sábado, 2 de outubro de 2010

Execute Sua Parte das Tarefas Domésticas

Uma adolescente chamada Leonor afirma: “Tomo conta de minha irmãzinha e ajudo minha mãe a manter a casa em ordem. Deste modo, mamãe não tem tanta coisa para fazer nos fins-de-semana.” Naturalmente, talvez não lhe pareça justo ter de trabalhar quando preferiria brincar. Mas afirma o psicólogo David Elkind sobre cuidar de tarefas domésticas básicas: “Por certo, estas são exigências razoáveis a serem feitas aos filhos . . . Poder-se-ia até dizer que muitas crianças nas casas em que há dois genitores, e onde apenas um deles trabalha fora, tirariam proveito caso se esperasse que elas mesmas fizessem mais.” Cuidar de tarefas é assim um dos modos de evitar o enfado — e desenvolver certo senso de responsabilidade.

Carlos recorda: “Desde pequenino, eu tinha coisas a fazer em casa, como arrumar minha cama e remover o lixo.” Ele deveras admite: “Jamais precisei cozinhar, embora saiba enfiar umas fatias de pão numa torradeira elétrica, ou preparar um sanduíche!” Executar tarefas domésticas não lhe causou nenhum dano; se fez algo, foi contribuir para seu crescimento emocional.

Por que não tenta, então, levar sua própria carga, quando se trata de tarefas e atividades domésticas? (Compare com Gálatas 6:5.) Admitidamente, como declara o Dr. Elkind, as ‘exigências e expectativas [parentais] podem fugir de controle’. Assim, se achar que estão exigindo demais de você, considere o sugerido por um artigo da revista ’Teen: “Sente-se com seus pais e elaborem juntos uma tabela que o deixará com algum tempo livre para os amigos, as tarefas escolares . . . e, ao mesmo tempo, torne as coisas mais fáceis para sua mamãe e papai já atarefadíssimos.”

Ficar Sozinho — Os Perigos

“Os pais costumavam preocupar-se com o que seus filhos estariam tramando quando saíam à noite”, diz o escritor Vance Packard. “Atualmente, se ambos os pais trabalham fora, é mais provável que se preocupem com o que seus filhos estão tramando em fins das tardes, quando não há adultos presentes em tantas casas.” De acordo com Packard, uma casa vazia amiúde é palco de imoralidade sexual.

Dispor da casa para si pode também abrir a porta para outras formas de travessuras. Carlos relembra: “Depois do divórcio de meus pais, eu morei por algum tempo com minha mãe [que não era cristã]. Ela me deixava sozinho por bastante tempo. Certa vez, enquanto ela estava ausente, eu peguei os cigarros dela.” Felizmente, este não foi o começo dum vício vitalício. “Só fumei um ou dois”, afirma Carlos.

Naturalmente, a Bíblia condena tanto o sexo ilícito como os hábitos impuros, como o fumo. (1 Coríntios 6:9; 2 Coríntios 7:1) E, ao passo que nem todos os filhos de pais que trabalham fora se metem em algo errado, muitos deveras acham intensamente enfadonho ficar sozinhos. Os autores do livro Being Adolescent (Ser Adolescente) verificaram que os jovens são tipicamente passivos, letárgicos, enfadados, e sem motivação quando forçados a ficar sozinhos. Ver TV ou ‘matar o tempo’ nos centros de compra e lojas de fliperamas tornam-se sua principal ocupação. ‘Que há para fazer em casa?’ perguntam.

Meus pais trabalham fora — que posso fazer sozinho numa casa vazia?

“PODE ser bem enfadonho.” Um rapaz de 15 anos, chamado Carlos, assim descreve o que é voltar para casa e encontrá-la vazia. “Chego a casa por volta das três da tarde. Faço um lanche, vejo talvez um pouco de TV ou ligo meu conjunto estereofônico.” O pai dele, separado da mulher, trabalha o dia todo.

Milhões de jovens — cujos genitores não têm cônjuge, ou ambos trabalham fora — compartilham similar experiência. E podem contar-lhe, em primeira mão, que ter pais que trabalham fora nem sempre é fácil. Como Carlos, talvez passem sozinhos boa parte do dia.

Considere, porém, um estudo recentemente comunicado na revista Psychology Today. Peritos em cuidar de crianças receavam que os jovens deixados entregues a si mesmos desenvolvessem sérios problemas comportamentais. No entanto, 48 crianças latch-key [chave do trinco] foram comparadas com 48 jovens cuidados por adultos depois das aulas. Com que resultados? “Contrário ao que seria de esperar, os pesquisadores encontraram poucas diferenças entre os dois grupos. Os professores classificaram as crianças latch-key como tão bem ajustadas socialmente quanto as demais. Além disso, as crianças latch-key pareciam ter tanto amor-próprio e sentir que controlavam sua vida quanto aquelas cujo tempo livre depois das aulas era supervisionado por um adulto.”

O que indica isto? Que, apesar de ficar sozinho não ser certamente o ideal, não precisa ser desastroso. O que faz diferença é como você enfrenta essa situação.

sábado, 18 de setembro de 2010

‘O que está acontecendo com o meu corpo?’

A puberdade começa com um aumento nos níveis hormonais — principalmente o estrogênio nas meninas e a testosterona nos meninos. As mudanças hormonais são em parte responsáveis pela espantosa transformação física que se segue. De fato, desde que você era bebê, seu crescimento físico nunca foi tão rápido quanto no início da puberdade.

Nessa fase os órgãos reprodutores começam a amadurecer, mas esse é apenas um dos aspectos do desenvolvimento físico. É comum haver um aumento rápido na altura, ou uma “esticada”, como se costuma dizer. Embora quando criança você talvez crescesse uns cinco centímetros por ano, agora você pode crescer o dobro disso no mesmo período.

Nessa fase, talvez se sinta meio desajeitado. Isso é normal, pois lembre-se de que diferentes partes do corpo podem estar se desenvolvendo a ritmos diferentes. Mas tenha paciência. Você não vai ser desajeitado pelo resto da vida. Essa fase vai passar.

Na puberdade as meninas começam a menstruar, ou seja, a ter um fluxo mensal de sangue, secreções e restos de mucosa uterina. O período menstrual geralmente é acompanhado de cólicas bem como de uma queda no nível hormonal. Visto que isso afeta tanto o físico como o emocional, a menina pode ficar assustada quando começa a menstruar. “De uma hora para outra eu tive de me acostumar com todas essas mudanças”, lembra-se Teresa, hoje com 17 anos. “Fiquei emocionalmente instável e sentia dores. E todo mês era a mesma coisa!”

Você não precisa ficar assustada quando começa a menstruar. Afinal de contas, é sinal de que o seu corpo está funcionando normalmente. Com o tempo, aprenderá a amenizar o desconforto. Algumas mulheres, por exemplo, descobriram que exercícios regulares ajudam a diminuir a dor das cólicas. Mas cada organismo reage de um jeito. No seu caso, talvez descubra que precisa reduzir drasticamente as atividades físicas durante a menstruação. Aprenda a reconhecer os sinais que o corpo dá e faça o que for necessário para se sentir bem.

Na adolescência, jovens de ambos os sexos passam a se preocupar cada vez mais com a aparência. “Foi nessa fase que eu realmente comecei a notar e a me preocupar com o que os outros achavam da minha aparência”, confessa Teresa. “E para falar a verdade, a maior parte do tempo eu ainda não gosto da minha aparência”, continua. “Meu cabelo não coopera, minhas roupas não caem bem e nem consigo encontrar roupas de que eu goste.”

Você pode ter outras surpresas desagradáveis com o seu corpo. Por exemplo, as glândulas sudoríparas ficam mais ativas na puberdade, o que pode fazer com que transpire mais. Para controlar o odor do corpo, convém tomar banho regularmente, não vestir roupa suada e usar desodorante ou antiperspirante.

Também, durante a puberdade as glândulas sebáceas se tornam mais ativas, propiciando o surgimento de espinhas e de acne. ‘Parece que o meu rosto fica cheio de espinhas justamente quando quero ficar bonita para alguma ocasião’, lamenta Ann. “Até parece que elas adivinham e fazem isso de propósito.” Teresa também tem problemas com acne. “Quando tenho acne, eu me acho feia e me sinto mal”, diz ela, “porque quando as pessoas me olham, eu acho que elas estão olhando para a acne e não para mim”.

É claro que os rapazes também podem ser afetados por problemas de pele. De fato, segundo alguns especialistas, os rapazes são mais suscetíveis a apresentar o problema do que as meninas. Mas independentemente do sexo, uma medida simples que ajuda é lavar com regularidade as áreas oleosas do corpo — incluindo o rosto, o pescoço, os ombros, as costas e o peito. Além disso, lavar os cabelos com freqüência evita que a oleosidade do couro cabeludo passe para a pele. Há também disponíveis no mercado produtos próprios para combater a acne e as espinhas. “Meus pais me ajudaram a encontrar loções de limpeza e produtos adequados para aplicar na pele”, diz Teresa. “Eles também me ajudaram a não me entupir de alimentos sem valor nutritivo. Quando não como alimentos sem valor nutritivo e bebo bastante água, a acne geralmente desaparece.”

Outra mudança física que afeta principalmente os rapazes tem a ver com a voz. Na puberdade, as cordas vocais geralmente engrossam e se alongam, fazendo com que a voz fique mais grossa. Bill diz que no caso dele isso aconteceu sem que ele nem reparasse. “Só fui perceber que minha voz tinha mudado quando, ao falar ao telefone, as pessoas pararam de confundir a minha voz com a da minha irmã ou a da minha mãe”, diz ele.

Às vezes a voz que está nesse processo de mudança falha, ou seja, fica aguda de repente. “Era muito embaraçoso”, diz Tyrone, lembrando-se de quando era jovem. “Isso acontecia sempre que eu ficava nervoso ou emocionado. Eu procurava controlar as minhas emoções, mas não conseguia.” Ele acrescenta: “Depois de um ou dois anos, a minha voz voltou ao normal.” Se isso está acontecendo com você, não se desespere. Sua voz também logo vai se estabilizar num tom mais grave e mais forte.

‘Por que me sinto assim?’

Muitas vezes os adolescentes passam por uma série de situações que os magoam. Por exemplo, você talvez se dê conta de que o relacionamento entre você e seus melhores amigos de infância não é mais o mesmo. Não que tenha havido algum desentendimento. Você simplesmente descobre que já não tem mais tanta coisa em comum com eles. Mesmo os seus pais — para quem você corria em busca de consolo e segurança — de repente podem lhe parecer antiquados e inacessíveis.

Tudo isso pode fazer com que o adolescente se sinta socialmente excluído. “Segundo alguns pesquisadores, a solidão é mais freqüente e mais intensa na adolescência do que na infância e na idade adulta”, diz certa obra de referência. Com medo de que o considerem estranho, você pode acabar se fechando. Ou talvez não queira se aproximar de outros, achando no fundo que ninguém o quer como amigo.

A maioria dos adolescentes, assim como muitos adultos, tem os seus momentos de solidão. Mas o importante é lembrar-se de que, com o tempo, esses sentimentos geralmente passam. Tenha em mente que, por ser adolescente, praticamente tudo em você está mudando. Seu conceito sobre a vida, sobre outros e até sobre você mesmo muda constantemente. De fato, muitas vezes nem você se reconhece. Talvez se sinta como Steve, de 17 anos, que admite: “É muito difícil você dizer que se conhece quando está mudando tão rapidamente.”

Uma das melhores maneiras de combater a solidão é se interessar por outras pessoas. Assim você pode conhecer pessoas de outras faixas etárias. Sabe de algumas pessoas mais velhas que apreciariam receber uma visita amigável? Poderia fazer algum favor para elas, especialmente se precisam de ajuda? A Bíblia incentiva a todos — jovens e adultos — a ‘se alargar’ na sua afeição para com outros. (2 Coríntios 6:11-13) Fazer isso pode ampliar seu círculo de amizades.

A passagem bíblica acima citada é apenas uma entre os muitos princípios que têm ajudado os jovens cristãos a lidar com os desafios da adolescência. Ao ler o próximo artigo, veja como a Palavra de Deus pode exercer uma poderosa influência em sua vida ao se desenvolver para a idade adulta.

[Nota(s) de rodapé]

No início, os ciclos podem ter uma duração maior ou menor do que um mês. A intensidade do fluxo também pode variar muito. Essas variações são normais e não devem ser motivo de preocupação. No entanto, se você tiver ciclos irregulares por um ano ou dois, talvez seja bom consultar um médico.

Se a solidão for crônica ou você tiver pensamentos suicidas, procure ajuda. Converse sem demora com os seus pais ou com um adulto em quem confia.

