quarta-feira, 21 de abril de 2010

Por que sou tão magro?



JUSTIN é magro e elegante, e tem bom condicionamento físico, mas não está muito feliz com seu corpo. “Estou tentando ganhar peso”, admite. Para isso, faz cinco refeições por dia, ingerindo um total de 4.000 calorias. Mas ele quer o peso adicional só em músculos. Por isso, acrescenta: “Eu e um colega meu tiramos alguns dias para acordar cedo e fazer musculação na academia antes do trabalho.”
Vanessa também é magra, mas está satisfeita com seu peso. “Quando eu era mais jovem, a garotada caçoava de mim e me chamava de varapau”, lembra. “Mas hoje nem ligo mais. Aprendi a me aceitar como sou.”
‘Aprender a aceitar-se como é.’ Parece um bom conselho, mas você talvez ache difícil colocá-lo em prática. Sendo adolescente, possivelmente está na “flor da juventude”. (1 Coríntios 7:36) O período de rápidas mudanças físicas, conhecido como puberdade, é especialmente tumultuado. Nessa fase algumas partes do corpo podem desenvolver-se em ritmos diferentes, o que explica por que seus braços, pernas e traços do rosto podem parecer totalmente fora de proporção. Isso pode fazê-lo sentir-se desajeitado e feio. Depois existe o fato de que nem todos os jovens se desenvolvem no mesmo ritmo. Assim, ao passo que alguns de sua idade talvez tenham desenvolvido um porte atlético (ou formas femininas, no caso das moças) você ainda talvez pareça franzino em comparação.
Embora muito se tenha dito sobre jovens que se consideram acima do peso, quase ninguém lembra dos que se acham magros demais, principalmente entre certos grupos étnicos e em alguns países onde a magreza não é sinônimo de beleza. Em tais regiões uma moça magra talvez seja cruelmente escarnecida como “seca”.
E os rapazes? Segundo a pesquisadora Susan Bordo, “estudos sobre a imagem corporal feitos nas décadas anteriores aos anos 80 sugeriam que quando as mulheres se olha[vam] no espelho, só enxergavam defeitos”. E os homens? Bordo acrescenta: “Quando os homens se olhavam no espelho, ou achavam que estavam bem ou se achavam melhor do que realmente estavam.” Mas nos anos recentes, isso começou a mudar. Observando que os homens constituem mais da quarta parte dos pacientes que se submetem a cirurgias cosméticas, Bordo associa o atual interesse dos rapazes em condicionamento físico com os corpos masculinos “perfeitos” estampados em anúncios de roupas de baixo nos Estados Unidos e em outros países ocidentais. Naturalmente isso tem influenciado os adolescentes. Eles talvez se sintam fora dos padrões se não tiverem o corpo musculoso dos modelos masculinos.
Assim, se for magro, talvez se pergunte: ‘O que há de errado comigo?’ A boa notícia é que provavelmente não há nada de errado com você.

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