domingo, 28 de março de 2010

' Mas Eu Estudo Mesmo '

Talvez alguns jovens objetem dessa forma. Acham sinceramente que já se empenham ao máximo, mas não conseguem resultados. Há alguns anos, porém, os pesquisadores observaram que as crianças de certos grupos étnicos iam continuamente mal na escola. Muitos punham de lado os problemas, afirmando: ‘Estes jovens não se interessam em estudar.’ Mas, não era nada disso. Então, por que falhavam? Celestino Fernandez e outros pesquisadores da Universidade de Stanford, Califórnia, EUA, decidiram descobrir isso.

Entrevistaram cerca de 770 estudantes e perguntaram quanto esforço eles achavam que despendiam em seus deveres escolares. Para surpresa de todos, os estudantes com notas baixas julgavam que se empenhavam tanto quanto os demais! Todavia, quando se examinaram seus hábitos de estudo, descobriu-se que, em realidade, faziam muito menos deveres de casa do que seus colegas de alto desempenho. Parece que os professores deles eram, pelo menos parcialmente, responsáveis por tal delusão. Talvez julgassem, para começar, que tais jovens de baixo desempenho não eram capazes de realizar muita coisa. Ou talvez achassem que simplesmente ser calorosos e amigáveis com eles era o bastante para motivá-los a melhorar. Seja qual for o caso, parece que os professores elogiaram muitíssimo os esforços mínimos desses estudantes. Notas que permitiam passar de ano foram dadas simplesmente por freqüentarem as aulas. Os jovens passaram a achar que já se haviam empenhado tão arduamente quanto podiam. Assim, pouco fizeram para melhorar.

Caso suas notas sejam baixas, não poderia ser o caso de também exagerar na avaliação de quanto estuda? Em muitas localidades, os padrões escolares foram rebaixados — se é que não foram totalmente eliminados. Sabendo que podem passar com facilidade, os jovens pouco se empenham e quase nada recebem da escola. Mas, procure não cair neste lamaçal de mediocridade! Pergunte-se: ‘Exatamente quantas horas gasto cada noite na preparação escolar? Encaro o estudo como algo sério, ou só faço esforços capengas? Dou prioridade a atividades menos importantes, como ver TV?

Este exame de si mesmo poderá levá-lo a um reajuste total em seus hábitos de estudo. Ora, apenas aumentar o tempo que gasta estudando pode ter efeitos dramáticos sobre suas notas. Considere o que tinha a dizer certo estudo publicado no Journal of Educational Psychology (Revista de Psicologia Educativa). Depois de analisar os hábitos de estudo de milhares de jovens estudantes de 2.° grau, concluiu que “um aumento do tempo gasto em deveres de casa exerce efeito positivo sobre as notas no 2.° grau”. Efetivamente, julga-se até que “com 1 a 3 horas de deveres de casa por semana, o estudante mediano de pouca capacidade pode tirar notas comensuráveis com um estudante de capacidade mediana que não faça seus deveres de casa”.

O apóstolo Paulo tinha de figurativamente ‘surrar o corpo’ para atingir seus alvos. (1 Coríntios 9:27) Talvez precise, igualmente, estabelecer uma diretriz dura para si mesmo, em especial se for facilmente desviado do estudo pela TV ou por outras distrações. Recomenda o dr. Ed Olive: “Faça um contrato consigo mesmo. Por exemplo: Diga a si mesmo: ‘Vou obrigar-me resolutamente a estudar uma hora por dia, pelo menos.’” Pode-se incluir neste “contrato” algumas recompensas (‘Vou comer aquele sanduíche quando terminar de estudar’) e até castigos (‘Se não estudar, não verei TV neste fim-de-semana!’). Poderia até tentar pôr um aviso na TV, dizendo: “Nada de TV até terminar os deveres de casa!”, como lembrete útil.

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