O início da puberdade

As mudanças biológicas que ocorrem na adolescência preparam o corpo para a capacidade de gerar filhos. Esse processo, chamado de puberdade, leva anos para se completar e afeta muito mais do que apenas o desenvolvimento dos órgãos reprodutores, conforme veremos.

As meninas geralmente entram na puberdade entre 10 e 12 anos, e os meninos, entre 12 e 14. Mas, dependendo da pessoa, esse processo pode começar antes ou depois dessa faixa. De acordo com The New Teenage Body Book (Novo Livro sobre o Corpo do Adolescente) “cada indivíduo possui seu próprio relógio biológico que dita quando começarão as transformações da puberdade”. O livro acrescenta: “O período considerado normal varia muito.” Assim, não há nada de errado se você entrar na puberdade antes ou depois de seus colegas.

Não importa quando começa, a puberdade pode afetar sua aparência, suas emoções e a maneira de você encarar as coisas. Vejamos alguns dos aspectos fascinantes, mas muitas vezes desafiadores, dessa fase sem igual na vida.

‘O que está acontecendo comigo?’

‘O que está acontecendo comigo?’

“Foi como se eu acordasse um dia e tudo tivesse mudado. Eu era uma pessoa diferente num corpo diferente.” — Sam.

O QUE é adolescência? Em termos simples, é o período da vida entre a infância e a vida adulta. Trata-se de uma fase em que você passa por grandes mudanças físicas, emocionais e até sociais. Em certo sentido, é emocionante tornar-se adolescente. Afinal de contas, é sinal de que você está se desenvolvendo para a vida adulta. Por outro lado, você também passa a experimentar novas sensações, e algumas delas podem deixá-lo confuso ou até mesmo assustado.

Mas não precisa ficar apavorado. É verdade que a adolescência traz as suas angústias. Mas também lhe dá a maravilhosa oportunidade de fazer uma transição satisfatória para a vida adulta. Vejamos como isso é possível. Primeiro, analisemos alguns dos desafios que os adolescentes enfrentam.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O início da puberdade

As mudanças biológicas que ocorrem na adolescência preparam o corpo para a capacidade de gerar filhos. Esse processo, chamado de puberdade, leva anos para se completar e afeta muito mais do que apenas o desenvolvimento dos órgãos reprodutores, conforme veremos.

As meninas geralmente entram na puberdade entre 10 e 12 anos, e os meninos, entre 12 e 14. Mas, dependendo da pessoa, esse processo pode começar antes ou depois dessa faixa. De acordo com The New Teenage Body Book (Novo Livro sobre o Corpo do Adolescente) “cada indivíduo possui seu próprio relógio biológico que dita quando começarão as transformações da puberdade”. O livro acrescenta: “O período considerado normal varia muito.” Assim, não há nada de errado se você entrar na puberdade antes ou depois de seus colegas.

Não importa quando começa, a puberdade pode afetar sua aparência, suas emoções e a maneira de você encarar as coisas. Vejamos alguns dos aspectos fascinantes, mas muitas vezes desafiadores, dessa fase sem igual na vida.

‘O que está acontecendo comigo?’

“Foi como se eu acordasse um dia e tudo tivesse mudado. Eu era uma pessoa diferente num corpo diferente.” — Sam.

O QUE é adolescência? Em termos simples, é o período da vida entre a infância e a vida adulta. Trata-se de uma fase em que você passa por grandes mudanças físicas, emocionais e até sociais. Em certo sentido, é emocionante tornar-se adolescente. Afinal de contas, é sinal de que você está se desenvolvendo para a vida adulta. Por outro lado, você também passa a experimentar novas sensações, e algumas delas podem deixá-lo confuso ou até mesmo assustado.

Mas não precisa ficar apavorado. É verdade que a adolescência traz as suas angústias. Mas também lhe dá a maravilhosa oportunidade de fazer uma transição satisfatória para a vida adulta. Vejamos como isso é possível. Primeiro, analisemos alguns dos desafios que os adolescentes enfrentam.

Maquiagem — Por Que É Importante Para as Moças

Conforme ilustrado pelo diálogo inicial, existe ampla variedade de opiniões sobre este assunto, até mesmo entre adolescentes. Não é de admirar, então, que você e seus pais talvez tenham dificuldade em ver as coisas do mesmo modo! Ainda assim, receber um redondo não de seus pais pode parecer algo desarrazoadamente estrito. “A gente vê as moças na escola”, relembra uma jovem chamada Mônica, “e elas estão todas usando maquiagem”. Talvez também fique imaginando por que pode ser OK para sua mãe, mas não é OK para você! Ademais, você está ficando mais velha, e agora, mais do que nunca, sua aparência é importante para você.

A puberdade provocou mudanças em sua altura, em seu peso e em suas formas. Como comenta o livro The Secret of a Good Life With Your Teenager (O Segredo de Uma Vida Agradável com Seu Filho Adolescente), “estas transformações deixam [os jovens] preocupados, mais do que nunca, com sua atratividade. . . Também ficam preocupados em reafirmar sua identidade sexual. Eles querem que seja reconhecida sua feminilidade ou masculinidade”. Ou, conforme uma escritora se expressou, você deseja “começar a moldar um estilo próprio. . . [que] revele o seu eu mais apreciado por você mesma, e com o qual se sente mais à vontade”. — Changing Bodies, Changing Lives (Corpos Que Mudam; Vidas Que Mudam), de Ruth Bell.

Para muitas garotas, a maquiagem é um modo de estabelecer aquele estilo individual e de se sentirem mais femininas ou atraentes. “Quando uso maquiagem, eu me sinto mais confiante”, explicou uma adolescente. Nina, já citada, acrescenta: “Existem muitas garotas bonitas, e usar maquiagem me faz sentir melhor comigo mesma.”

Usar maquiagem também é uma espécie de ritual de passagem para a vida adulta. Como uma adolescente se expressou: “A gente não deseja mais ser considerada uma menininha.” Algumas esperam que uma aparência mais adulta lhes granjeie mais respeito ou até mesmo atraia a atenção de rapazes mais velhos. Para outras, usar maquiagem é simplesmente uma forma de ajustar-se às colegas. Diz Diana: “Quanto mais velha você parecer, tanto mais calma as outras garotas pensam que você é.”

Muitas jovens, porém, desejam usar maquiagem por motivos inteiramente práticos: para igualar tons de pele desiguais, para encobrir uma pele feia ou uma cicatriz, para realçar traços atraentes do rosto, ou para disfarçar traços não tão atraentes. Mesmo assim, o pedido de permissão para usar maquiagem bem que pode suscitar uma controvérsia familiar. Por que será que os pais não raro reagem de tal forma negativa?

domingo, 5 de setembro de 2010

TER NORMAS COERENTES

Outra necessidade do adolescente é ter normas e orientações firmes e coerentes. Falando sobre este assunto, o Contra-almirante James F. Calvert, superintendente da Academia Naval dos E. U. A., e pai de três filhos, disse recentemente, conforme noticiado pelo jornal The Detroit News:

“A garotada de hoje aprende mais da televisão do que aprenderão de nós. O adolescente de uns 15 anos gasta 20 minutos por dia com leitura e duas horas vendo televisão.”

Depois de comentar o fracasso dos pais quanto a incutir um ‘senso de dever e de orgulho familiar’, ele prosseguiu: “Sem disciplina, não pode haver respeito básico.” Calvert comparou a disciplina humana com a casca de ovo. “Quando está intata”, disse ele, “é um objeto forte e bonito. Quebrada ou rachada, logo se desfaz.

“Os jovens podem não clamar por disciplina, mas precisam dela desesperadamente. A autoridade estrita dos pais desenvolve nos filhos um senso de segurança.”

O adolescente precisa da segurança da disciplina coerente. Talvez não concorde prontamente com a necessidade de algumas das restrições e regras, mas concordará plenamente que seus pais deviam ser coerentes nas suas regras. Ele quer saber o que pode ou o que não pode fazer. Sente-se frustrado quando estas regras são mudadas de um dia para outro, só porque os pais “acham” assim na ocasião. Jesus disse: “Deixai . . . que a vossa palavra Sim signifique Sim, e o vosso Não, Não.” — Mat. 5:37.

As regras e restrições podem ser comparadas a limites. O adolescente necessita que se lhe definam e identifiquem claramente os limites; daí, quer ter a confiança e a liberdade dentro destes limites. Certo pai comparou este fato com a experiência de sua família no aluguel duma casa:

“Encontrava-se num lugar arborizado. Uma das primeiras perguntas que fizemos foi sobre os limites. Queríamos saber: O que se nos permite fazer com a propriedade? Seria necessário saber isso para gostarmos de viver ali. Pode imaginar o desconforto e a frustração se o senhorio mudasse as restrições cada semana, ou algo assim. O mesmo princípio se aplica às restrições impostas aos adolescentes. As regras devem ser razoáveis e coerentes. E, daí, dê-lhes a confiança e a liberdade dentro destes limites.”

As regras não devem ser desarrazoadamente rígidas. Algum acontecimento ou ocasião especial pode ser motivo bastante para se considerar um pedido especial.

SER TRATADO COMO ENTE INDIVIDUAL

Uma grande necessidade sentida pelo adolescente é ser tratado como ente individual. Charles R. Foster diz no seu livro Psicologia Para a Vida Atual (em inglês):

“Reconhece-se que o ser humano quer mais do que apenas comer e dormir. Quer ser reconhecido como pessoa e quer sentir que é bem sucedido.”

“Certamente, cada pessoa se sente melhor e trabalha com mais eficiência quando pode conseguir algo e quando pode sentir que seu próprio lugar no mundo é importante. A maioria dos estudantes do comportamento social acham que cada ser humano tem algum potencial latente — que cada um sabe fazer alguma coisa bem, ou melhor, se apenas pudermos descobrir o que é.”

Cada adolescente precisa ser considerado como diferente de todos os outros. Os pais ficam sabendo que não há dois filhos iguais. A instrução e a disciplina que funcionam bem para um filho talvez não sejam eficientes para outro. Isto se dá especialmente no que se refere aos adolescentes.

Portanto, não é bom comparar um filho com o outro. Quando se faz comparação do trabalho de alguém com o trabalho melhor de outro, surgem ressentimentos, não incentivo. (Veja 2 Coríntios 10:12) O adolescente quer ser aceito por aquilo que ele é e pode fazer como ente individual. Quer ser amado pelos seus pais pelo que ele mesmo é, e quer ser tratado com bondade humana. Por outro lado, não quer ser sufocado ou sempre tratado como se fosse criança.

O que os adolescentes necessitam de seus pais

CADA adulto já foi uma vez adolescente. Cada pai ou mãe dum adolescente já foi também adolescente. De modo que os adultos deviam poder compreender os problemas e as frustrações dos adolescentes. Mas, demasiadas vezes acontece que os pais nem se lembram dos problemas que tiveram quando eram adolescentes e deixam de ter compreensão com seus filhos adolescentes. Certo avô lembrou-se da seguinte experiência:

“Quando eu era menino, achava às vezes que a disciplina familiar era dura e injusta. Lembro-me de pensar que, quando eu crescesse e tivesse filhos, eu os disciplinaria com amor, escutando-os e raciocinando com eles.

“Quando atingi este estágio na minha vida, verifiquei que eram grandes as pressões em criar os filhos. As longas horas de trabalho impediram-me ver muito os meus filhos. Quando passava tempo com eles, eu era impaciente e irascível.

“Os anos de crescimento dos filhos passam depressa demais. Agora sou avô, com uma atitude completamente diferente da que tinha como pai. Encontro tempo para brincar com os netos e ter prazer neles, muitas vezes querendo defendê-los quando estão em dificuldades, achando que os seus pais são duros demais e não têm compreensão. Amiúde penso: Se nós, como pais, somente pudéssemos ter a paciência e a compreensão dos avós.”

Os pais costumam esquecer-se de que o adolescente normalmente quer reafirmar-se como indivíduo com suas próprias necessidades. Eles não entendem isso, e aí surgem problemas. Um ministro, que fez um estudo dos problemas dos adolescentes, relata que fez a seguinte pergunta a muitos adolescentes: “Qual é a coisa primária que quer de seus pais, acima de todas as outras?” Quase sem exceção, eles responderam:

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Distúrbio bipolar

Alguns desses sintomas podem indicar outra doença complexa: o distúrbio bipolar. Segundo a Dra. Barbara D. Ingersoll e o Dr. Sam Goldstein, o distúrbio bipolar (antes conhecido como psicose maníaco-depressiva) é “uma condição caracterizada por episódios depressivos intercalados por períodos em que o humor e a energia estão excessivamente elevados, bem acima, de fato, dos níveis normais do bom humor”.

