo em que vivemos. Analisemos algumas delas.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Religiosidade aparente

À primeira vista, a religiosidade parece estar em alta. Cerca de 68% dos jovens europeus dizem pertencer a uma religião, e na Irlanda esse índice ultrapassa a 90%. Na antiga república soviética da Armênia, onde muitos consideravam a religião como relíquia de uma era remota, as igrejas, no passado vazias, estão agora repletas. Certo sacerdote comentou: “Fico impressionado de ver como a religião atrai a geração mais jovem.”

Em muitos países a mídia tem falado bastante sobre o envolvimento dos jovens em cultos e grupos carismáticos. Encontros religiosos como o mencionado no início do artigo são concorridos. O que observamos, contudo, quando olhamos abaixo da superfície?

Que interesse os jovens têm em religião?



DO CORRESPONDENTE DE DESPERTAI! NA FRANÇA

PARA os 750.000 jovens presentes, seria uma noite de euforia. Eles acenavam com bandeiras, cantavam e aplaudiam. Exibições de laser e de fogos de artifício iluminavam o céu, e músicos animavam a multidão. O clima era de uma “megadiscoteca improvisada”. Por fim, em meio a gritos de admiração, o homem a quem esperavam apareceu no palco.

Tratava-se do início de uma turnê mundial de uma banda de rock? Não. Era a reunião para uma missa campal em Paris, durante a Jornada Mundial da Juventude, e o homem não era ninguém menos que o papa João Paulo II!

Alguns talvez estranhem o interesse dos jovens em encontros religiosos como esse. Mas hoje é comum ver comentários na mídia sobre o reavivamento religioso entre os jovens.

Sucesso na juventude




Qual é a marca do sucesso na juventude? Educação universitária, bens materiais e muitos amigos? Muitos acham que seja isso. O período entre a adolescência e os 20 e poucos anos deve dar à pessoa um bom começo na vida. Ou seja, o sucesso na juventude pode ser um indicativo do que esperar mais adiante.

Como vimos, a Bíblia pode ajudar o jovem a fazer de sua juventude um sucesso. Muitos jovens já constataram isso por experiência própria. Eles lêem a Palavra de Deus diariamente e aplicam o que aprendem. (Veja “Dica de um jovem servo de Jeová”, na página 6.) A Bíblia é realmente um livro para os jovens hoje, porque pode ajudá-los a ‘se tornarem plenamente competentes, completamente habilitados para toda boa obra’. — 2 Timóteo 3:16, 17.

Ansiedade ligada ao futuro

Muitos jovens são inquiridores. Talvez mais do que qualquer outro grupo, eles querem saber o que acontece ao seu redor e por quê. E a Bíblia, mais do que qualquer outro livro, explica as razões das condições mundiais e o que podemos esperar do futuro. É isso o que a geração mais nova quer saber. Que certeza temos disso?

Bem, embora se creia em geral que os jovens vivem apenas para o presente, algumas pesquisas revelam um quadro ligeiramente diferente. Elas mostram que muitos jovens acompanham atentamente o que acontece ao seu redor e daí tiram conclusões sobre como a vida provavelmente será no futuro. Evidência disso é que 3 de cada 4 jovens pensam “freqüentemente” ou “muito freqüentemente” no futuro. Embora os jovens em geral sejam otimistas, a maioria deles encara o futuro com certa ansiedade.

Por que essa ansiedade? Muitos da próxima geração de adultos já têm problemas com o crime, a violência e o abuso de drogas. Os jovens se preocupam com conseguir emprego estável numa sociedade altamente competitiva. Sentem-se pressionados a tirar boas notas na escola ou a ter um grande desempenho no trabalho. Uma jovem de 17 anos lamentou: “Vivemos numa sociedade em que um quer engolir o outro. Todo mundo tenta fazer as coisas do seu jeito. Você sempre precisa provar sua competência, e eu detesto isso.” Outro jovem, de 22 anos, disse: “Pessoas empreendedoras se dão bem na vida, e podem viver confortavelmente. Os desfavorecidos, que por uma razão ou outra não podem acompanhar o passo, simplesmente ficam para trás.” Por que a vida é tão competitiva? Será sempre assim?

