terça-feira, 20 de abril de 2010

POR QUE SER AMIGÁVEL, E COM QUEM? COMO PODE EVITAR AMIZADES PERIGOSAS?



APESAR das mudanças científicas no mundo nos anos recentes, as pessoas ainda precisam umas das outras. Para a maioria das pessoas, tal necessidade não é satisfeita por simples conhecidos, mas vai mais fundo do que isso. Busca um amigo a quem se possa confiar os pensamentos mais preciosos. Seu anseio é de um confidente fidedigno, responsável, que venha socorrer a pessoa quando em necessidade.
A situação ideal é quando a maioria das necessidades emocionais da pessoa são satisfeitas dentro da relação familiar cristã. Os filhos que têm pais devotados e irmãos e irmãs amorosos, têm boa razão para se sentirem mui contentes. Sustentada por este calor e esta associação, a criança pode crescer feliz e bem equilibrada, sem ter sempre de procurar outrem para satisfazer suas necessidades emotivas.
Entretanto, até mesmo quando a amizade no lar existe, os filhos talvez sintam o impulso de travar novas amizades. O estímulo provido por outras crianças com cerca da mesma idade pode ser proveitoso. Por outro lado, a inexistência de amizade dentro e fora da relação familiar faz com que muitos jovens se tornem solitários. Este é um problema comum entre os adolescentes.
Os pais que estão cônscios disto tentam satisfazer a crescente necessidade de seus filhos, a de terem amigos. Uma forma em que podem fazê-lo é por criarem uma relação mais íntima e mais confidencial com eles. Os adolescentes, em especial, acham que a vida assume um tom mais feliz quando os pais lhes dão a oportunidade de expressarem seus conceitos, e os ajudam a solucionar suas dúvidas e incertezas. Em palestras francas, os filhos podem ser fortalecidos com encorajamento e conselho.
Há também ocasiões em que a amizade de outro jovem pode fornecer o encorajamento necessário. Escreveu certo homem de meia-idade sobre seus anos jovens: “Como adolescente, eu era muito temperamental, por razões das quais não me recordo mais. Durante certa semana particularmente ruim, quando estava na maior depressão, achando-me feio, incompreendido e que ninguém gostava de mim, tocou o telefone. Um rapazola ginasiano . . . estava na linha. ‘Que que há?’ perguntou gentilmente quando ouviu minha voz. ‘Parece até que você não tem nenhum amigo no mundo — eu não morri ainda!’ Uma frase fácil, graciosa, talvez — mas em vinte e cinco anos eu não a esqueci, como me sentei mais ereto, sorri e senti-me vivo de novo naquela noite.”

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