Essa fase de euforia é chamada de mania. Os sintomas incluem falar muito, ter raciocínio rápido e menor necessidade de sono. De fato, a vítima talvez passe dias sem dormir, aparentemente sem perder a disposição. Outro sintoma do distúrbio bipolar é o comportamento extremamente impulsivo, sem levar em conta as conseqüências. “A mania muitas vezes afeta o raciocínio, o julgamento e o comportamento social de maneiras que causam problemas graves e embaraço”, declara um relatório do Instituto Nacional de Saúde Mental, dos EUA. Quanto tempo dura a fase da mania? Às vezes apenas alguns dias; em outros casos, vários meses — até ser substituída pela depressão.

Quem tem parentes que sofrem da doença corre maior risco de desenvolver o distúrbio bipolar. A boa notícia é que existe esperança para as vítimas. “Se forem diagnosticadas cedo e tratadas corretamente”, diz o livro The Bipolar Child (A Criança Bipolar), “essas crianças e suas famílias podem ter uma vida bem mais estável”.

É importante mencionar que nenhum desses sintomas por si só indica depressão ou distúrbio bipolar. Costuma-se obter o diagnóstico quando vários desses sintomas ocorrem ao longo de um determinado período. Mas ainda há uma pergunta que precisa ser respondida: Por que essa doença complexa aflige os adolescentes?

Sintomas comuns

Obtém-se um diagnóstico de depressão somente quando um jovem apresenta vários dos sintomas todo dia, durante a maior parte do dia, por duas semanas pelo menos. Quando a crise dura relativamente pouco tempo, é chamada de episódio depressivo. Quando os sintomas persistem por pelo menos um ano com no máximo dois meses de alívio, o diagnóstico pode ser de distimia, uma forma mais crônica de depressão leve ou moderada. Seja como for, quais são alguns sintomas comuns de depressão?

Mudança súbita de humor e de comportamento. Um adolescente que antes era dócil de repente se torna hostil. É comum que adolescentes deprimidos apresentem comportamento rebelde e até fujam de casa.

Isolamento social. O adolescente deprimido se afasta dos amigos. Ou pode ser que os amigos se afastem, notando mudanças indesejáveis na atitude e no comportamento dele.

Diminuição de interesse em quase toda atividade. O adolescente fica incomumente passivo. Começa a achar tediosos os passatempos de que antes gostava.

Mudança perceptível nos hábitos alimentares. Muitos especialistas acham que distúrbios como anorexia, bulimia e compulsão alimentar muitas vezes coexistem com a depressão e com freqüência são causados por ela.

Distúrbios do sono. O adolescente dorme muito pouco ou demais. Alguns desenvolvem hábitos irregulares de sono, ficando acordados a noite toda e depois dormindo o dia inteiro.

Queda no rendimento escolar. O adolescente deprimido tem dificuldades para se relacionar com os professores e os colegas, e as notas começam a cair. Logo ele nem quer mais ir à escola.

Comportamento arriscado ou autodestrutivo. ‘Brincar com a morte’ pode indicar que o jovem tem pouco interesse pela vida. Outro possível sintoma é a automutilação (como cortar a pele).

Sentimentos de inutilidade ou de culpa sem razão. O adolescente se torna muito autocrítico, sentindo-se um fracassado, mesmo que os fatos indiquem o contrário.

Problemas psicossomáticos. Quando não se descobre uma causa física para dores de cabeça, de estômago e nas costas ou para problemas similares, esses podem ser indícios de depressão.

Idéias recorrentes de morte ou suicídio. Preocupação com temas mórbidos pode indicar depressão. Ameaças de suicídio também. — Veja o quadro abaixo.

Fique atento aos indícios

“A tristeza é uma emoção normal e saudável; a depressão é uma doença. O desafio é entender e reconhecer a diferença.” — Dr. David G. Fassler.

COMO a maioria das outras doenças, a depressão tem sintomas reveladores. Mas nem sempre é fácil reconhecer os indícios. Por quê? Porque quase todos os adolescentes ficam “para baixo” de vez em quando — algo que também ocorre com adultos. Qual é a diferença entre um mero caso de melancolia e a depressão? Tem muito que ver com a intensidade e a duração do problema.

Intensidade refere-se ao grau de aflição que os sentimentos negativos causam no jovem. A depressão é mais grave do que um breve período de desânimo. Trata-se de uma doença emocional intensa que afeta muito a capacidade do adolescente de levar uma vida normal. O Dr. Andrew Slaby descreve a gravidade da doença da seguinte maneira: “Imagine a pior dor física que você já sentiu — um osso fraturado, uma dor de dente ou uma dor de parto —, multiplique-a por dez e retire a causa; daí você talvez tenha uma idéia aproximada da dor causada pela depressão.”

Duração refere-se a quanto tempo dura o estado de apatia. Segundo os professores clínicos Leon Cytryn e Donald H. McKnew Jr., “uma criança que não mostra sinais de se consolar ou de voltar à vida normal uma semana depois de ter entrado num período de tristeza (não importa por qual razão) — ou seis meses depois de ter sofrido uma grande perda pessoal — corre risco de desenvolver um distúrbio depressivo”.

domingo, 29 de agosto de 2010

Conseqüências emocionais

As realidades da gravidez precoce são bem diferentes das fantasias juvenis. Ao ficarem sabendo que estão grávidas, as jovens não raro se confrontam com um turbilhão de emoções. Muitas admitem que ficaram chocadas ou atordoadas. “Raiva, culpa e recusa são reações comuns”, diz a Academia Americana de Psiquiatria de Crianças e de Adolescentes. A recusa pode ser perigosa, visto que inibe a jovem de buscar o acompanhamento médico necessário.

“Fiquei morrendo de medo”, lembra-se Elvenia falando do momento em que teve de encarar o resultado de sua “aventura” sexual. Muitas jovens grávidas não têm ninguém em quem confiar ou ficam envergonhadas demais para conversar sobre a situação. É compreensível, portanto, que algumas se sintam arrasadas pela culpa e pelo medo. Muitas delas sofrem também de depressão profunda. “Não me preocupava muito com a minha vida, aliás, não me importava nada se morresse”, comenta Jasmine.

Não importam quais sejam as reações iniciais da jovem, ainda assim terá de tomar uma série de decisões de longo alcance, que afetarão a ela e ao bebê. Como tomar decisões sensatas é o assunto do próximo artigo.

Fatores que contribuem para o problema

As pesquisas mostram que muitas mães adolescentes são de famílias com pais separados. “Durante toda a minha vida, sempre quis ter uma família verdadeira”, é a declaração mais comum de muitas jovens grávidas. Portanto, fica evidente que uma família com problemas é uma das causas da gravidez precoce. Um programa de assistência a mães adolescentes constatou que elas quase sempre têm “relacionamentos instáveis com a mãe e nenhum com o pai”. Anita, mãe aos 18, lembra que ainda sentia um vazio emocional criado pela falta do pai, embora sua mãe sem cônjuge trabalhasse muito a fim de prover o sustento para a família.

Outras jovens se tornam mães solteiras como resultado direto de estupro. Para algumas delas, parece que o trauma desencadeia uma dor emocional que se manifesta mais tarde em comportamento destrutivo. Jasmine, por exemplo, foi vítima de estupro aos 15 anos. Lembrando dessa ocasião, ela comenta: “Depois disso, tornei-me autodestrutiva. Aos 19, fiquei grávida.” O abuso sexual também pode desencadear sentimentos de inutilidade. “Nunca me senti digna de nada”, lamenta Jasmine. Anita passou por uma provação semelhante: “Fui molestada por um rapaz dos 7 aos 11 anos. Odiava a mim mesma. E me culpava pelo que tinha acontecido.” Ela engravidou aos 17.

Por outro lado, algumas jovens se tornam vítimas de seu próprio excesso de confiança e curiosidade. Nicole, citada no artigo anterior, admite: “Eu achava que tinha todas as respostas do mundo, que era capaz de fazer tudo que quisesse. Infelizmente, também era capaz de ter um bebê.” Carol, outra que se tornou mãe solteira bem jovem, teve a primeira experiência sexual para satisfazer sua curiosidade. Ela diz: “Sentia que havia coisas na vida que eu estava perdendo.”

Ignorar algumas das conseqüências da prática do sexo é mais um fator. Na Grã-Bretanha, segundo os sociólogos Karen Rowlingson e Stephen McKay, algumas jovens “não sabem exatamente  . . . o que esperar dos relacionamentos nem o que significa engravidar”. Algumas jovens aparentemente não têm idéia da relação que existe entre sexo e gravidez. Numa pesquisa, mães adolescentes “relataram com freqüência que ficavam chocadas ou surpresas de descobrir que estavam grávidas, mesmo não tendo usado nenhum método contraceptivo”.

No entanto, foram as mudanças de conceito a respeito do sexo que tiveram a maior influência no aumento da gravidez precoce. Vivemos numa época em que as pessoas são “mais amantes de prazeres do que amantes de Deus”. (2 Timóteo 3:1-4) As pesquisadoras australianas Ailsa Burns e Cath Scott observam que houve “uma redução nas sanções sociais, religiosas e econômicas em relação ao sexo fora do casamento”. Ter um filho sem estar casada talvez não tenha o mesmo estigma que tinha no passado. Não é de admirar que em algumas regiões os adolescentes encarem ter um bebê como uma espécie de troféu ou status!

Gravidez precoce — calamidade mundial

A GRAVIDEZ precoce vem sendo comparada a uma epidemia. É no impacto sobre uma adolescente assustada que se vêem as trágicas proporções desse problema. Para dizer o mínimo, ela vai experimentar mudanças drásticas na vida que deixarão marcas profundas não apenas em si mesma, mas também na família e em outras pessoas queridas.

Os adolescentes estão numa fase da vida que a Bíblia chama de “flor da juventude” — época em que os impulsos sexuais estão no auge. (1 Coríntios 7:36) No entanto, estaríamos minimizando a complexidade da gravidez precoce se achássemos que a solução se encontra no uso de métodos contraceptivos. Evidências indicam que a gravidez precoce abrange questões complexas de ordem social e emocional.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Aids — uma crise para os adolescentes

A EPIDEMIA de AIDS não respeita idade, nem diferença de gerações. Notícias de todo o mundo fornecem prova trágica de que “A AIDS Está-se Espalhando Entre os Adolescentes, Uma Nova Tendência Alarmante Para os Especialistas”, segundo proclamado na manchete de um artigo do jornal The New York Times sobre a AIDS. A extensão da infecção pela AIDS entre os adolescentes “será a próxima crise”, disse o Dr. Gary R. Strokash, diretor da área de medicina para adolescentes de um famoso centro médico de Chicago. “É pavoroso e vai ser devastador”, disse ele. “Não resta dúvida”, lamentava o Dr. Charles Wibbelsman, chefe da clínica para adolescentes do Centro Médico Kaiser Permanente, em São Francisco, “de que a epidemia de AIDS, nos anos 90, caso não haja nenhuma vacina, grassará entre . . . os adolescentes”. Falando sobre adolescentes já infectados pela AIDS, a observação feita por um famoso educador de Nova Iorque sobre assuntos de AIDS foi a seguinte: “Achamos que se trata de uma situação crítica de emergência.”

O jornal The Toronto Star, do Canadá, deu em manchete a ameaçadora perspectiva de disseminação da AIDS entre os adolescentes. “No momento, é muito pior do que qualquer pessoa se dá conta”, disse um médico. “Acho que é um problema terrível que nós não podemos realmente controlar. Com o tempo notaremos realmente quão grave é.” A frase simples desse médico torna-se a opinião unânime das autoridades de saúde e dos líderes governamentais em todo o mundo, à medida que o flagelo da AIDS aumenta vertiginosamente.

Até recentemente, os especialistas em AIDS não focalizavam os adolescentes como um grupo de alto risco de infecção pelo HIV (sigla, em inglês, de vírus da imunodeficiência humana), que provoca a AIDS. “Estamos falando de algo que, há apenas um ano, era apenas uma possibilidade teórica”, disse um médico de Nova Iorque. No entanto, “os médicos, que há apenas cerca de um ano não tinham nenhum paciente adolescente infectado, têm agora uma dúzia ou mais”, noticiou o The New York Times.

Os pesquisadores acham que, embora sejam alarmantes as informações disponíveis sobre os adolescentes infectados pela AIDS, isso é apenas uma pequena amostra da ponta dum iceberg, uma vez que os sintomas muitas vezes não surgem, em média, senão depois de sete a dez anos depois da infecção. Assim, os infectados com o HIV no início da adolescência talvez não manifestem sintomas plenos da AIDS senão ao findar a adolescência ou com seus 20 e poucos anos.

