domingo, 25 de abril de 2010

O CONCEITO DUMA FONTE SUPERIOR

 A questão real, portanto, não é quanto dano físico pode resultar da masturbação, mas se produz dano espiritual. É verdade que as palavras “masturbação” e “abuso contra o próprio corpo” não aparecem na Bíblia. Mas o que entende do conselho inspirado do apóstolo Paulo em Colossenses 3:5? Àqueles que não querem perder a aprovação de Deus, ele disse: “Amortecei [Não exciteis], portanto, os membros do vosso corpo que estão na terra, com respeito a fornicação, impureza, apetite sexual, desejo nocivo e cobiça.” Dessemelhante da fornicação, a masturbação é algo que a pessoa pode praticar sozinha. Mas, faz isso com que não seja impura? Ou significa também entregar-se ao “apetite sexual” e ser dominado por ele?
 Por outro lado, o apóstolo escreveu também sobre os que se ‘entregaram à conduta desenfreada para fazerem com ganância toda sorte de impureza’. (Efésios 4:19) Na sua carta aos Colossenses, já mencionada no parágrafo anterior, Paulo mencionou a “cobiça”, e agora, neste texto, a “ganância”. Na realidade, a masturbação expressa ambas estas qualidades indesejáveis. Como? Ora, é uma expressão do desejo de algo que realmente não cabe à pessoa. Deus proveu o casamento como arranjo para a satisfação dos desejos sexuais. Mas, quem pratica a masturbação, na realidade, está procurando conseguir essa satisfação sem pagar o preço. O preço é assumir e arcar com as responsabilidades que acompanham o casamento. Neste respeito, note que, quando o apóstolo aconselhou os ‘inflamados de paixão’, ele não lhes disse que procurassem alívio por meio da masturbação, mas sim pela provisão do casamento, feita por Deus. — 1 Coríntios 7:2, 9.
 Na realidade, a masturbação pode pôr em perigo sua felicidade futura no casamento. Quando alguém está acostumado a satisfazer suas paixões por meio da masturbação, desenvolve o hábito de pensar apenas no próprio prazer e na própria satisfação. Mas no casamento, especialmente por parte do homem, precisa haver preocupação também com o prazer e a satisfação do cônjuge. Do contrário, as relações maritais pioram e surgem aflição e angústia. Esta mesma situação — de os maridos pensarem apenas na sua própria satisfação e não considerarem as necessidades de sua esposa — é um dos grandes problemas no casamento. Grande parte disso provém do hábito pré-marital da masturbação.
 Alguém poderá perguntar: “Mas, que dizer quando alguém é jovem demais para tornar o casamento aconselhável? Enquanto espera o casamento mais adiante, não o protegeria a masturbação contra alguma violação mais séria da lei de Deus, tal como a fornicação ou o homossexualismo?” Talvez pareça assim. Mas, trata-se dum raciocínio válido? Não. A masturbação enfraquece a consciência salutar e o amor ao que é direito, as próprias coisas que poderão protegê-lo contra tais práticas. Igual ao vício das drogas, a masturbação pode tornar-se algo a que se recorre cada vez que se sinta alguma espécie de tensão e falte a força de vontade para enfrentar e vencer os problemas que causam a tensão. Pode assim produzir um círculo vicioso que torna a pessoa, por fim, um escravo. Mas, Deus diz que devemos controlar nosso corpo, e não deixar que ele nos controle.

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