terça-feira, 13 de abril de 2010

O Vício Causa Violência



“O crack pode desencadear um pernicioso rompante de violência no viciado, diferente de quase toda outra sustância”, noticiou o The Wall Street Journal, de 1.° de agosto de 1989. “Recentemente, na área dos subúrbios prósperos de Boston [EUA] uma jovem mãe sob os efeitos do crack atirou com tanta força seu bebezinho contra uma parede que a criancinha morreu devido à fratura no pescoço”, disse o jornal. A mãe foi descrita como provindo de “respeitável família da classe média”.

Devido aos violentos efeitos comportamentais que o crack pode ter nos usuários, os pesquisadores da área de sociologia e pediatria estão convictos de que este tóxico contribui para a acentuada elevação dos abusos cometidos contra menores. Pode haver um confronto explosivo quando a mãe, sob os efeitos do crack, lida com um filho pequeno, mal-humorado e chorão. “Não é muito bom ter uma criança na sua frente”, disse um pesquisador, “quando se está irritado ou deprimido, e se tem ânsia de cocaína. O que vai fazer com o bebê? Certamente não vai ser o que devia supostamente fazer”.

Infelizmente, os resultados muitas vezes têm sido fatais. Não é incomum ler ou ouvir falar de jovens viciados em crack que matam seus pais ou avós que cuidam deles, por estes se recusarem a lhes dar dinheiro para comprar crack ou porque estes viciados foram apanhados fumando crack. A polícia da cidade de Nova Iorque atribui uma onda de crimes brutais a jovens viciados que se tornam virtuais desequilibrados mentais devido ao crack.

A maior e a mais brutal cena de violência, contudo, desenrola-se nas ruas das cidades. Visto serem estonteantes as somas obtidas com a venda do crack, pela crescente demanda, os traficantes acham que vale a pena matar por elas. Armados até os dentes com as armas da mais recente tecnologia — submetralhadoras, fuzis automáticos militares, silenciadores e coletes à prova de bala — eles patrulham seus territórios à cata de outros jovens traficantes, a fim de servirem de lição para os que gostariam de roubar sua clientela, ou que não entregam todo o dinheiro recebido no dia. Os traficantes estão preparados e dispostos a resolver as diferenças comerciais com violento derramamento de sangue. “Se alguém é baleado na perna ou esfaqueado na mão”, disse um diretor de pronto-socorro, “isso é um aviso para um garoto que ficou com algum dinheiro ou algum tóxico dum traficante para quem trabalhava. Se o garoto é baleado na cabeça ou no peito, eles queriam mesmo pegar esse sujeito”.

“Os assassinatos são atualmente muito mais perversos”, disse um sociólogo de Nova Iorque. “Não basta matar. Degradam o corpo. Ele já está morto com duas balas, de modo que dão seis tiros nele. Decapitam-no, ou fazem outra coisa assim.” “Existe um milhão de garotos lá fora sem nenhuma qualificação profissional, a não ser a de lutar”, disse um policial veterano. “Não têm medo da polícia, nem da cadeia, nem de morrer”; nem estão preocupados com a segurança e a vida de observadores inocentes, apanhados no fogo cruzado dos tiroteios. A revista Time noticia que, dos 387 homicídios relacionados com bandos, no Condado de Los Angeles, EUA, num certo ano, a metade era de inocentes observadores

Um comentário:

Anônimo disse...

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