Por exemplo, num estudo recente de todos os bebês nascidos no estado, desde 1987, a Secretaria de Saúde do Estado de Nova Iorque verificou que 1 de cada 1.000 bebês nascidos de jovens de 15 anos apresentavam anticorpos do vírus da AIDS, indicando que a mãe daquele bebê estava infectada. De forma alarmante, o mesmo estudo revelava que 1 de cada 100 bebês nascidos de jovens de 19 anos apresentava anticorpos do vírus da AIDS. Um outro estudo, realizado pelos CDC (sigla, em inglês, de Centros de Controle de Moléstias dos EUA), revelava que 20 por cento dos homens americanos e 25 por cento das mulheres americanas diagnosticados como tendo AIDS acham-se nos seus 20 e poucos anos. O estudo dos CDC informa que, na maioria dos casos, a doença foi contraída na adolescência.

Como pode ser isto, porém, se os bebês que nasceram com o vírus da AIDS raramente, se é que alguma vez, chegaram a viver a ponto de se tornarem adolescentes? As razões são estonteantes!

Pesquisadores e médicos prontamente testificam que os adolescentes da atualidade são “extremamente ativos, sexualmente, conforme indicam as taxas de doenças sexualmente transmissíveis entre eles”, noticiou The New York Times. O Centro Para Opções Demográficas (dos EUA) informa que, todo ano, 1 de cada 6 adolescentes contrai uma doença sexualmente transmissível, e que 1 de cada 6 moças sexualmente ativas, que fazem o curso secundário, já teve pelo menos quatro diferentes parceiros.

“Apesar das exortações de ‘simplesmente dizer não’, a adolescente americana mediana perde a virgindade aos 16 anos”, noticiou a revista U.S.News & World Report. “Visto que poucas adolescentes se submetem aos testes, a maioria das infectadas nem sabem que portam o vírus HIV”, dizia a revista. Com ou sem a promiscuidade sexual ligada ao consumo do crack de cocaína, sejam elas jovens que fugiram de casa ou não, “as adolescentes americanas são alvos fáceis para a AIDS”, escreveu um especialista em AIDS. “Entre elas, já chegou a 2,5 milhões o número de casos de doenças sexualmente transmissíveis por ano.” O Dr. Gary Noble, dos CDC, teceu a seguinte observação: “Sabemos que seu comportamento sexual resulta em significativo risco de infecção.”

Contribuindo para o número já crescente de veículos transmissores do vírus da AIDS, há os adolescentes que ganham a vida nas ruas, alguns deles não tendo nem atingido a adolescência, e muitos tendo fugido de casa, devido a pais que submetem os filhos a maus-tratos. Entre eles, tem havido um dramático aumento do número dos que se tornam consumidores do crack de cocaína. Muitos recorrem à prostituição para sustentar seu vício, ou para terem um local onde dormir. Na América do Sul, por exemplo, “jovens de apenas nove e 10 anos não raro trabalham como prostitutas, às vezes por um prato de comida”, disse uma assistente social brasileira, que orienta crianças. “Muitas sabem muito pouco sobre a AIDS ou sobre sexo. Já tive meninas que estavam grávidas e que pensavam que tinham ‘pegado isso’, como se pega um resfriado”, disse ela.

O Dr. Philip Pizzo, especialista em AIDS e chefe da pediatria do Instituto Nacional do Câncer, dos EUA, disse que a taxa de infecção pelo HIV entre jovens que fugiram de casa é um mau presságio para a epidemia de AIDS. “Há mais de um milhão de jovens que fugiram de casa que estão ganhando a vida com o sexo. Sem dúvida, certo número deles será reintegrado na sociedade.”

Será de admirar que a epidemia de AIDS esteja aumentando vertiginosamente entre os adolescentes em todo o mundo? Trata-se de uma trajetória sem paradas? Será, enquanto a indiferença e a complacência continuarem manifestando-se entre os infectados pelo vírus da AIDS e entre aqueles que não conseguem dizer não ao sexo pré-marital. Considere, para exemplificar, o seguinte informe publicado no jornal The Sunday Star, de Johanesburgo, África do Sul. Numa recente pesquisa realizada entre 1.142 pacientes ambulatoriais, portadores de doenças sexualmente transmissíveis, 70 por cento admitiram que tinham tido de 3 a 80 parceiros sexuais por mês. Alguns ainda eram sexualmente ativos e infectavam outros.

Infelizmente, muitos adolescentes não estão muito preocupados em contrair a AIDS. Para eles, cada dia é uma tremenda luta pela sobrevivência — existem tantas maneiras de morrer nas ruas — que eles não conseguem focalizar a atenção em algo que talvez possa vir a matá-los daqui a alguns anos. No ínterim, certamente se achará alguma cura, acham eles, que os salvará. “Os adolescentes são um exemplo básico de um grupo que não olha 10 anos à frente”, disse um especialista em AIDS.

Existe, também, uma concepção errônea e sinistra de que seus parceiros sexuais não estão mentindo quando dizem que não portam o vírus da AIDS. Com muita freqüência, isto não acontece. Mesmo nos estádios avançados da doença, muitas vítimas infectam outros deliberadamente, por raiva ou por vingança.

Não se deve desperceber as pessoas infectadas pelo vírus, através de agulhas contaminadas, usadas para injetar tóxicos — um veículo que já colheu seu tributo. E, por fim, existe a sempre presente ameaça de contrair a AIDS por meio de transfusões de sangue. Muitas vítimas inocentes já morreram desta doença, e outras morrerão ainda devido ao sangue contaminado com o HIV. Muitos médicos e enfermeiras receiam furar-se com agulhas contaminadas pelo vírus da AIDS, o que pode modificar inapelavelmente sua vida. Será de admirar que se diga que a AIDS é a crise dos anos 90 e de mais além?

Preparação para o futuro durante a juventude

Fatos úteis que os jovens desejam saber.

É JOVEM, talvez com menos de vinte anos de idade? Então está atravessando uma fase muito importante e bem crítica de sua vida. Como?

Por que está lançando a base para a espécie de homem ou mulher que será no futuro. Já sabe por experiência que aquilo que faz hoje influi na sua vida amanhã. Se brigar com um amigo hoje, então, ou se reconciliem amanhã ou aumentará o rompimento entre os dois. Se estudar bem hoje, amanhã a escola será mais fácil.

Mas as coisas que pensa, diz e faz influem em mais do que a sua vida de amanhã. Têm influência na semana que vem, e no mês que vem, até mesmo em anos e decênios depois. Podem deixar marcas quase indeléveis. Ou podem contribuir para a preparação de um alicerce forte para uma vida feliz, produtiva e satisfatória. É isto o que deseja?

Alguns jovens já são aleijados, cegos ou surdos por causa dos riscos tolos que tomaram e que resultaram em sérios acidentes. Alguns ficam ‘viciados’ com drogas, e daí em diante, a sua vida é uma luta cansativa para sustentar este hábito dispendioso. Outros contraem uma doença venérea, e antes que possa ser impedida, causa dano irreparável que enfraquece alguma parte de seu corpo. Moças talvez fiquem grávidas e se vêem sobrecarregadas com um filho ilegítimo, já na sua juventude. É verdade que estas não são coisas agradáveis em que pensar. Mas acontecem, conforme sabe. Vão acontecer a você? Isto depende de quão sabiamente se prepara para o futuro.

Mas alguns dizem: “Quem se importa com o que vem depois? A juventude é o único tempo que realmente conta; depois disso, nada mais importa.” É isso verdade?

Não, não é. Em vez de ser o ponto alto da sua vida, a juventude é apenas um período de transição. Seu corpo, por exemplo, só atinge a madureza física completa lá entre os vinte e os vinte e três anos de idade. A madureza emocional pode levar ainda mais tempo. Portanto, visto que se encontra ainda num período “intermediário”, na preparação para o futuro, por que encarar a juventude como se fosse o “fim da estrada”?

É verdade que não é mais criança. Mas tampouco já é adulto. Muitas coisas estão ocorrendo na sua pessoa — física, mental e emocionalmente. Algumas destas mudanças o tornam confuso, perturbado e inseguro. Sente novas pressões no seu íntimo e talvez se sinta perplexo quanto a como controlá-las sabiamente. Mas, se compreender estas mudanças e pressões, poderá ajustar-se a elas, aprender a lidar com elas e ter satisfação nisso. Tudo isso faz parte de se tornar uma pessoa, uma pessoa diferente: Você.

De modo que a juventude representa um verdadeiro desafio. A maneira em que enfrenta este desafio influirá muito em que espécie de pessoa se tornará. E lembre-se de que, uma vez que passou a juventude, ela se foi para sempre. Por que desperdiçar as oportunidades que oferece para se preparar para o futuro?

Hoje em dia, usualmente se deixa que os jovens gastem muito do seu tempo para se prepararem com conhecimento, talvez até mesmo aprendendo um ofício ou adquirindo prática. Mas eles podem também observar e pensar no que os mais velhos têm feito e fazem agora, antes de eles mesmos se envolverem em ocupações e empenhos similares. Sim, na juventude é que poderá obter perspicácia quanto a que é a vida. Poderá considerar o resultado de procederes diferentes, para evitar os erros tolos de muitos, e também para se beneficiar com a sabedoria de outros. Poderá estabelecer seu próprio alvo na vida.

Poderá fazer tudo isso por conta própria? Teria sentido tentar fazer isso? Antes de responder, considere o seguinte:

Se for rapaz, tentaria construir um motor de automóvel por conta própria, sem primeiro tentar aprender dos outros a mecânica, de alguém que tem experiência neste ramo? Ou se for moça, tentaria fazer um vestido de gala sem um molde, sem ter lido alguma coisa sobre costura ou sem mesmo ter visto alguém costurar? Não? Então, lembre-se de que a vida humana é muito mais complexa do que o motor dum automóvel ou um vestido de gala.

Todos nós nos baseamos no conhecimento e na experiência dos outros. Este é um fato simples da vida. Mas para fazermos isso, precisamos comunicar-nos. Se não houver comunicação, não se poderá recorrer a tal conhecimento e experiência dos outros. Comunica-se? Com quem? Com os que têm conhecimento e experiência? Com seus pais?

Talvez olhe para o mundo em sua volta e sinta nojo. Observa crimes, injustiças, guerras, ganância, mentiras, fraudes e hipocrisia. Talvez diga: “Por que deveria eu falar com os mais velhos, quando foram eles que causaram tal embrulhada? O que poderia aprender deles?” É verdade que muitos dos mais velhos levam a culpa por estas coisas — quer por fazerem tais coisas, quer por apoiarem e aprovarem os sistemas responsáveis por elas.

Mas já pensou em que muitos dos mais velhos sentem tanto nojo da maldade que vêem como você? Precisa também dar-se conta de que todas estas dificuldades do mundo não começaram só na geração de seus pais. As coisas pioraram depressa já por mais de meio século, especialmente desde 1914 — e os que agora já são velhos eram então jovens de mais ou menos sua própria idade.

Portanto, por que não procura aprender tudo o que pode de seus pais? Afinal de contas, como é que conseguiu viver até agora? Por causa do amor e do interesse de seus pais em sua pessoa, eles o alimentaram, vestiram e mantiveram limpo, dispensando-lhe cuidados na sua doença. Seria difícil de calcular quanto tempo, dinheiro e esforço você representa. Além disso, quem lhe ensinou algo sobre o perigo do fogo, da água fervente, dos objetos cortantes, das tomadas elétricas, das coisas venenosas e dos perigos do transito? Se não tivesse aprendido estas coisas de seus pais, estaria hoje aqui na boa forma em que se encontra? Então, por que começar a duvidar do sincero interesse deles na sua pessoa e felicidade agora?

Naturalmente, pode ver que a idade e a experiência sozinhas não resolvem todos os problemas da vida. Senão, tudo melhoraria, em vez de piorar. Portanto, há uma fonte mais elevada de informações e orientação a que possa recorrer? Sim, há. Esta Fonte é seu Criador, Deus. Ele deu à humanidade a sua Palavra, a Bíblia, para responder às perguntas dela e orientá-la em sabedoria. E a Bíblia não encaminha a sua esperança para os atuais sistemas fracassados que encheram a terra com tantos perigos e problemas. Ela lhe indica novos sistemas, que oferecem algo muito superior. — 2 Ped. 3:13; Rev. 21:1-4.

Talvez nunca tenha lido a Bíblia. Talvez se pergunte se a informação contida nela pode realmente solucionar seus problemas e responder às suas perguntas. Nunca saberá isso se não a examinar. Além disso, embora a Bíblia contenha o melhor dos conselhos, este não lhe será de proveito se não se empenhar em aplicá-lo na sua vida.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Você ceifa o que semeia

 Não subestime o perigo que essa música pode representar. É verdade que você talvez não fique inclinado a matar alguém ou a cometer imoralidade sexual apenas por escutar uma canção. Não obstante, Gálatas 6:8 diz: “Aquele que semeia visando a sua carne, ceifará da carne corrupção.” Escutar música terrena, animalesca e até demoníaca só pode causar um impacto negativo em você. (Veja Tiago 3:15.) O professor de música Joseph Stuessy é citado como dizendo: “Qualquer tipo de música afeta nossa disposição de ânimo, nossas emoções, nossas atitudes e nosso comportamento resultante . . . Quem diz: ‘Eu posso escutar heavy metal, mas não me afeta’, simplesmente está enganado. Apenas afeta pessoas diferentes em graus diferentes e de maneira diferente.”

