quarta-feira, 31 de março de 2010

Os jovens correm risco

Até o momento, apenas pequenina porcentagem dos casos relatados de AIDS — menos de 1 por cento nos Estados Unidos — diz respeito a adolescentes. Portanto, você talvez não conheça pessoalmente jovens que morreram dessa doença. Isso não significa que os jovens não correm risco! Cerca de um quinto do total de vítimas de AIDS nos Estados Unidos estão na casa dos 20 anos de idade. Visto que leva vários anos para os sintomas se manifestarem, é mais do que provável que a maioria dessas pessoas tenha sido infectada na adolescência. Se as tendências atuais continuarem, milhares de outros jovens ficarão doentes de AIDS.

Segundo o Centro de Controle de Doenças, dos EUA, o vírus mortífero esconde-se “no sangue, no sêmen e nas secreções vaginais dos infectados”. O HIV, portanto, é transmitido em “relações sexuais — vaginais, anais ou orais — com alguém infectado”. A vasta maioria contraiu a doença dessa maneira. A AIDS também pode ser transmitida “por se usar ou por se ser espetado por uma agulha ou seringa que tenha sido utilizada por, ou na, pessoa infectada”. Ademais, “algumas pessoas foram infectadas ao receber transfusões de sangue” contaminado com o HIV. — Voluntary HIV Counseling and Testing: Facts, Issues, and Answers.

Conseqüentemente, muitos jovens correm risco. Números alarmantes de jovens (segundo alguns chega a 60 por cento nos Estados Unidos) já experimentaram drogas ilícitas. Visto que algumas dessas drogas são injetáveis, o risco de infecção via agulha contaminada é alto. De acordo com uma pesquisa realizada nos EUA, 82 por cento dos alunos de segundo grau já ingeriram bebidas alcoólicas, sendo que 50 por cento deles fazem isso atualmente. Você não pega AIDS por tomar uma lata de cerveja, mas a cerveja talvez prejudique seu bom critério e torne mais provável que você se envolva no comportamento mais arriscado de todos: sexo promíscuo, homossexual ou heterossexual.

Em 1970, menos de 5 por cento das moças de 15 anos haviam tido relações sexuais. Em 1988, esse dado havia aumentado para mais de 25 por cento. Aos 20 anos de idade, como as pesquisas também mostram, 75 por cento das mulheres e 86 por cento dos homens nos Estados Unidos são sexualmente ativos. Outra estatística assustadora: aproximadamente 1 em cada 5 adolescentes já teve relações sexuais com mais de quatro parceiros. Sim, cada vez mais jovens têm relações sexuais pré-maritais, e o início de sua atividade sexual ocorre cada vez mais cedo.

A situação não é menos assustadora em outros países. Em países latino-americanos, três quartos dos adolescentes já tiveram relações sexuais pré-maritais. Em países africanos, consta que muitos homens escolhem mocinhas como parceiras sexuais a fim de proteger-se do vírus da AIDS. Em que resulta isso? Numa explosão de casos de AIDS entre as adolescentes africanas.

A disseminação da AIDS tem contribuído pouco para deter essa maré de comportamento destrutivo. Considere certo país latino-americano. Mais de 60 por cento dos “jovens sexualmente ativos, não casados, correm alto risco de contrair o vírus da AIDS”. No entanto, menos de 10 por cento acham que correm pessoalmente esse risco. Eles pensam: ‘Isso não vai acontecer comigo.’ Mas esse país tem “um dos mais elevados índices de infecção por HIV nas Américas”. — Centro de Controle de Doenças, dos EUA.

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