Dar-se bem com os outros




Jugend 2000 é um relatório sobre uma ampla pesquisa de atitudes, valores e comportamento de mais de 5.000 jovens na Alemanha. A pesquisa revela que nos momentos de lazer — como ouvir música, praticar esportes, ou simplesmente ficar à toa — os jovens estão quase sempre acompanhados. Talvez mais do que qualquer outro grupo, eles querem estar junto de seus amigos. Com certeza, pois, um dos segredos do sucesso na juventude é dar-se bem com os outros.

Mas isso nem sempre é fácil. De fato, relações humanas é uma área em que muitos rapazes e moças admitem ter problemas. A Bíblia pode ajudar. Ela contém orientações básicas para os jovens sobre como edificar relações equilibradas. O que diz a Palavra de Deus?

Um dos princípios vitais nas relações humanas é a chamada Regra Áurea: “Façam aos outros o que querem que eles façam a vocês.” Tratar os outros com respeito, dignidade e bondade incentiva-os a tratar você da mesma maneira. A bondade pode aliviar um clima de fricção e tensão. Se você for conhecido como pessoa de bons tratos é provável que ganhe o reconhecimento e a aceitação de outros. Não se sente feliz em ser aceito por outros? — Mateus 7:12, A Bíblia na Linguagem de Hoje.

A Bíblia o aconselha a ‘amar o seu próximo como a si mesmo’. É preciso amar a si mesmo no sentido de cuidar de si e ter uma medida sadia de auto-estima, nem demais nem de menos. Por que isso ajuda? Ora, se você não tiver auto-estima, poderá ser crítico demais dos outros, o que dificulta as boas relações. Mas a auto-estima equilibrada é uma base sobre a qual você poderá construir fortes amizades. — Mateus 22:39.

Quando surge uma amizade, é preciso fortalecê-la com esforços de ambos os lados. Investir tempo numa amizade traz felicidade, pois “há mais felicidade em dar do que há em receber”. Uma forma de dar é perdoar, o que significa desperceber pequenos erros e não esperar perfeição de outros. A Bíblia diz: “Seja a vossa razoabilidade conhecida de todos os homens.” Sim, “no que depender de vós, sede pacíficos para com todos os homens”. Que dizer se um amigo seu aponta uma fraqueza de sua parte? Como você reage? Veja este conselho prático da Bíblia: “Não te precipites no teu espírito em ficar ofendido”, pois “o amigo quer o nosso bem, mesmo quando nos fere”. Não é verdade que amigos influenciam seus pensamentos, maneira de falar e comportamento? Assim, a Bíblia alerta: “Más associações estragam hábitos úteis.” Por outro lado, “quem anda com pessoas sábias tornar-se-á sábio”. — Atos 20:35; Filipenses 4:5; Romanos 12:17, 18; Eclesiastes 7:9; Provérbios 13:20; 27:6, BLH; 1 Coríntios 15:33.

Marco fala em nome de muitos jovens, quando diz: “Os princípios bíblicos ajudam muito a nos dar bem com os outros. Conheço pessoas que só pensam em si e em sempre levar vantagem. A Bíblia nos ensina a não pensar tanto em nós mesmos, mas nos outros. No meu entender, esse é o melhor caminho para boas relações humanas.”

Aquilo que os jovens como Marco aprendem da Bíblia ajuda-os não somente na juventude, mas no futuro adentro. E a respeito do futuro, há outra maneira pela qual a Bíblia pode ser de ajuda especial para a geração mais nova.

Faça de sua juventude um sucesso

PEDIU-SE a moradores de certo país europeu que escolhessem entre três alternativas: beleza, riquezas ou juventude. A escolha da maioria foi juventude. Sim, pessoas de todas as idades acham que o período entre a adolescência e os 20 e poucos anos de idade é um período especial na vida. E todos desejam que os jovens façam uma boa transição da infância para a idade adulta. Mas como?

A Bíblia pode ajudar? A resposta é Sim! Vejamos duas áreas em que a Palavra de Deus pode ajudar em especial os jovens, talvez mais a eles do que a qualquer outra faixa etária.