 Um jovem cristão admite: “Fiquei tão enfronhado em thrash metal, que toda a minha personalidade mudou.” Logo começou a ter problemas com os demônios. “Eu finalmente me livrei das minhas coleções de fitas, discos e CDs, e fiquei livre dos demônios.” Outro jovem confessa: “A música que eu costumava ouvir tratava ou do espiritismo, ou de drogas e de sexo. Muitos jovens dizem que ela não os afeta, mas realmente o faz. Fiquei virtualmente fora da verdade.” Um provérbio pergunta: “Pode um homem juntar fogo no seu seio sem se queimarem as suas vestes?” — Provérbios 6:27.

Heavy metal — sexo, violência e satanismo

 Outro tipo popular de música é o heavy metal. Este tipo de música é mais do que o rock pesado de altos decibéis. Um relatório publicado na revista The Journal of the American Medical Association diz: “A música heavy metal . . . destaca um alto ritmo pulsante e está cheia de letra que glorifica o ódio, o vício, a aberração sexual e ocasionalmente o satanismo.” Ora, já os próprios nomes de algumas das bandas mais populares atestam a depravação deste tipo de rock. Incluem palavras tais como “poison” (veneno), “guns” (armas de fogo) e “death” (morte). Ainda assim, o heavy metal parece ainda bastante brando em comparação com o thrash metal e death metal — gêneros musicais suplementares gerados pelo heavy metal. Os nomes dessas bandas exploram termos tais como “canibal” e “obituário”. Os jovens em muitos países talvez nem se dêem conta de quão repulsivos esses nomes são, por serem em inglês ou em outra língua estrangeira.

 A música heavy metal tem sido repetidas vezes relacionada com o suicídio, a depressão e o uso de drogas por adolescentes. Sua vinculação com o comportamento violento induziu um consultor de rádio a apelidá-la de “música para matar os pais”. É sua vinculação com o satanismo que alarma muitos pais — e policiais. Um investigador afirmou que alguns jovens que se meteram na adoração satânica foram iniciados no ocultismo por esta música. “Eles nem sabem em que se metem”, concluiu ele.

 Os jovens cristãos, porém, não devem ‘desconhecer os desígnios de Satanás’. (2 Coríntios 2:11) Afinal, “temos uma pugna . . . contra as forças espirituais iníquas nos lugares celestiais”. (Efésios 6:12) Quão tolo seria se alguém, pela escolha da música, convidasse os demônios a participar na sua vida! (1 Coríntios 10:20, 21) No entanto, diversos jovens cristãos evidentemente gostam muito deste tipo de música. Alguns até mesmo recorreram a subterfúgios para satisfazer seus gostos musicais. Uma jovem confessa: “Eu costumava escutar heavy metal, às vezes quase que a noite inteira. Costumava comprar revistas de [fãs de] heavy metal e escondê-las dos meus pais em caixas de sapatos. Mentia aos meus pais. Sei que Jeová não se agradava de mim.” Ela caiu em si por ler um artigo na revista Despertai!. Quantos outros jovens talvez estejam ainda enlaçados por tal música?

Jovens, respeitam seus pais?

“Honra a teu pai e a tua mãe.” — Efé. 6:2

NÃO É razoável esperar-se que os jovens que mostram fora do lar ser discípulos de Cristo o mostrem também dentro do seu lar? Ser seus discípulos é um modo de vida refletido pela maneira de falar e pelas ações em todo o tempo. Não acaba quando o jovem cristão chega para casa e é interrogado pelos pais sobre as suas atividades ou se lhe nega permissão para fazer algo que deseja fazer.

 Muitos jovens do mundo reagem de modo rebelde e ultrajante quando seus pais lhes proíbem fazer algo ou quando os corrigem. Alguns até mesmo fugiram de casa para viver como bem entendem. Tais filhos mostram falta de respeito pelos seus pais e falta de afeição natural. Talvez falem a respeito de amor, mas quanto amor demonstram para com os seus pais quando fogem, causando aos seus pais preocupação que os deixa doentes? Pensam apenas nos seus próprios desejos egoístas. É isto uma demonstração de gratidão pelo que os pais fizeram por eles? Mostra respeito para com eles? O que vemos nisso é o que foi predito em 2 Timóteo 3:1-4, onde se diz que os jovens, “nos últimos dias” seriam “desobedientes aos pais, ingratos”, e “sem afeição natural”. Os jovens que querem mostrar-se discípulos de Cristo terão mais respeito pelos pais do que isso.

 É só natural que você, jovem, de vez em quando verifique que seus pais lhe proíbem fazer algo. Embora talvez não compreenda por que os pais dizem Não, não é melhor respeitar a decisão madura de seus pais, do que insistir no seu próprio modo de proceder? Desde o tempo em que era criança, seus pais o protegeram por proibir-lhe brincar com facas, por o dedo no soquete da luz, correr para a rua sem olhar para ambos os lados e associar-se com maus companheiros. Visto que tinham razão em proibir tais coisas, porque viam perigos que você não podia ver, não é possível que tenham razão nas coisas que lhe proíbem fazer, agora que já é jovem? Não é possível que eles vejam agora coisas que o possam prejudicar, que você não veja?

4 Por exemplo, uma moça talvez fique enamorada de um rapaz e queira casar-se com ele, mas seus pais dizem Não. Ela acha que está loucamente enamorada dele e não pode compreender por que seus pais não lhe permitem casar-se. Sente-se indignada diante da recusa deles e talvez até mesmo pense rebeldemente em fugir com ele. Deixa de compreender que seus pais têm uma compreensão mais clara do matrimônio e dos problemas envolvidos do que ela. Querem que ela seja feliz no casamento, mas sabem que isto exige madureza que ela ainda não tem. Estão bem apercebidos de que a possibilidade de um casamento feliz dela é muito maior quando tiver mais alguns anos de idade. As estatísticas mostram que o casamento de pessoas de vinte anos ou menos de idade tem quatro vezes mais probabilidade de acabar em divórcio do que o casamento daqueles que têm mais de vinte e um anos.

 Embora esta moça se sinta desapontada e não compreenda por que seus pais lhe negam a permissão para se casar, ela mostrará respeito pela decisão se quiser mostrar-se discípula de Cristo. É a vontade de Deus que os jovens obedeçam aos seus pais mesmo quando discordam da decisão parental. “Vós, filhos, em tudo sede obedientes aos vossos pais, pois isso é bem agradável no Senhor.” (Col. 3:20) Quando ela for mais velha, talvez seja grata de que fez isso e se dê conta de que seus pais amorosos a protegeram mais uma vez de ela se prejudicar seriamente.

 Como outro exemplo, tome o rapaz que chegou aos vinte e um anos de idade e que ficou noivo, mas ainda mora em casa. Embora contribua financeiramente para arcar com as despesas da casa, seu pai provê o lar e a maior parte das necessidades dele. Seu pai objeta a que ele repetidas vezes fique fora tarde à noite com a sua noiva. O rapaz não pode compreender por que não pode encontrar-se com a sua noiva quantas vezes quiser, e ficar fora tão tarde como quiser, pois é maior. Seu pai, conhecendo os perigos físicos para a saúde de seu filho por ficar acordado até tarde, sem se mencionarem os perigos morais, achou melhor impor restrições ao seu filho, para o bem dele. A moça não vai amar o rapaz menos por ele respeitar os desejos de seu pai, mas deverá respeitá-lo ainda mais.

 Mas, visto que o rapaz é maior, está obrigado a obedecer ao pai? A Bíblia não especifica nenhuma idade legal em que o filho possa deixar de escutar a disciplina de seu pai, enquanto está na casa de seu pai. Ela diz: “Escutai, ó filhos, a disciplina do pai e prestai atenção, para conhecerdes a compreensão.” (Pro. 4:1) Uma vez que o rapaz mora na casa de seu pai, exige-se dele biblicamente que ele respeite os desejos do pai, embora já seja maior.

Qual é o futuro da juventude de hoje?

“Lembra-te, pois, do teu grandioso Criador nos dias da tua idade viril. — Ecl. 12:1.

A JUVENTUDE de hoje nasceu no período mais violento da história humana. Este começou com a primeira guerra mundial do homem, em 1914, holocausto que extinguiu a vida de mais de 13 milhões de pessoas, militares e civis. O horrível derramamento de sangue e a bruta violência daquela guerra pareciam abrir a porta para atos ainda mais chocantes da desumanidade do homem para com o homem.

 Em menos de vinte anos após o término da Primeira Guerra Mundial, já se estabeleceram na Alemanha nazista cruéis campos de concentração em que se assassinaram sistematicamente milhões de presos. Depois irrompeu a Segunda Guerra Mundial, com violência e impiedade ainda maiores do que na Primeira Guerra Mundial, tirando a vida a 22 milhões de pessoas. A esta seguiram-se guerras menores, irrompendo periodicamente como erupções vulcânicas.

 A desumanidade demonstrada pelos homens para com o seu próximo parece ter causado um permanente efeito prejudicial nos adultos e nos jovens nascidos neste período violento. O respeito pela vida humana, a lei, a ordem e a boa moral caiu vertiginosamente. Agora não é nada incomum que jovens delinqüentes se empenhem em atos desarrazoados de destruição e anarquia. Não é incomum observar entre eles, de ano em ano, um constante aumento de assassinatos, agressões, estupros, roubos e outros crimes. Aumentam também os distúrbios que em muitos países transformam as cidades quase que em campos de batalha. Observamos o que se predisse há muito tempo na Bíblia: “Os homens iníquos e os impostores passarão de mal a pior.” — 2 Tim. 3:13.

 Em vista desta tendência, o coração de muitos teme o futuro. Não podem ver nenhuma diminuição no aumento da violência e do que é contra a lei. Apercebem-se também vivamente da constante ameaça duma catastrófica guerra nuclear, mundial. Como predito, estão “ficando desalentados de temor e na expectativa das coisas que vêm sobre a terra habitada”. — Luc. 21:26.

 Portanto, qual será o futuro da juventude de hoje? Será a morte violenta ou a mutilação física numa das muitas guerras que continuam a irromper? Será uma existência incerta e temível num sistema de coisas violento, em que a lei e a ordem entraram em colapso completo? Será o aniquilamento numa guerra nuclear, global, que no cálculo de alguns tiraria a vida a centenas de milhões de pessoas? Ou será um futuro pacífico e seguro, num sistema de coisas mundial melhor do que o que temos hoje?

 O homem não pode prever o futuro, mas o seu Criador pode. Por prestarem bem atenção ao que ele diz, os jovens podem aprender como é possível terem um futuro seguro e pacífico, um futuro que é muito superior a tudo o que já imaginaram. Mas, antes de considerarmos isso, vejamos o propósito de nosso Criador,  Deus, para com o atual mundo violento da humanidade pecaminosa. O futuro dele será também o futuro de muitíssimos dos jovens de hoje.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Seu Barulho e Sua Violência

Daí, então, o rock’n’roll pode causar dano quando se caracteriza pelo som alto e pela violência física. O som alto pode ser simplesmente devido à força física ou à amplificação eletrônica. Como se expressou certo músico adolescente: “Do ponto de vista de minha idade, devo dizer que gosto disso porque é alto. Isso é verdade. Sei disso pelos bailes que costumava freqüentar. Entrava pela porta e a primeira coisa que me cativava era o volume. Era realmente excitante — por cerca de cinco minutos, de qualquer forma.” Com efeito, segundo o Electronics Illustrated, de janeiro de 1969, e o Times de Nova Iorque, de 20 de agosto de 1968, o ‘rock no duro’ pode definitivamente prejudicar a audição da pessoa. Tal dano bem que poderá ser sério e permanente, dependo de quão alta seja a música e por quanto tempo a pessoa fique exposta a ela.

Ainda mais objetável é a violência que alguns conjuntos de “rock” demonstram em suas exibições públicas. Um dos principais músicos de um conjunto extremamente popular de “rock”, no decorrer duma exibição, lançou o microfone para longe do palco, cuspiu nos assistentes na primeira fila e acabou tocando fogo em sua guitarra com fluido para isqueiro. Um conjunto inglês de “rock” destrói um carro no palco durante suas exibições. O terceiro conjunto mais popular de “rock” da Inglaterra sente-se “compelido a destruir, no palco, a chutar a bateria, a lançar microfones no chão, a despedaçar amplificadores, e a transformar guitarras em pedaços de madeira e fios”. (Life, de 28 de junho de 1968) Em certo conjunto, ‘o baterista dá pancadas na bateria como se estivesse inflamado a alcançar alturas inatingíveis de fúria persuasiva. Seu equipamento não faz jus ao desafio. Um tambor rola do palanque, um címbalo sai voando. Então o baterista se põe de pé, chutando e lançando instrumentos em todas as direções, ao passo que o resto do seu conjunto continua a tocar como se nada estivesse acontecendo, salvo desviar-se dos objetos que voam!’

