domingo, 18 de abril de 2010

Cocaína — droga perigosa ou divertimento inocente?

ELA “MATA a fome, renova as forças dos abatidos e exaustos e faz os infelizes esquecer suas tristezas”. O escritor, Garcilaso de la Vega, historiador espanhol do século 16, referia-se às folhas de um arbusto que cresce nas encostas orientais da Cordilheira dos Andes — Erythroxylon coca. Os efeitos que ele descreveu provinham de um dos alcalóides nas folhas de coca — a droga cocaína.

Muitos atuais usuários de cocaína — calculados 20 milhões só nos Estados Unidos — têm sobre ela quase a mesma opinião. Como disse Scott, ex-viciado de 23 anos: “Ela o eleva acima do que você realmente é. Faz você pensar que é incapaz de errar. Nada mais tem importância.”

Considerada uma droga segura pela maioria dos usuários, em anos recentes tornou-se a preferida para uso por prazer. Louvada como “o caviar das drogas”, “a ambrosia dos aristocratas” e “o embalo do rico”, usar cocaína tornou-se socialmente aceitável como fonte de prazer. Milhões a consideram um respeitável e inocente divertimento.

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