domingo, 28 de março de 2010

Motoristas Adolescentes: O Registro Fala por Si

O Dr. Ginott comentou: “Há jovens de 16 anos [nos EUA] que dirigem um carro com perícia e confiança; dirigem melhor que os pais. Em contraste, há jovens de 18 anos tão imaturos que seria irresponsável deixá-los assumir o volante.”

Os fatos comprovam a veracidade desta acusação. O Statistical Abstract of the United States 1988 (Informe Estatístico dos Estados Unidos 1988) mostra que motoristas com 21 anos, ou menos, constituem apenas cerca de 10 por cento da população de motoristas. Todavia, compõem tristes 20 por cento dos motoristas envolvidos em acidentes automobilísticos em que há mortes. Ademais, segundo o livro Driving High: The Hazards of Driving, Drinking, and Drugs (Dirigir Alto: Os Riscos de Dirigir, Beber, e os Tóxicos), os acidentes de carro nos EUA, são a principal causa de mortes de pessoas entre 16 e 19 anos! Outros milhares de jovens portam cicatrizes ou ficaram aleijados para o resto da vida, devido a acidentes de carro.

Muitos de tais ferimentos poderiam ter sido evitados se os motoristas jovens tivessem tomado a simples precaução de usar cintos de segurança. O Dr. David Hochberg, contudo, lamenta que muitos jovens insistem no “direito” de dirigir sem ser tolhido por restrições que salvam vidas. Dirigindo-se diretamente aos jovens, Hochberg diz: “Eu me coloco ao lado da maca daqueles que sobrevivem, avalio seus ferimentos e planejo os curativos necessários. Faço a pergunta que tenho proposto centenas de vezes: ‘Por que não estava usando seu cinto de segurança . . . ?’ Em suma, os valentões e os convencidos respondem: ‘Eu tenho os meus direitos, doutor.’”

Com demasiada freqüência, porém, os “direitos” juvenis colidem com os direitos de outros à saúde e à felicidade. Um artigo publicado na revista Car and Driver informava sobre um estudo que mostrava que “os motoristas adolescentes matam outras pessoas com mais freqüência do que a eles mesmos. Mais da metade de todas as pessoas mortas em colisões em que um adolescente era responsável, ou viajavam com o adolescente ou ocupavam o veículo ‘não-responsável’ pelo acidente”. O artigo concluía que “expresso de forma simples, os motoristas adolescentes podem ser razoavelmente encarados como nada menos do que uma ameaça”.

Este triste registro sobre dirigir veículos existe apesar de os motoristas jovens terem melhores reflexos, visão mais aguçada, melhor audição, maior destreza manual, e, não raro, melhor entendimento de mecânica de automóvel do que os mais idosos. Como é óbvio, apenas a habilidade natural não torna uma pessoa um motorista competente, assim como tampouco o faz o fato de alguém ter atingido a idade legal e possuir o conhecimento necessário para passar nos testes de motorista.

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