São tais demonstrações realmente diversão musical? Ou são simples exibições de frenesi emocional? Não incentivam a expressão anárquica e violenta por parte dos que as observam? As exibições ao vivo por parte de alguns destes conjuntos são uma das partes mais objetáveis do cenário do rock’n’roll. “Sensuais”, “satânicas”, e “iníquas” são os adjetivos usados pela imprensa para descrever tais exibições.

Protesto e Rebelião

Um aspecto da música “rock” é seu protesto. Não há dúvida quanto a isto. A geração mais jovem tem motivos válidos de protestar contra muita coisa que acontece no mundo hodierno. Certa revista de música popular indicava que, tanto entre os músicos como entre seus fãs, há aqueles que evidenciam “atribulada preocupação com os desvios da hodierna sociedade estadunidense — seu materialismo, seu egoísmo aparente, essa corrida vil para a ilusória realização, a sujeira e estagnação das cidades dessa nação, a letargia do Congresso, as terríveis questões morais suscitadas pela guerra do Vietnam”. E tal preocupação se evidencia na letra de algumas das músicas de rock’n’roll.

Mas, tal tipo de letra de protesto se acha reconhecidamente em minoria. Incomparável maioria das letras de rock‘n’roll expressa sutilmente, oculta ou abertamente, a rebelião dos jovens contra as normas e os princípios da geração mais velha, assim como muitos jovens o fazem por meio de sua aparência e a linguagem que usam. A respeito disso, o escritor Gene Lees declarou que, visto que os jovens sempre tendem a ser rebeldes, e nunca mais do que hoje, “a indústria astutamente lhes vende rebelião — rebelião empacotada, embrulhada e plástica”.

Bem similares são as observações de Daniel F. Greene, conforme publicadas em National Observer, de 15 de janeiro de 1968: “Nada, talvez, reflita mais notavelmente o conflito de gerações do que a nova música. Ecoa todas as outras manifestações da rebelião dos jovens contra a ordem estabelecida — o movimento hippie, o uso de entorpecentes, o protesto social, o pacifismo agressivo, as ridículas roupas da gentalha, a rejeição geral da religião e das convenções morais, e a aversão crônica aos pentes, aos barbeiros e aos institutos de beleza.” Assim, certa letra zomba dos pais por ficarem vendo TV, embora os jovens gastem muito mais tempo vendo TV do que os adultos. Outra música, “Ela Abandona o Lar”, culpa os pais por ela fazer isso.

No entanto, tais letras apenas aumentam o significado do que tem sido chamado de “vitalidade rebelde já presente no ‘rock’”. Assim, ao passo que o censores podem restringir as letras mais ofensivas, não conseguem censurar a rebelião, retirando-a do “rock”, pois é parte da música, do ritmo. Conforme D. Greene observou ainda mais: “Não importa quanto amadureça o lirismo, a batida ainda é a coisa principal na música ‘rock. . . . As palavras, de qualquer forma, são difíceis de ser ouvidas . . . O som da música pop, de fato, sempre foi sua principal atração.” E diz N. Diamond, um compositor de “rock”: “A maioria dos discos não são comprados pelo conteúdo de suas letras, mas pelo seu conteúdo musical. Se a música me cativar, escutarei a letra. Se a música não penetrar em mim, deixa isso para lá.”

Destacando isso, há as palavras de Richard Goldstein, comentarista de larga divulgação no cenário musical moderno. No Times de Nova Iorque, de 24 de novembro de 1968, sob a manchete “Por Que os Jovens Moram o Rock?”, escreveu: “Para se acabar com a revolução do rock, ter-se-ia de banir a própria música, visto que a revolta é inerente à sua natureza, como versão carregada dos blues . . . É fácil esquecer-se . . . de que o rock’n’roll começou como música dos delinqüentes juvenis . . . Os primeiros motins foram . . . ocasionados pela música pop e o súbito livramento da repressão que encorajava. Sua selvageria esquálida suscitou os demônios gêmeos da violência e da vitalidade. Sua incessante intensidade funciona como trilha sonora da revolta.”

Como tudo isso sublinha o dano potencial que jaz na música “rock”! Sugere que os jovens devem ser moderados e extremamente seletivos quanto a se entregarem ao prazer da música “rock”.

Há algum dano no rock’n’roll?

A MÚSICA popular de grande parte da juventude moderna já por alguns anos tem sido dominada pelo que é conhecido como rock’n’roll. Trata-se duma expressão muito vaga. Inclui, não só os grandes extremos em qualidade, mas também grande variedade de formas e linguagens musicais. O que a maioria das formas de música “rock” tem em comum é a ênfase ao ritmo, “o incitamento da batida dura, impulsionadora e inequívoca”.

Qual é a origem do nome “rock’n’roll”? Segundo a revista High Fidelity (Alta Fidelidade), de novembro de 1967: “O termo rock and roll tem uma conotação sexual — rockin’ and rolling originalmente significava fornicar. Mas, daí, a palavra jazz, certa vez um verbo, significava a mesma coisa.” A música “rock” parece ter-se iniciado com a combinação dos ritmos dos pretos e os “blues”. Isto sem dúvida ajuda a explicar porque a influência dos músicos de cor e da música dos pretos no campo do “rock” tem sido tão forte. Uma fase proeminente dela se iniciou com o popular Elvis Presley e seu modo sensual de entoar melodias. Pode-se dizer, contudo, que o “rock” obteve seu maior impulso dos “Beatles”.

Outra coisa que os conjuntos de “rock” geralmente têm em comum é sua juventude. Como Leonard Bernstein comentou: “Este tipo de música é inteiramente dos jovens, pelos jovens e para os jovens. Por jovens quero dizer qualquer pessoa entre oito e vinte e cinco anos.” Para se ver até que ponto este é o caso, basta o fato de que um dos mais notáveis conjuntos de “rock” se compõe de três jovens, dois dos quais têm quatorze anos, e o outro doze anos. Uma enquête dos fãs de certo conjunto popular, os ‘Monkees’, revelou que sua idade média era de dez anos.

Atualmente, os jovens modernos ficam completamente endoidecidos pelos vários tipos de “rock”, tanto por comprarem discos e fitas gravadas, como por eles mesmos tocarem música “rock”. São grandemente responsáveis de as vendas de seus discos constituírem anualmente um negócio de NCr$ 8 bilhões apenas nos EUA. É boa coisa a preocupação da juventude com o “rock”, ou poderia derivar-se algum dano disso? Muito depende da natureza da música “rock” e de até que ponto a juventude fica viciada com ela.

Jovens — estão em caminho para ser bem sucedidos?

HÁ MAIS de um século, o escritor norte-americano R. W. Emerson deu aos jovens a receita para serem bem sucedidos. Ele aconselhou: “Atrele sua carroça a uma estrela.” Emerson queria dizer que os jovens deviam empenhar-se em alcançar objetivos elevados. Mas, para o jovem ser bem sucedido, precisa fazer-se valer por meio do treinamento disciplinado para atingir tal objetivo.

Jovens, estão fazendo os devidos planos agora para o futuro? É sábio fixar alvos nobres e estar decidido a alcançá-los.

A juventude é um período em que a vida brota. É um tempo de comparativa liberdade de pesadas responsabilidades; é tempo de se olhar para a frente, para se conseguir muita alegria e felicidade. Os rapazes e as moças estão cheios de energia e saúde, com perspectivas felizes.

Lamentavelmente, uma grande parte dos jovens não se empenha hoje para atingir objetivos elevados na vida. Antes, no vão empenho de obter independência e isenção de responsabilidades, muitos procuram uma saída por meio de drogas, sexo promíscuo e outras tolices. No entanto, é importante que se dê ouvidos à admoestação: “De Deus não se mofa. Pois, o que o homem semear, isso também ceifará.” — Gál. 6:7.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A mensagem do rap

Considere o rap, por exemplo. No rap, as letras — gírias rimadas da selva urbana — são faladas, não cantadas, ao acompanhamento duma batida forte. É claro que não há nada inerentemente mau nessa proposta. Muitas canções populares com o correr das décadas incorporaram a palavra falada. Mas o rap muitas vezes leva essa idéia a extremos.

Segundo consta, o rap (ou hip-hop) popularizou-se na década de 70 em pequenas boates de Nova Iorque, freqüentadas por jovens dos bairros pobres. Quando os disc-jóqueis começaram a recitar letras rimadas, com percussão gravada como acompanhamento de fundo, os dançarinos corresponderam quase a ponto de histeria. O rap logo saiu das ruas e clubes de porão para as paradas de sucessos. Grupos e cantores de rap de nomes tão ousados como sua música — Public Enemy (Inimigo Público), M. C. Hammer (Mestre de Cerimônias Hammer) e Vanilla Ice (Sorvete de Baunilha) — logo enchiam as ondas do ar com seu tipo estrondoso de música.

É interessante que, quando um repórter de Despertai! fez a pergunta: “Muitos de vocês ouvem rap?”, a um grupo de jovens cristãos de raças variadas num subúrbio, a surpreendente maioria disse que sim! “O que gostam no rap?”, perguntou ele depois. “Da batida”, respondeu uma adolescente. “Ela flui fácil e é gostosa de ouvir.” “Dá para dançar”, disse outra. Mas a próxima pergunta teve uma reação bem menos entusiástica: “Será que alguns raps são um problema para os cristãos?”

Depois duma embaraçosa pausa, uma moça admitiu: “Alguns raps são muito, muito sujos.” Outros concordaram relutantemente com ela. De fato, muitos daqueles jovens estavam alarmantemente familiarizados com uma enorme lista de canções objetáveis — canções que promovem a promiscuidade e a perversão em termos escandalosamente descritivos. Alguns reconheceram que muitas dessas canções abusam de linguagem obscena.

Sim, parece que grande parte do rap transmite uma mensagem de rebelião, violência, raiva, racismo e aptidão sexual. O patrocinador de rap Daniel Caudeiron, presidente da Associação de Música Negra do Canadá, que elogia o rap por ser “assoberbantemente positivo”, admite que grande parte do rap é “misógino [contra mulheres], sexista e de vez em quando chulo”. — Maclean’s, 12 de novembro de 1990.

O fascínio do rock

Por que o rock é tão popular? Segundo o livro Youth Trends (Tendências dos Jovens), o rock serve de “linguagem comum entre todos os jovens”. Assim, alguns jovens acham que ficar em dia com o panorama musical — conhecer os mais novos grupos e músicas — ajuda-os a se ajustar aos outros. A música fornece um vínculo comum entre os jovens e intermináveis tópicos de conversa.

Para muitos jovens, porém, a música é apreciada melhor a sós. Teve um dia difícil na escola? Então talvez seja como a adolescente Bruna, que diz: “Sento no meu quarto, ligo o som bem alto e não faço nada. De certo modo alivia a tensão e as pressões.” Embora o rock muitas vezes seja criticado por ser barulhento e estridente, muitas canções populares são melodiosas e bem arranjadas.

Na opinião de outros, porém, o fascínio está na batida. “É a música mais fácil de dançar”, explicou uma moça ao lhe perguntarem por que era fã de rap. Mas muitos também são atraídos pela letra. Escritas sob medida para os jovens, as letras da música pop percorrem toda a escala de sentimentos e ansiedades dos adolescentes. O rap é especialmente notável já que focaliza questões atuais, como racismo e injustiça social. “Ligo o rádio e a maioria das músicas não faz sentido; elas me deixam louco”, queixa-se um adolescente chamado Dan, citado na revista Newsweek. “O rap tem histórias reais e coisas reais. É interessante ouvir.”

No entanto, a mensagem da música é que talvez seja a maior preocupação dos seus pais.

O lugar da música na vida

Bem, na verdade ninguém está dizendo que é errado ouvir música. Parte da Bíblia — sobretudo os salmos — era originalmente para ser cantada. Nos tempos bíblicos, a música era usada com destaque na adoração de Deus. (Salmo 149:3; 150:4) Era também um meio de expressar alegria, empolgação e pesar. (Gênesis 31:27; Juízes 11:34; 1 Samuel 18:6, 7; Mateus 9:23, 24) Nos dias de Jesus Cristo, a música era uma atração comum em reuniões sociais; contribuía para o prazer da ocasião. — Lucas 15:25.

