sábado, 10 de abril de 2010

Há algum dano no rock’n’roll?

A MÚSICA popular de grande parte da juventude moderna já por alguns anos tem sido dominada pelo que é conhecido como rock’n’roll. Trata-se duma expressão muito vaga. Inclui, não só os grandes extremos em qualidade, mas também grande variedade de formas e linguagens musicais. O que a maioria das formas de música “rock” tem em comum é a ênfase ao ritmo, “o incitamento da batida dura, impulsionadora e inequívoca”.

Qual é a origem do nome “rock’n’roll”? Segundo a revista High Fidelity (Alta Fidelidade), de novembro de 1967: “O termo rock and roll tem uma conotação sexual — rockin’ and rolling originalmente significava fornicar. Mas, daí, a palavra jazz, certa vez um verbo, significava a mesma coisa.” A música “rock” parece ter-se iniciado com a combinação dos ritmos dos pretos e os “blues”. Isto sem dúvida ajuda a explicar porque a influência dos músicos de cor e da música dos pretos no campo do “rock” tem sido tão forte. Uma fase proeminente dela se iniciou com o popular Elvis Presley e seu modo sensual de entoar melodias. Pode-se dizer, contudo, que o “rock” obteve seu maior impulso dos “Beatles”.

Outra coisa que os conjuntos de “rock” geralmente têm em comum é sua juventude. Como Leonard Bernstein comentou: “Este tipo de música é inteiramente dos jovens, pelos jovens e para os jovens. Por jovens quero dizer qualquer pessoa entre oito e vinte e cinco anos.” Para se ver até que ponto este é o caso, basta o fato de que um dos mais notáveis conjuntos de “rock” se compõe de três jovens, dois dos quais têm quatorze anos, e o outro doze anos. Uma enquête dos fãs de certo conjunto popular, os ‘Monkees’, revelou que sua idade média era de dez anos.

Atualmente, os jovens modernos ficam completamente endoidecidos pelos vários tipos de “rock”, tanto por comprarem discos e fitas gravadas, como por eles mesmos tocarem música “rock”. São grandemente responsáveis de as vendas de seus discos constituírem anualmente um negócio de NCr$ 8 bilhões apenas nos EUA. É boa coisa a preocupação da juventude com o “rock”, ou poderia derivar-se algum dano disso? Muito depende da natureza da música “rock” e de até que ponto a juventude fica viciada com ela.

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