domingo, 18 de abril de 2010

Efeitos Sobre Relações Humanas

Muito embora recente estudo, de três anos, feito para o Instituto Nacional de Toxicomania, dos EUA, minimizasse os danos físicos da maconha, comprovava “significativas diferenças na estrutura familiar dos dependentes, em comparação com não-dependentes”, segundo American Medical News. O estudo declarava: “O fumar inveterado de maconha, em nosso estudo, era correlato com uma vida doméstica diruptiva.”

Extremo exemplo de tal dirupção familiar ocorreu recentemente no Texas, onde um pai foi julgado por matar seu filho de 20 anos. Ao recontar as circunstâncias que o levaram a matar o jovem, disse o pai: “Ele era meu orgulho e minha alegria, e fazíamos toda espécie de coisas juntos — até que tudo isto aconteceu, há três anos.”

O filho começou a usar Valium (um tranqüilizante) e maconha. “Ele mudou, mudou completamente”, dizia agoniado o pai. “Pensei que pudéssemos endireitá-lo, e daí, ele começava de novo. Conseguia um emprego, daí o largava e gastava o dinheiro nessa coisa. Continuava sustentando que estava bem.”

Naturalmente, os efeitos prejudiciais da maconha sobre a família raramente chegam a tal extremo, mas, será que vale a pena pôr em perigo as relações com aqueles que nos são mais achegados a fim de gozar tal prazer temporário?

Outras relações talvez também sejam afetadas. Um professor do segundo grau escreveu à revista Psychology Today, elogiando um de seus artigos por “desmistificar os efeitos desta droga [maconha]”. O artigo tinha sido, em geral, favorável à maconha, dum ponto de vista médico. Todavia, este professor anuiu:

“Estou ficando alarmado com a presença, em minha sala de aula, de estudantes ‘drogados’. Eu seria o último a afirmar categoricamente que, em resultado de sua toxicomania, quaisquer de suas perícias intelectuais foram reduzidas, mas tenho observado que, num ambiente grupal, a pessoa drogada parece ter dificuldade em comunicar até mesmo idéias simples, verbalmente, para uma pessoa ‘direita’, e vice-versa. . . . Esta toxicação ‘inofensiva’, de algum modo, ergueu uma muralha.” — Março de 1977, p. 8.

Evidentemente, não apenas o que a droga faz aos dependentes, enquanto sob seu efeito, mas o próprio fato de que a usam com freqüência, em ocasiões inoportunas, diz-nos algo sobre ela. Assim, a ânsia de maconha talvez deturpe o bom critério da pessoa. Ao invés de restringi-la à “recreação” pessoal, amiúde interfere nas atividades necessárias da vida. Os dependentes tendem a centralizar sua vida em torno de seu próprio prazer, freqüentemente mostrando geral desconsideração pelos outros. Seu juízo inibido talvez se torne até mesmo um perigo potencial para pessoas inocentes. Como assim?

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