A música ainda tem um papel importante hoje, especialmente entre os jovens. The Journal da Associação Médica Americana comenta: “Dos 12 aos 18 anos, o adolescente mediano ouve 10.500 horas de rock, só um pouquinho menos que toda a carga horária em salas de aula do jardim-de-infância ao fim do segundo grau.”

Pesquisas indicam que a maioria dos jovens dos EUA ouve quase exclusivamente rock ou música pop. (A bem da simplicidade, usaremos os termos “rock” e “música pop” para nos referirmos a praticamente todos os estilos de música popular entre os jovens: do soul e new wave ao rap e heavy metal.) Segundo a Enciclopédia World Book, “o rock já não é apenas a música dos americanos jovens. É música do mundo todo”.

Que há de errado com as minhas músicas?

“Meu pai diz: ‘Desligue essa barulheira! Está ferindo meus ouvidos!’” — Um adolescente.

“Alguns raps são muito, muito sujos.” — Uma adolescente.

“NÃO é uma coisa assim tão importante”, queixou-se Júlia. “Por que criam tanto caso por causa de música?” Lisa, de 13 anos, pensa o mesmo. “É só uma música”, insiste ela.

Será que você também está travando uma batalha infindável com seus pais por causa de música? Se está, talvez ouça queixas, ameaças e ordens sempre que põe sua fita ou disco favorito. (“Meu pai diz: ‘Desligue essa barulheira! Está ferindo meus ouvidos!’”, diz um adolescente.) Cansado das discussões, talvez ache que seus pais criam caso a troco de nada. “E quando eles eram jovens?”, argumenta uma adolescente. “Será que os pais deles não achavam que as músicas que ouviam eram ruins?”

O argumento dela é forte. Através da História, as gerações de mais idade e as mais novas sempre tenderam a chocar-se em questões de gosto pessoal. Assim, por que deveria parar de ouvir suas músicas só porque não agradam a seus pais? Afinal, o que há de errado com suas músicas?

sábado, 31 de julho de 2010

Qual a melhor forma de terminar o namoro?

Qual a melhor forma de terminar o namoro? Primeiro, escolha um local apropriado para conversar. Que lugar poderia ser? Bem, pense em como você gostaria de ser tratado numa situação como essa. (Mateus 7:12) Gostaria que lhe dissessem isso na frente de outras pessoas? É provável que não. A menos que as circunstâncias tornem isso aconselhável, também não seria bom terminar o namoro por meio de uma secretária eletrônica, uma mensagem de texto ou um e-mail. Em vez disso, escolha a hora e o local apropriados para conversar sobre esse assunto sério.
O que você deve dizer quando chegar a hora de falar? O apóstolo Paulo recomendou aos cristãos que ‘falassem a verdade’ uns aos outros. (Efésios 4:25) Então, a melhor forma de agir é usar de tato, mas ser firme. Diga claramente por que acha que esse relacionamento não vai dar certo para você. Não há necessidade de recitar uma lista de erros ou de fazer uma infinidade de críticas. De fato, em vez de dizer “você não” ou “você nunca” faz isso ou aquilo, seria melhor usar frases que expressem seus sentimentos — “Eu preciso de alguém que . . . ” ou “Eu acho que a gente deve terminar porque . . . ”
Esse não é o momento de ser indeciso ou de ceder às opiniões da outra pessoa. Lembre-se de que você decidiu terminar por um motivo sério. Por isso, tome cuidado caso seu ex-namorado ou sua ex-namorada tente fazer você mudar de idéia por sutilmente manipular seus sentimentos. “Depois que eu terminei o namoro”, diz uma jovem chamada Lori, “meu ex-namorado passou a agir o tempo todo como se estivesse deprimido. Acho que ele fez isso para que eu ficasse com pena dele. E fiquei mesmo. Mas não permiti que a reação dele mudasse minha decisão”. Assim como Lori, tenha certeza do que quer. Apegue-se à sua decisão. Deixe que seu não signifique não. — Tiago 5:12.

Qualquer pessoa serve?

“Podemos nos conhecer melhor?” Dependendo de quem lhe pergunta, você poderá sentir aversão ou pular de alegria. Imagine que sua resposta seja sim. Com o passar do tempo, como saber se seu namorado ou sua namorada é a pessoa certa para você?
Imagine que queira comprar um par de sapatos. Você vai à loja e encontra um que lhe chama a atenção. Você experimenta e, para sua decepção, percebe que está muito apertado. O que faria? Compraria o sapato mesmo assim? Ou procuraria outro? É claro que a melhor decisão seria devolver o sapato e procurar outro. Não faria sentido usar um par de sapatos que não se ajustasse ao pé.
Escolher alguém com quem se casar é parecido. Com o passar dos anos, você talvez se interesse por algumas pessoas do sexo oposto. Mas não é qualquer pessoa que serve. Afinal, você quer alguém com quem se sinta bem, alguém que realmente se “ajuste”, isto é, seja compatível com sua personalidade e seus alvos. (Gênesis 2:18; Mateus 19:4-6) Já encontrou tal pessoa? Se tiver encontrado, como pode saber se essa pessoa é a certa para você?

Conheça primeiro a si mesmo

Antes de poder analisar quem seria a pessoa certa para você, é necessário conhecer bem a si mesmo. Para aprender mais sobre si mesmo, responda às seguintes perguntas:
Quais são os meus pontos fortes? …………………………
Quais são as minhas fraquezas? …………………………
Que necessidades emocionais e espirituais eu tenho? …………………………
Conhecer a si mesmo não é tarefa fácil, mas perguntas como essas são o começo. Quanto mais você se conhecer, melhores condições terá de encontrar alguém que venha a fortalecer suas qualidades em vez de destacar suas fraquezas. Mas o que fazer caso ache que encontrou a pessoa certa?

Será que essa é a pessoa certa para mim?

Tire tempo para fazer o seguinte teste:
 Que qualidades você atualmente acha serem essenciais num futuro marido ou numa futura esposa? Na lista abaixo, assinale com um • as quatro características mais importantes para você.
□ beleza                        □ mentalidade espiritual
□ amigável                      □ confiável
□ popularidade                  □ boa moral
□ engraçado(a)                  □ empenha-se por alvos
Já se apaixonou por alguém quando era mais jovem? Na lista acima, coloque um × perto da característica que, na época, mais lhe chamava atenção naquela pessoa.
NÃO há nada de errado com nenhuma das características acima. Cada uma delas tem seu atrativo. Mas não concorda que quando se é jovem e está apaixonado por alguém, a tendência é se concentrar em características superficiais, como as alistadas na coluna à esquerda?
No entanto, à medida que amadurece, você começa a usar suas faculdades perceptivas para avaliar características mais importantes, como as alistadas na coluna à direita. Por exemplo, você passa a perceber que a menina mais bonita do bairro talvez não seja tão confiável, ou que o garoto mais popular da classe talvez não tenha uma boa moral. Se você estiver além da flor da juventude, é mais provável que olhe além das características superficiais a fim de responder à pergunta: “Será que essa é a pessoa certa para mim?”

Jovens — como podem vocês ser felizes?

A JUVENTUDE pode ser o período mais emocionante da vida. Você tem o futuro diante de si. Portanto, aproveite-a ao máximo. Empenhe-se pela felicidade.

 Mas isso não é fácil. O Dr. Robert S. Brown fez um estudo dos adultos jovens que, alguns anos antes, estavam determinados a viver à altura de seus ideais a respeito da sociedade humana e do governo. Ele relata que mais de um terço deles ficou desiludido, deprimido e ansioso.

 Muitas vezes ouve-se dizer que a solução é uma boa instrução. Mas, hoje em dia, muitos jovens que a possuem ainda assim têm dificuldade em encontrar emprego. Outros que se saem financeiramente bem descobrem que seu emprego de altos vencimentos deixa sua vida sem realização. Tampouco a maioria dos namoros da mocidade leva à felicidade. Em alguns lugares, 80 por cento dos casamentos entre adolescentes fracassam dentro de cinco anos.

 O que pode você fazer para que seja diferente no seu caso, para que realmente possa ter satisfação agora e ter um futuro condizente? Ou, se for genitor (a), como poderá ajudar seus filhos a atingir este alvo?

sábado, 10 de julho de 2010

Como Alguns Podem Ser Ajudados

Os ideais expressos na Declaração dos Direitos da Criança, da ONU, são deveras nobres, mas por que parecem inatingíveis? (Veja o quadro.) Em geral, as pessoas gostam de crianças e desejam o melhor para elas. Ademais, as crianças são importantes para o futuro bem-estar duma nação. James Grant, do UNICEF, diz, segundo o Latin America Daily Post: “Afinal de contas, são as crianças que terão, eventualmente, de tirar seus países da estagnação econômica.” Um informe mostra, prossegue Grant, “que os gastos com os cuidados básicos de saúde e com a educação primária podem levar a aumentos significativos na produtividade e no crescimento econômico”. Países como o Brasil estão tremendamente cônscios da imagem negativa transmitida pela condição dos meninos de rua e a violência correlata. Felizmente, no Brasil, fazem-se esforços de solucionar o problema por meio de organizações de caridade, lares adotivos, orfanatos, e reformatórios.
Alguns governos discernem o valor de apoiar as iniciativas habitacionais das famílias e das comunidades pobres, em vez de simplesmente construir casas. Desta forma, os próprios pobres tornam-se um veículo de mudanças.
Assim, além de receberem ajuda de várias agências, as famílias pobres devem estar dispostas a fazer sua parte. Uma família sai-se muito melhor econômica e socialmente quando ela se mantém unida e enfrenta os seus próprios problemas. Se necessário, todos os membros capazes podem contribuir para o orçamento familiar.

Menores abandonados — por que é tão difícil ajudá-los?

EM 14 de outubro de 1987, a pequenina Jéssica McClure ficou presa num poço de água abandonado, a 6,70 metros de profundidade, nos Estados Unidos. Durante 58 horas agonizantes, os socorristas abriram caminho através de rocha maciça para chegar à garotinha de 18 meses de idade. O incidente ganhou as manchetes e comoveu corações de toda aquela nação, e a cobertura televisiva manteve os telespectadores fascinados até Jéssica ser retirada viva daquele buraco escuro.
Mas Jéssica tinha um lar. É estranho, porém, que a triste situação das crianças sem lar não suscite o mesmo interesse. Poderia o motivo ser que a condição delas esteja ligada à pobreza? Analisando a situação dos necessitados, um escritor de A Saúde do Mundo, revista da Organização Mundial da Saúde, declarou: “Os pobres das cidades não são verdadeiros cidadãos dos seus próprios países pois não têm direitos políticos, sociais ou econômicos. Os pobres envelhecem rapidamente e morrem jovens.” Assim, são necessárias profundas mudanças na forma como os governos e as pessoas encaram os pobres antes de a economia do país poder fornecer alimentos, roupas e abrigo suficientes para eles.

Como posso superar o fim do namoro?

“Depois de seis meses de namoro e cinco anos de amizade, ele quis terminar o namoro. Mas não deu nenhuma satisfação. Simplesmente parou de falar comigo. Eu me senti abandonada. Foi uma decepção muito grande. Eu me perguntava: ‘O que fiz de errado?’” — Raquel.
O FIM de um namoro pode causar muita tristeza e profundo desânimo. Veja o caso de Jorge e Susana, que namoraram por dois anos e ficaram muito apegados. Durante o dia, Jorge enviava mensagens de texto a Susana com expressões de afeto. De vez em quando, dava presentes para mostrar que estava pensando nela. “Jorge realmente tentava me ouvir e me entender”, disse Susana. “Ele me fazia sentir especial.”
Não demorou muito e eles estavam falando sobre casamento e onde iriam morar. Jorge chegou até a pensar em comprar as alianças. Então, de repente, ele terminou o namoro! Susana ficou arrasada. Ela continuou com sua rotina, mas estava desnorteada. “Eu não conseguia nem pensar direito e não tinha forças para nada”, disse ela.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Terceiro fator — Influência positiva

O que você deve saber. A Bíblia diz: “Más associações estragam hábitos úteis.” (1 Coríntios 15:33) Uma jovem chamada Lauren conta: “Meus colegas de escola só me aceitavam se eu fizesse as coisas que eles queriam. Visto que eu me sentia sozinha, decidi agir como eles só para ser aceita.” Lauren percebeu que, por se ajustar aos padrões de outras pessoas, você se torna como um peão num tabuleiro de xadrez, e são elas que o movem como bem entendem. Você merece mais do que isso!
O que você pode fazer. Termine a amizade com pessoas que insistem que você ajuste seu estilo de vida ao delas. Você se sentirá melhor e deixará abertas as portas para amizades que o influenciarão de um modo positivo. — Romanos 12:2.
“Clint, um grande amigo meu, é equilibrado e compreensivo. Tem sido a pessoa que mais me encoraja.” — Jason, 21 anos.

