sábado, 3 de abril de 2010

Falhas da guarda conjunta

Para que a guarda conjunta dê certo, é preciso muita cooperação e confiança, qualidades que em geral faltam ao casal separado. Os pesquisadores Furstenberg e Cherlin explicam o problema da seguinte maneira: “Uma das principais razões de o pai parar de ver os filhos é não querer ter contato com a ex-mulher. E muitas mulheres têm a mesma atitude em relação ao ex-marido.”

É verdade que muitos pais divorciados vêem os filhos regularmente. Mas visto que não estão mais envolvidos no cotidiano dos filhos, é difícil para alguns se comportar como pai quando estão com eles. Muitos preferem desempenhar o papel de colega, passando praticamente todo o tempo com os filhos em recreação ou fazendo compras. Ari, de 14 anos, descreve assim as visitas do pai no fim de semana: “Não há uma programação definida, nenhuma regra do tipo: ‘Esteja em casa às cinco e meia.’ Vale tudo. Posso fazer o que quero. E meu pai está sempre comprando presentes para mim.” — How It Feels When Parents Divorce (Como É quando os Pais Se Divorciam), de Jill Krementz.

O pai amoroso deve ‘saber dar boas dádivas aos filhos’. (Mateus 7:11) Mas presentes não substituem a orientação e a disciplina necessárias. (Provérbios 3:12; 13:1) Se em vez de agir como pai, o homem desempenhar o papel de colega ou de visitante, a relação pai—filho acabará se deteriorando. Um estudo concluiu: “O divórcio pode romper permanentemente a relação pai—filho.” — Journal of Marriage and the Family, maio de 1994.

Magoados e irritados por terem sido afastados da vida dos filhos — ou simplesmente indiferentes —, alguns homens abandonam a família, não dando apoio financeiro. (1 Timóteo 5:8) “Não consigo pensar em nada que eu goste no meu pai”, diz um adolescente amargurado. “Ele realmente não se importa conosco, não nos sustenta nem nada, e eu detesto isso.”

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