Faça este exercício.

Responda às seguintes perguntas:
▪ Quando estou com meus amigos, costumo ficar preocupado se eles vão me pressionar a fazer coisas erradas?
□ Sim □ Não
▪ Fico com receio de apresentar meus amigos a minha família, achando que meus pais talvez não os aprovem?
□ Sim □ Não
Dica: Se respondeu Sim às perguntas acima, procure amigos com valores mais elevados. Por que não começa procurando amigos um pouco mais velhos que você e que sejam um bom exemplo de vida cristã?

Segundo fator — Padrões elogiáveis

O que você deve saber. Quanto mais ansioso você estiver para conseguir amigos, maior será a probabilidade de fazer a escolha errada. A Bíblia diz: “Quem anda com os tolos acabará mal.” (Provérbios 13:20, Bíblia na Linguagem de Hoje) O termo “tolos” não se refere a pessoas que não são inteligentes. Mas descreve aqueles que desconsideram o que é certo e adotam um proceder moralmente insensato. Esse tipo de amigo não lhe faz falta.
O que você pode fazer. Seja seletivo, não faça amizade com qualquer um que queira ser seu amigo. (Salmo 26:4) Isso não significa ser preconceituoso. Significa que você percebe bem “a diferença entre o justo e o iníquo, entre o que serve a Deus e o que não o serviu”. — Malaquias 3:18.
Embora Deus não seja parcial, ele é seletivo e escolhe aqueles que serão aceitos como ‘hóspedes na sua tenda’. (Salmo 15:1-5) Você pode imitá-lo. Viva segundo padrões justos, e pessoas que se esforçam em fazer o mesmo provavelmente vão querer sua amizade. O resultado? Você terá o melhor tipo de amigos.
“Agradeço muito a meus pais por terem me ajudado a encontrar amigos da minha idade que estão indo bem em sentido espiritual.” — Christopher, 13 anos.

Primeiro fator — Qualidades admiráveis

O que você deve saber. Nem todos que dizem ser amigos são amigos de verdade. A Bíblia até mesmo diz que “há companheiros dispostos a se fazerem mutuamente em pedaços”. (Provérbios 18:24) Isso pode parecer um exagero. Mas pense: já teve um “amigo” que se aproveitou de você? Que dizer de outro que espalhou um boato falso ou falou mal de você pelas costas? Essas coisas podem fazer com que acabe perdendo a confiança nos amigos. Lembre-se sempre de que, quando o assunto é amizades, qualidade é melhor do que quantidade.
O que você pode fazer. Escolha amigos que tenham qualidades que valem a pena ser imitadas.
“Todo mundo tem uma opinião boa sobre minha amiga Fiona. Quero que falem bem de mim também. Quero ter a mesma reputação que ela. Para mim, isso é admirável.” — Yvette, 17 anos.
Faça este exercício.
1. Leia Gálatas 5:22, 23.
2. Pergunte-se: ‘Meus amigos têm qualidades que compõem o fruto do espírito?’
3. Aliste abaixo os nomes de seus amigos mais achegados. Ao lado de cada nome, escreva a característica que melhor descreve a pessoa.
Nome                        Característica
…………………………                       …………………………
…………………………                       …………………………
…………………………                       …………………………
Dica: Se você só consegue se lembrar de características ruins, talvez esteja na hora de procurar amigos melhores.

Preciso escolher melhor meus amigos?

“Se estou zangada, preciso de alguém para desabafar. Se estou triste, preciso de alguém para me consolar. Se estou feliz, quero compartilhar isso com outra pessoa. Para mim, ter amigos é uma necessidade.” — Brittany.
TEM-SE dito que crianças precisam de colegas para brincar, mas adolescentes precisam de amigos. Qual a diferença?
Um colega é alguém que lhe faz companhia.
Um amigo é alguém que tem os mesmos valores que você.
Além disso, a Bíblia diz que “o verdadeiro companheiro está amando todo o tempo e é um irmão nascido para quando há aflição”. (Provérbios 17:17) Isso provavelmente descreve uma amizade mais íntima do que aquela que você tinha quando era criança.
Fato: Conforme você vai crescendo, precisa de amigos que
(1) Tenham qualidades admiráveis.
(2) Vivam segundo padrões elogiáveis.
(3) Tenham uma influência positiva em você.
Pergunta: Como saber se seus amigos se encaixam nesse perfil? Vamos examinar cada um desses três fatores.

domingo, 20 de junho de 2010

Que dizer da associação on-line?

As salas de bate-papo permitem que usuários do mundo todo se comuniquem instantaneamente. O comércio faz uso deles para realizar conferências on-line e para fornecer serviços ao consumidor. Há salas de bate-papo que permitem que os usuários compartilhem informações sobre assuntos técnicos, como conserto de carro ou programação de computador. Elas também podem ser estabelecidas para comunicar-se privativamente com amigos e com familiares sem incorrer na despesa dos telefonemas interurbanos. Embora haja muitos usos legítimos para as salas de bate-papo, será que existem alguns perigos?
É preciso muita cautela quando se trata de bate-papos onde todos participam, pois há certos perigos. A escritora Leah Rozen observou: “Os adolescentes infomaníacos passam horas conversando on-line com estranhos anônimos de todo o país ou mesmo do mundo inteiro. Lamentavelmente, alguns desses estranhos com quem os adolescentes podem estar conversando são adultos pervertidos, interessados em marcar encontros sexuais com crianças e adolescentes.” Um artigo na revista Popular Mechanics alertou que “é preciso ser extremamente cauteloso” ao participar de bate-papos onde todos têm acesso. Fornecer o seu nome ou endereço a estranhos pode ser um convite para graves problemas! Por que se sujeitar a tal perigo?
Um perigo mais sutil, porém, é envolver-se  com estranhos que não respeitam os princípios bíblicos. Segundo os pesquisadores, grande parte da conversa entre os jovens nos bate-papos se concentra em assuntos sobre sexo. Portanto, o conselho da Bíblia em 1 Coríntios 15:33 é apropriado: “Não sejais desencaminhados. Más associações estragam hábitos úteis.” As más companhias via computador são perigosas. Será que um jovem que teme a Deus deve expor-se a tais riscos?

‘Ver o que é imprestável’

Às vezes o próprio endereço do site indica que ele contém matéria objetável. Provérbios 22:3 alerta: “Argucioso é aquele que tem visto a calamidade e passa a esconder-se, mas os inexperientes passaram adiante e terão de sofrer a penalidade.”
Mas o problema é que a pessoa geralmente se depara com um site objetável por mero acaso. A home page pode conter imagens de impacto, cuidadosamente projetadas para fazer com que você explore o site — e que volte a ele repetidas vezes!
Kevin diz o que ocorreu com um de seus amigos: “Ele tinha tempo de sobra e era curioso. Logo se acostumou a ver pornografia.” Felizmente, esse jovem cristão procurou um ancião e foi ajudado.
Você já decidiu o que fazer caso se depare com um site desse tipo? Não deve haver dúvidas sobre o que o cristão deve fazer: sair do site imediatamente — ou mesmo fechar o navegador. Seja como o salmista, que orou: “Faze meus olhos passar adiante de ver o que é fútil.” (Salmo 119:37; note Jó 31:1.) Lembre-se de que mesmo que nenhum outro humano esteja nos observando, não estamos sozinhos. A Bíblia nos lembra de que todas as coisas estão “abertamente expostas aos olhos daquele com quem temos uma prestação de contas”. — Hebreus 4:13.
Falar sobre o assunto com seus pais ou com outros cristãos maduros pode fortalecer sua determinação de não voltar a sites impróprios. Afinal, se você pisasse em areia movediça, esperaria ficar atolado até o pescoço para pedir ajuda?

Como evitar os perigos da Internet?

IMAGINE-SE na maior biblioteca do mundo — cercado de livros, jornais, catálogos, fotos e gravações de todo tipo, sobre praticamente qualquer assunto. Todas as últimas informações e grande parte da literatura dos séculos passados estão à sua disposição.
Bem, a Internet pode tornar isso possível. Basta sentar-se diante do computador para trocar informações com outros computadores e usuários em qualquer lugar do mundo. E há também a facilidade de vender produtos, fazer compras e transações bancárias, conversar, ouvir os últimos lançamentos musicais — tudo isso na privacidade de sua própria casa.
Assim, não é de admirar que alguns peritos afirmem que, ao findar o ano, mais de 320 milhões de pessoas estarão conectadas na rede mundial. De forma que o uso da Internet está se popularizando em muitas partes do mundo. Com as escolas e as bibliotecas promovendo agressivamente o seu uso, milhões de jovens têm acesso a ela. Nos Estados Unidos, quase 65% dos jovens entre 12 e 19 anos já usaram ou assinaram serviços on-line.
Usada da maneira correta, a Internet pode ser uma fonte de informações úteis sobre o tempo, viagens e outros assuntos. Você pode também acessá-la para adquirir livros, peças de carro, e assim por diante. Muitos a usam para fazer trabalhos escolares.
Embora a Internet possa ser útil, ela pode ser comparada a uma biblioteca sem bibliotecários e observadores. A pessoa pode navegar à vontade nessa biblioteca virtual sem ter a sensação de estar sendo observado. Mas este é um dos maiores perigos da Internet. Por quê? Acontece que inúmeros sites contêm matéria moralmente corrupta e espiritualmente destrutiva. Assim, a Internet pode expor os jovens cristãos a tentações. Afinal de contas, os humanos são curiosos por natureza — trata-se de uma tendência que Satanás, o Diabo, vem explorando há muito tempo. Não há dúvida de que ele explorou a curiosidade de Eva e a ‘seduziu com a sua astúcia’. — 2 Coríntios 11:3.
De forma similar, um jovem cristão poderá ser facilmente seduzido por matérias impróprias se não tiver a determinação de proteger a sua espiritualidade. Um artigo na revista Better Homes and Gardens explicou: “A Internet é uma fronteira fascinante, onde pioneiros brilhantes garimpam as últimas informações. Mas no ciberespaço também rondam pedófilos, trapaceiros, fanáticos e outros tipos indesejáveis.”
Um jovem chamado Javier diz: “Alguns sites são chocantes. E podem aparecer sem mais nem menos.” E acrescenta: “Eles tentam enlaçar você. Querem seduzi-lo — para tirar o seu dinheiro.” Um jovem cristão chamado João admite: “Uma vez que você começa a ver matéria imprópria, é difícil parar — é uma coisa que vicia mesmo.” Alguns jovens cristãos freqüentaram sites impróprios e isso os levou a problemas mais sérios. Alguns até mesmo prejudicaram sua relação com Deus. Como evitar que isso aconteça?

sábado, 29 de maio de 2010

Dança excitante

Depois, há a questão da dança propriamente dita. A freak dancing tornou-se muito popular nos Estados Unidos, em especial entre os jovens. É um tipo de dança acompanhada de canções hip-hop, com letras de conteúdo sexual explícito. Além do mais, a própria dança estimula as relações sexuais. Os movimentos desse tipo de dança foram descritos como ‘fazer sexo estando vestido’.

Será que um jovem cristão desejaria participar nesse tipo de dança? Não, se quiser agradar a Deus, que ordena que ‘fujamos da fornicação’. (1 Coríntios 6:18) Alguém poderia pensar que se todos estão participando, então não pode ser tão ruim assim. No entanto, a multidão pode estar errada. (Êxodo 23:2) Tenha a coragem de resistir à pressão dos colegas e mantenha uma boa consciência perante Deus. — 1 Pedro 4:3, 4.

Más companhias

Lembre-se do aviso, repetido várias vezes: “Más associações estragam hábitos úteis.” (1 Coríntios 15:33) Assim como os festeiros nos tempos bíblicos, não parece que a maioria dos jovens que freqüenta danceterias esteja preocupada em agradar a Deus. De fato, pode-se descrever a maioria como “mais amantes de prazeres do que amantes de Deus”. (2 Timóteo 3:4) Você quer mesmo ter um relacionamento achegado com essa turma?

Alguns talvez argumentem que ir à danceteria com outros jovens cristãos diminui os riscos. O jovem cristão, porém, que é um verdadeiro “exemplo para os fiéis  . . . na conduta” provavelmente não vai querer ir. (1 Timóteo 4:12) Mesmo que um grupo de jovens cristãos fossem a uma danceteria e conseguissem ficar juntos, ainda assim a música e a atmosfera prejudiciais continuariam lá. Eles também podem ficar numa situação tensa ou constrangedora caso outros jovens os convidem para dançar. Alguns jovens até acabaram envolvidos numa briga! As palavras da Bíblia, portanto, são verdadeiras: “Quem anda com pessoas sábias tornar-se-á sábio, mas irá mal com aquele que tem tratos com os estúpidos.” — Provérbios 13:20.